Categoria Profissional 1º lugar: Desafios do serviço florestal de ecoturismo: perspectivas de desenvolvimento nas florestas nacionais da Amazônia
As florestas nacionais no Brasil visam possibilitar o uso múltiplo dos recursos naturais mediante manejo florestal. O ecoturismo é um serviço do manejo florestal e sua realização é permitida, quando prevista no plano de manejo, observando também as Leis nº 9.985/2000 e nº 11.284/2006. Na presente pe...
Main Author: | Oliveira, Fagno Tavares de |
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Format: | Monografia/TCC |
Language: | Idioma::Português:portuguese:pt |
Published: |
II Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal
2020
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Subjects: | |
Online Access: |
http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/4832 |
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ir-1-48322020-02-14T21:29:14Z Categoria Profissional 1º lugar: Desafios do serviço florestal de ecoturismo: perspectivas de desenvolvimento nas florestas nacionais da Amazônia Oliveira, Fagno Tavares de ecoturismo concessão florestal economia florestal mercado florestal desenvolvimento sustentável 08. Trabalho decente e crescimento econômico - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos. 15. Vida terrestre - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade. As florestas nacionais no Brasil visam possibilitar o uso múltiplo dos recursos naturais mediante manejo florestal. O ecoturismo é um serviço do manejo florestal e sua realização é permitida, quando prevista no plano de manejo, observando também as Leis nº 9.985/2000 e nº 11.284/2006. Na presente pesquisa, foram realizadas: 1) avaliação do ecoturismo nos processos de concessão florestal e fatores que influenciam seu desenvolvimento; e 2) valoração econômica do potencial ecoturístico de um espaço protegido e sua extrapolação para uma Floresta Nacional na Amazônia. Para tanto, na avaliação do ecoturismo, foram analisados os instrumentos jurídicos para a exploração ecoturística, os contratos de concessão florestal de 2010 da Floresta Nacional Saracá-Taquera, Pará e identificados os fatores internos e externos da concessão florestal mediante análise Swot. Para a valoração econômica, foram utilizados os métodos custo de viagem (MCV) e a valoração contingente (MVC) para estimar o valor econômico de um ambiente natural por meio do seu uso para fins turísticos ou conservação. Esses métodos serviram para estimar o valor de uso turístico de Alter do Chão em Santarém, no oeste do estado do Pará, por meio de entrevistas realizadas com turistas que frequentam o atrativo. Os resultados foram extrapolados para a Floresta Nacional Saracá-Taquera, localizada na mesma região, para fins de planejamento e apoio ao desenvolvimento da concessão do serviço florestal de ecoturismo. Os contratos analisados são voltados à exploração madeireira, mas possibilitam a exploração ecoturística aos concessionários. Contudo os contratos possuem equívocos, pois não definem parâmetros de execução, fiscalização e monitoramento do ecoturismo e não consideram a legislação que regula a atividade turística no país. As ausências de estudos de mercado, de viabilidade econômica e de planejamento da atividade limitam a realização desse tipo de concessão. O plano de manejo foi considerado a melhor ferramenta por orientar o uso da área e limitar ações que poderiam causar perdas à biodiversidade. O ecoturismo foi avaliado como a principal oportunidade na geração de emprego e renda local e sua concessão foi bem aceita pelos especialistas, porém, para realização da concessão do serviço florestal de ecoturismo, são necessários investimentos por parte das instituições responsáveis pela gestão florestal no país. Na análise de valoração econômica, Alter do Chão atrai turistas motivados pela sua beleza natural (72,3%), a maioria possui renda familiar entre 5 a 15 salários mínimos (54%) e com grau superior de escolaridade (76,5%). O valor do uso turístico de Alter do Chão estimado pelo MCV foi de R$ 2.029.264,25 e pelo MVC de R$ 42.546,75 por semestre para fins turísticos a serem revestidos na conservação do bem natural. Os valores podem estar subestimados, em parte, pela ausência de registro do número anual de visitantes. Os resultados mostram que o desenvolvimento do ecoturismo nos espaços protegidos é alternativa para valorização das áreas protegidas e importante fonte de financiamento para conservação da natureza. O estabelecimento das concessões florestais para exploração de atividades turísticas é um dos grandes desafios na gestão florestal no país. 60 páginas Desenvolvimento Sustentável Categoria Profissional 1º lugar - Tema: Mercado Florestal 2020-02-14T21:29:14Z 2020-02-14T21:29:14Z 2014 Monografia/TCC http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/4832 Idioma::Português:portuguese:pt Fagno Tavares de Oliveira Termo::Autorização: O autor da obra autorizou a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) a disponibilizá-la, em Acesso Aberto, no portal da ENAP, na Biblioteca Graciliano Ramos e no Repositório Institucional da ENAP. Atenção: essa autorização é válida apenas para a obra em seu formato original. application/pdf II Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal |
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As florestas nacionais no Brasil visam possibilitar o uso múltiplo dos recursos naturais mediante manejo florestal. O ecoturismo é um serviço do manejo florestal e sua realização é permitida, quando prevista no plano de manejo, observando também as Leis nº 9.985/2000 e nº 11.284/2006. Na presente pesquisa, foram realizadas: 1) avaliação do ecoturismo nos processos de concessão florestal e fatores que influenciam seu desenvolvimento; e 2) valoração econômica do potencial ecoturístico de um espaço protegido e sua extrapolação para uma Floresta Nacional na Amazônia. Para tanto, na avaliação do ecoturismo, foram analisados os instrumentos jurídicos para a exploração ecoturística, os contratos de concessão florestal de 2010 da Floresta Nacional Saracá-Taquera, Pará e identificados os fatores internos e externos da concessão florestal mediante análise Swot. Para a valoração econômica, foram utilizados os métodos custo de viagem (MCV) e a valoração contingente (MVC) para estimar o valor econômico de um ambiente natural por meio do seu uso para fins turísticos ou conservação. Esses métodos serviram para estimar o valor de uso turístico de Alter do Chão em Santarém, no oeste do estado do Pará, por meio de entrevistas realizadas com turistas que frequentam o atrativo. Os resultados foram extrapolados para a Floresta Nacional Saracá-Taquera, localizada na mesma região, para fins de planejamento e apoio ao desenvolvimento da concessão do serviço florestal de ecoturismo. Os contratos analisados são voltados à exploração madeireira, mas possibilitam a exploração ecoturística aos concessionários. Contudo os contratos possuem equívocos, pois não definem parâmetros de execução, fiscalização e monitoramento do ecoturismo e não consideram a legislação que regula a atividade turística no país. As ausências de estudos de mercado, de viabilidade econômica e de planejamento da atividade limitam a realização desse tipo de concessão. O plano de manejo foi considerado a melhor ferramenta por orientar o uso da área e limitar ações que poderiam causar perdas à biodiversidade. O ecoturismo foi avaliado como a principal oportunidade na geração de emprego e renda local e sua concessão foi bem aceita pelos especialistas, porém, para realização da concessão do serviço florestal de ecoturismo, são necessários investimentos por parte das instituições responsáveis pela gestão florestal no país. Na análise de valoração econômica, Alter do Chão atrai turistas motivados pela sua beleza natural (72,3%), a maioria possui renda familiar entre 5 a 15 salários mínimos (54%) e com grau superior de escolaridade (76,5%). O valor do uso turístico de Alter do Chão estimado pelo MCV foi de R$ 2.029.264,25 e pelo MVC de R$ 42.546,75 por semestre para fins turísticos a serem revestidos na conservação do bem natural. Os valores podem estar subestimados, em parte, pela ausência de registro do número anual de visitantes. Os resultados mostram que o desenvolvimento do ecoturismo nos espaços protegidos é alternativa para valorização das áreas protegidas e importante fonte de financiamento para conservação da natureza. O estabelecimento das concessões florestais para exploração de atividades turísticas é um dos grandes desafios na gestão florestal no país. |
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