Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão

No presente estudo, comparou-se o curso diário de fluxo de seiva, condutância estomática e potencial hídrico (psi) de duas espécies sempre-verdes, Rapanea guianensis e Roupala montana. Os dados foram obtidos no final da estação seca, quando os efeitos do déficit hídrico seriam mais acentuados. As me...

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Main Authors: NAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINA, FRANCO, AUGUSTO CÉSAR, BUCCI, SANDRA JANET, GOLDSTEIN, GUILHERMO
Format: Artigo
Language: Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal 2017
Subjects:
Online Access: http://repositorio.unb.br/handle/10482/25647
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spelling ir-10482-256472019-03-28T14:04:02Z Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão Sap flow and stomatal conductance of two evergreen woody species in an open savanna and a savanna woodland NAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINA FRANCO, AUGUSTO CÉSAR BUCCI, SANDRA JANET GOLDSTEIN, GUILHERMO Rapanea guianensis Roupala montana transpiração cerrado potencial hídrico Rapanea guianensis Roupala montana transpiration savanna water No presente estudo, comparou-se o curso diário de fluxo de seiva, condutância estomática e potencial hídrico (psi) de duas espécies sempre-verdes, Rapanea guianensis e Roupala montana. Os dados foram obtidos no final da estação seca, quando os efeitos do déficit hídrico seriam mais acentuados. As medidas foram realizadas no campo sujo, onde predomina gramíneas com sistemas radiculares superficiais, e no cerradão, em que a maior densidade de elementos lenhosos com sistemas radiculares profundos poderia levar a um esgotamento das reservas de água do subsolo na estação seca. Valores máximos de psinão diferiram para as duas espécies nas duas fisionomias estudadas. Os valores mínimos de potencial hídrico foliar de R. guianensis foram mais negativos (P<0,05) para as plantas do cerradão, enquanto os valores para R. montana não apresentaram diferenças entre as duas fisionomias. Os resultados indicaram que não existem diferenças significativas (P > 0,05) entre os valores de fluxo máximo e de fluxo total entre o campo sujo e cerradão. Os valores máximos de fluxo de seiva variaram entre 0,13 e 0,22 l. h-1 para R. guianensis e entre 0,15 e 0,54 l. h-1 para R. montana. Entretanto, as duas espécies, tanto no campo sujo quanto no cerradão, apresentaram um rígido controle estomático em relação à alta demanda evaporativa da atmosfera. O fluxo de seiva aumentou bruscamente pela manhã, alcançando rapidamente valores máximos entre 8 e 10 horas, e logo após decresceu severamente, apesar do crescente aumento da radiação solar e da demanda evaporativa da atmosfera. The climate in the central Brazilian s savannas ("cerrados") is characterized by well-defined dry (May to September) and wet (October to April) seasons. Like other tropical savannas, a landscape mosaic forms the Brazilian savannas where the predominance and size of woody elements varies the most. The present study compared the daily course of sap flow, stomatal conductance and leaf water potential (psi) of two evergreen species, Rapanea guianensis and Roupala montana. The measurements were taken at the end of the dry season when the effects of water deficits are more intense. These measurements were taken in an open savanna area with a predominant grass layer with superficial root system ("campo sujo") and in a woodland savanna ("cerradão"), where the increase in density of deep-rooted trees result in a larger exploitation of soil water resources in the dry season. Maximum values of psidid not differ between the two species or the two vegetation types. R. guianensis minimum values of psi were significantly lower (P<0.05) in the woodland savannas ("cerradão"). On the other hand, R. montana minimun psi did not differ between sites. Maximum values of sap flow and total daily sap flow did not differ (P > 0.05) between the "campo sujo" and the "cerradão" savannas. Maximum values of sap flow were between 0.13 and 0.22 l. h-1 for R. guianensis and 0.15 and 0.54 l. l. h-1 for R. montana. In both vegetation types the two species showed a strong stomatal control of transpiration. Sap flow typically increased sharply in the morning, briefly attained a maximum value by about 08.00-10.00h then decreased sharply despite steadily increasing solar radiation and atmospheric evaporative demand. 2017-12-07T04:33:01Z 2017-12-07T04:33:01Z 2000 Artigo Rev. Bras. Fisiol. Veg.,v.12,n.2,p.119-134,2000 0103-3131 http://repositorio.unb.br/handle/10482/25647 10.1590/S0103-31312000000200003 pt Acesso Aberto application/pdf Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-31312000000200003&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-31312000000200003&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0103-31312000000200003&lng=en&nrm=iso
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Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
description No presente estudo, comparou-se o curso diário de fluxo de seiva, condutância estomática e potencial hídrico (psi) de duas espécies sempre-verdes, Rapanea guianensis e Roupala montana. Os dados foram obtidos no final da estação seca, quando os efeitos do déficit hídrico seriam mais acentuados. As medidas foram realizadas no campo sujo, onde predomina gramíneas com sistemas radiculares superficiais, e no cerradão, em que a maior densidade de elementos lenhosos com sistemas radiculares profundos poderia levar a um esgotamento das reservas de água do subsolo na estação seca. Valores máximos de psinão diferiram para as duas espécies nas duas fisionomias estudadas. Os valores mínimos de potencial hídrico foliar de R. guianensis foram mais negativos (P<0,05) para as plantas do cerradão, enquanto os valores para R. montana não apresentaram diferenças entre as duas fisionomias. Os resultados indicaram que não existem diferenças significativas (P > 0,05) entre os valores de fluxo máximo e de fluxo total entre o campo sujo e cerradão. Os valores máximos de fluxo de seiva variaram entre 0,13 e 0,22 l. h-1 para R. guianensis e entre 0,15 e 0,54 l. h-1 para R. montana. Entretanto, as duas espécies, tanto no campo sujo quanto no cerradão, apresentaram um rígido controle estomático em relação à alta demanda evaporativa da atmosfera. O fluxo de seiva aumentou bruscamente pela manhã, alcançando rapidamente valores máximos entre 8 e 10 horas, e logo após decresceu severamente, apesar do crescente aumento da radiação solar e da demanda evaporativa da atmosfera.
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