Memória em desconstrução: da ditadura à pós-ditadura

Como se narra o horror? Como se constrói uma memória do horror? A primeira questão se desdobra na segunda, quando se passa da ditadura à pós-ditadura, conforme mostra a leitura das narrativas do escritor argentino Rodolfo Enrique Fogwill. À luz da análise de dois contos do autor, "Muchacha punk...

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Main Author: Vidal, Paloma
Format: Artigo
Language: Portuguese
Published: Programa de Pos-Graduação em Letras Neolatinas, Faculdade de Letras -UFRJ 2017
Subjects:
Online Access: http://repositorio.unb.br/handle/10482/26779
https://dx.doi.org/10.1590/S1517-106X2006000200007
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Summary: Como se narra o horror? Como se constrói uma memória do horror? A primeira questão se desdobra na segunda, quando se passa da ditadura à pós-ditadura, conforme mostra a leitura das narrativas do escritor argentino Rodolfo Enrique Fogwill. À luz da análise de dois contos do autor, "Muchacha punk" (1979) e "La larga risa de todos estos años" (1983), examina-se a maneira como suas narrativas operam um deslocamento na noção de testemunho, a fim de narrar os horrores da ditadura, e na construção da memória, ao apontar seu caráter inevitavelmente falho. Com esses deslocamentos, Fogwill deixa à mostra as fissuras da nação e desconstrói seus mitos.