Sistema reprodutivo atípico de duas espécies de Rubiaceae : distilia com autoincompatibilidade parcial no morfo brevistilo?
Espécies distílicas possuem populações com dois morfos florais. O morfo longistilo possui flores com pistilos longos e estames curtos e o morfo brevistilo, pistilos curtos e estames longos. Normalmente, os morfos apresentam um sistema heteromórfico de incompatibilidade e os morfos estão em uma razão...
Main Authors: | Matias, Raphael, Oliveira, Alexandre Silva de, Furtado, Marco Túlio, Sá, Túlio, Rodrigues, Ebenézer Barbosa, Oliveira, Paulo Eugênio de, Consolaro, Hélder |
---|---|
Format: | Artigo |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
2017
|
Subjects: | |
Online Access: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/30438 http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860201667207 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: |
Espécies distílicas possuem populações com dois morfos florais. O morfo longistilo possui flores com pistilos longos e estames curtos e o morfo brevistilo, pistilos curtos e estames longos. Normalmente, os morfos apresentam um sistema heteromórfico de incompatibilidade e os morfos estão em uma razão de 1:1 (isopletia) nas populações. Diferentes variações podem ser encontradas em espécies distílicas, como a presença de autocompatibilidade, anisopletia e variações no nível de reciprocidade entre anteras e estigmas dos dois morfos. O objetivo desse trabalho foi investigar a ocorrência das características distílicas em duas espécies de Rubiaceae. Para isso, a razão dos morfos, a hercogamia recíproca, o sistema de incompatibilidade e os visitantes florais de Psychotria deflexa e Declieuxia fruticosa foram estudados. Ambas as espécies apresentaram os dois morfos em proporção semelhante, altos valores de reciprocidade entre a altura dos verticilos sexuais dos morfos florais e apenas insetos como visitantes florais. O morfo brevistilo das duas espécies apresentou autoincompatibilidade parcial. Dentro de Rubiaceae, mesmo em grupos filogenéticos distintos, o relaxamento ou quebra da distilia parece ocorrer em padrões similares e comumente tal variação é mais comum no morfo longistilo. Para as espécies estudadas, mesmo com a pseudocompatibilidade do morfo brevistilo, as populações apresentaram proporção igual dos morfos, indicando que fatores como a alta hercogamia recíproca e, possivelmente, o serviço de polinização podem promover a manutenção da isopletia característica da distilia. |
---|