Intervenções artísticas na paisagem : a preservação da arte pública contemporânea pelas instituições museológicas
O presente artigo aborda a relação entre a arte pública contemporânea e as instituições museológicas, objetivando a reflexão acerca da preservação e difusão dessas obras inseridas na paisagem. De modo abrangente, a arte pública contemporânea caracteriza-se pela instalação de obras – geralmente de la...
Main Author: | Côrtes, Fernanda Werneck |
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Format: | Trabalho |
Language: | Português |
Published: |
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/32910 |
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Summary: |
O presente artigo aborda a relação entre a arte pública contemporânea e as instituições museológicas, objetivando a reflexão acerca da preservação e difusão dessas obras inseridas na paisagem. De modo abrangente, a arte pública contemporânea caracteriza-se pela instalação de obras – geralmente de larga escala – fora do ambiente físico dos museus em espaços de ampla e livre circulação. Com isso, altera a paisagem e insere-se na dinâmica social desses espaços. Frequentemente comissionadas por instituições museológicas, essas obras de arte, por estarem no meio urbano, são dependentes de diversas relações sociais e culturais e estão sujeitas a múltiplos tipos de espectadores. Logo, a sua preservação perpassa uma variedade de interesses, opiniões, posições políticas e questões éticas, de modo que estão sujeitas à realocação, à destruição, à remoção, o que pode vir a afetar a sua permanência não somente no espaço público, mas como herança às gerações futuras. Nesse sentido, dois projetos de arte pública contemporânea propostos e implementados pelo Itaú Cultural – o projeto Fronteiras (1998-2001) e o projeto Margem (2009-2010) - nos oferecem uma perspectiva para pensar essas questões. Enquanto as obras comissionadas pelo Fronteiras possuem caráter permanente e foram doadas pela instituição às prefeituras das cidades ou municípios, a única obra comissionada e realizada pelo Margem teve caráter temporário, permanecendo no meio urbano apenas durante cinquenta dias. Assim, esperamos analisar as estratégias de documentação e de comunicação dessas obras inseridas na paisagem, dependentes tanto de regimes de preservação urbana quanto de regimes de preservação museológica. |
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