Representação política : a virada construtivista e o paradoxo entre criação e autonomia

O artigo analisa a “Virada Construtivista” na representação política, a qual coloca em relevo o paradoxo entre criação do representado pelo representante e a autonomia de ambos. Apresenta este debate a partir de Michael Saward e de reflexões sobre o conceito de autonomia. Mostra as lacunas da ideia...

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Main Author: Almeida, Débora Cristina Rezende de
Format: Artigo
Language: Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS 2019
Subjects:
Online Access: http://repositorio.unb.br/handle/10482/33408
https://dx.doi.org/10.1590/339705/2018
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Summary: O artigo analisa a “Virada Construtivista” na representação política, a qual coloca em relevo o paradoxo entre criação do representado pelo representante e a autonomia de ambos. Apresenta este debate a partir de Michael Saward e de reflexões sobre o conceito de autonomia. Mostra as lacunas da ideia de aceitação/rejeição como critério de legitimidade e a mudança de atenção dos construtivistas para as condições de formação do julgamento, apostando em um contexto de pluralismo, reflexividade, variabilidade e igualdade de acesso. Argumenta-se que, embora estas condições sejam centrais, é preciso considerar três fatores que impactam na legitimidade democrática: os trade-offs relativos à possibilidade de objeção do representado, a difícil compatibilização entre autonomia individual e coletiva, e o processo interativo de transformação das preferências.