Melhoria da classificação das causas externas inespecíficas de mortalidade baseada na investigação do óbito no Brasil em 2017

Introdução: Causas inespecíficas de mortalidade estão entre os indicadores tradicionais de qualidade da informação. Objetivo: Verificar o desempenho das 60 cidades do projeto Dados para a Saúde e analisar a reclassificação das causas externas inespecíficas de mortalidade (CEI). Métodos: A partir d...

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Main Authors: Soares Filho, Adauto Martins, Vasconcelos, Cintia Honório, Nóbrega, Aglaêr Alves da, Pinto, Isabella Vitral, Hamann, Edgar Merchán, Ishitani, Lenice Harumi, França, Elisabeth Barboza
Format: Artigo
Language: Portuguese
Published: Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2020
Subjects:
Online Access: https://repositorio.unb.br/handle/10482/36488
https://doi.org/10.1590/1980-549720190011.supl.3
http://orcid.org/0000-0002-0917-7473
http://orcid.org/0000-0002-9635-0501
http://orcid.org/0000-0003-2939-5002
http://orcid.org/0000-0002-3535-7208
http://orcid.org/0000-0001-6775-9466
http://orcid.org/0000-0002-7165-4736
http://orcid.org/0000-0001-6984-0233
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Summary: Introdução: Causas inespecíficas de mortalidade estão entre os indicadores tradicionais de qualidade da informação. Objetivo: Verificar o desempenho das 60 cidades do projeto Dados para a Saúde e analisar a reclassificação das causas externas inespecíficas de mortalidade (CEI). Métodos: A partir de registros de 2017 do Sistema de Informações sobre Mortalidade, comparou-se proporções e variações percentuais após investigação das CEI, entre cidades do projeto e demais cidades, e calculou-se percentual de reclassificação para causas específicas. Resultados: As cidades do projeto concentraram 52% (n = 11.759) das CEI do Brasil, das quais 64,5% foram reclassificadas após investigação, enquanto as demais cidades reclassificaram 31%. Resultados foram semelhantes para homens, jovens, negros, cidades metropolitanas, região Sudeste, e em eventos atestados por institutos forenses. Nas cidades do projeto, acidentes de pedestres foram causas com maior reclassificação. Em homens, as CEI migraram para homicídios (23,8%) e acidentes de transporte terrestre (ATT) (11,1%), com destaque para motociclistas (4,4%) e pedestres (4,3%). Em mulheres, essas causas foram alteradas para outras causas acidentais (20,8%), ATT (10,6%) e homicídios (7,9%). CEI migraram para ATT (18,3%) no grupo de idade de 0 a 14 anos, e homicídios (32,5%) no grupo de 15 a 44 anos. Conclusão: As cidades do projeto obtiveram melhores resultados após investigação de CEI, possibilitando analisar a reclassificação para causas específicas, por sexo e faixas etárias.