Recomposição dos reservatórios Santa Maria e Descoberto do Distrito Federal : aspectos geográficos e gestão dos recursos hídricos
Diversos governantes realizam esforços diplomáticos para minimizar questões de cunho socioambiental e buscar mudanças nos padrões de consumo. Nesse sentido, a Organização das Nações Unidas lançou em 2015, a Agenda 2030. O documento possui um plano de ação com 17 objetivos que buscam acabar com a pob...
Main Author: | Machado, Fabiana Oliveira |
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Other Authors: | Steinke, Valdir Adilson |
Format: | Dissertação |
Language: | Português |
Published: |
2020
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.unb.br/handle/10482/38512 |
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Summary: |
Diversos governantes realizam esforços diplomáticos para minimizar questões de cunho socioambiental e buscar mudanças nos padrões de consumo. Nesse sentido, a Organização das Nações Unidas lançou em 2015, a Agenda 2030. O documento possui um plano de ação com 17 objetivos que buscam acabar com a pobreza e a fome, reduzir desigualdades, assegurar uma vida saudável com educação inclusiva e de qualidade, alcançar igualdade de gênero e assegurar a disponibilidade de saneamento básico, energia e água para todos. O acesso à água é uma grande preocupação para a sociedade, pois, estima-se que um bilhão de pessoas carece de acesso a abastecimento de água adequado. Apesar da aparente disponibilidade hídrica, verifica-se que, o consumo não tem acompanhado a recuperação. Os recursos hídricos são um dos elementos que mais sofrem com a degradação ambiental e, aparentemente, as altas tecnologias não são capazes de recuperar a água. Assim, o estudo dos recursos hídricos pela ótica geográfica é de grande valia, visto que, o estudo das diferentes formas de água existentes, a compreensão da circulação e a distribuição das águas, em especial, sob a análise da paisagem que abarca as ações naturais e antrópicas, examinado tanto do ponto de vista natural quanto humano, associado ao tempo e ao espaço, trará um quadro completo do resultado de ações dinâmicas do passado, presente e projeção para o futuro. Observa-se que os recursos hídricos estão no espaço geográfico disputando e se transformando juntamente com outros elementos, além, de ser um elemento ativo na formação da paisagem. Ao longo dos anos houve uma mudança de entendimento de alguns pesquisadores com relação à condição de recurso renovável. Para gerenciar as águas do Brasil foi criada no ano 2000 a Agência Nacional de Águas (ANA). A Agência dividiu o país em 12 regiões hidrográficas definidas a partir da proximidade das bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas, com características naturais, sociais e econômicas similares. Apesar da aparente condição favorável para uma alta disponibilidade dos recursos hídricos, o Governo do Distrito Federal (GDF) declarou em 2016 que a cidade estava passando por uma crise hídrica, ou seja, a disponibilidade hídrica não era suficiente para atender às demandas da população. É importante pontuar que apesar de os relatórios apresentados mostrarem que o território do DF está localizado em área privilegiada de recursos hídricos, há fatores que podem ter alterado o quadro apresentado. Para o desenvolvimento das políticas públicas é preciso que o Estado abra mão de recursos financeiros, econômicos, humanos, entre outros. Ao analisar os dados observa-se que o Distrito Federal está longe de alcançar o índice de perda na distribuição ideal. Desse modo, é muito importante a escolha correta do modelo de gerenciamento das bacias hidrográficas. A disponibilidade hídrica depende de fatores não controláveis, tais como a chuva, consumo e etc. Observa-se que os reservatórios são essenciais para a garantia de água nos tempos secos. Diante do exposto, é necessário compreender os elementos integrantes do sistema. Começando pela unidade física – a bacia hidrográfica, que é uma das principais bases de intervenção e análise. Assim, os recursos hídricos podem ser considerados sistemas adaptativos complexos, Estes sistemas apresentam características específicas, dentre as quais a resiliência, definida como a medida da magnitude dos distúrbios que podem ser absorvidos por um ecossistema sem que o mesmo mude seu patamar de equilíbrio estável. |
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