Vitrúvio, Alberti e o poder
O conceito de Vitrúvio sobre o ornamento enquanto elemento que confere caráter ao edifício, e consequentemente à cidade, serviu de base para o tratado de Alberti. Ambos os arquitetos entendem o ornamento como linhas compositivas que ganham legitimidade no momento em que possuem um caráter uti...
Main Author: | Borges, Carolina da Rocha Lima |
---|---|
Format: | Artigo |
Language: | Português |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília
2022
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.unb.br/handle/10482/42846 https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.15 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: |
O conceito de Vitrúvio sobre o ornamento enquanto elemento que confere caráter ao edifício, e consequentemente à cidade, serviu de base para o tratado de Alberti. Ambos os arquitetos entendem o ornamento como linhas compositivas que ganham legitimidade no momento em que possuem um caráter utilitário e simbólico na arquitetura. O utilitário pode ser entendido desde aqueles elementos ornamentais que também respondem a uma necessidade prática, como aqueles que asseguram um caráter cívico na edificação, contribuindo para a organização e para o decoro da cidade. Enquanto elementos que completam o belo estrutural na arquitetura clássica, os ornamentos são teoricamente determinados por cânones de proporção e harmonia. Na prática, ornamentos em edifícios públicos possuem uma retórica muitas vezes persuasiva, podendo funcionar como ferramenta de dominação e legitimação de uma classe dominante. |
---|