Relação entre índice tornozelo-braquial e complexo médio-intimal carotídeo em pacientes com doença arterial periférica
O índice tornozelo-braquial (ITB) e a medida do complexo médio-intimal (MCMI) nas carótidas são testes simples, de fácil execução e que estabelecem o diagnóstico de doença arterial periférica, nos membros inferiores e nas carótidas, respectivamente, além de se relacionarem com a ocorrência de eve...
Main Author: | BRASILEIRO, Augusto Cézar Lacerda |
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Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2015
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10122 |
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Summary: |
O índice tornozelo-braquial (ITB) e a medida do complexo médio-intimal
(MCMI) nas carótidas são testes simples, de fácil execução e que estabelecem o diagnóstico
de doença arterial periférica, nos membros inferiores e nas carótidas, respectivamente, além
de se relacionarem com a ocorrência de eventos cardiovasculares. Não está estabelecido se
existe associação e qual o tipo desta entre esses dois testes. Objetivo: O objetivo deste estudo
foi avaliar se os pacientes que tinham ITB ≤ 0,9, apresentavam maior prevalência de placa
aterosclerótica nas carótidas. Pacientes e Métodos: Estudo prospectivo, transversal, analítico,
realizado entre maio e dezembro de 2011, no qual foram recrutados todos os pacientes entre
50 e 69 anos, portadores de diabetes ou tabagistas, e todos os pacientes acima de 70 anos, que
aceitaram participar do estudo. Foi verificado o ITB, e medido o complexo médio-intimal nas
carótidas comum, interna e externa bilateralmente através de ultrassonografia. O ITB ≤ 0,9 foi
considerado anormal e a MCMI carotídea ≥1,5 mm foi definida como placa aterosclerótica.
Os pacientes foram divididos em grupo 1 (ITB ≤ 0,9) e grupo 2 (ITB > 0,9) e as variáveis
clínicas, assim como os valores do complexo médio-intimal, foram comparados. Variáveis
numéricas foram comparadas pelo teste de Mann-Whitney, enquanto as categóricas pelo quiquadrado
ou teste de Fischer. Realizou-se a correlação de Pearson. O valor de p ≤ 0,05 foi
considerado significativo. Resultados: No período pré-estabelecido do estudo, foram
recrutados 118 pacientes, sendo 48 homens e 70 mulheres. A idade media foi 68 ± 18 anos.
Não houve diferença quanto ao perfil clínico dos grupos. A prevalência de ITB ≤ 0,9 foi
29,7% e de MCMI ≥ 1,5 de 34,7%. A taxa de placa aterosclerótica carotídea foi maior no
grupo 1 (48,6% vs 28,9%, p = 0,04). A comparação entre os grupos revelou, ainda, que no
grupo 1, houve maior MCMI na carótida interna [ 1,4 (max 0,6 – min 3,5) vs 1 (0,5 – 3,8), p
= 0,04] e carótida externa [0,7 (0,5 – 3,2) vs 0,6 (0,4 – 2,3), p = 0,047], além de máximo
espessamento em carótidas [1.4 (0,7 – 3,5) vs 1 (0,6 – 3,8), p = 0,01). Houve correlação linear
negativa entre o ITB e MCMI (r = - 0,235, p = 0,01). Conclusões: As prevalências de ITB
e/ou MCMI anormais foram elevadas. Pacientes com ITB anormal tiveram mais espesamento
anormal e placa aterosclerótica nas artérias carótidas. Doentes, com ITB ≤ 0,9, foram de alto
risco para terem placa aterosclerótica carotídea. |
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