Por uma poética do impossível: a cidade e o poeta no Livro dos Adynata

A relação entre poeta e a cidade é uma rede de significações móvel e rasurada, na medida em que, os sentidos constituídos dependem muito do olhar lançado e da experiência estética concebida. No caso da poesia de Myriam Fraga, as duas representações tornam-se, por vezes, metonímia uma da outra. As...

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Main Author: SOUZA, Thais Rabelo de
Other Authors: NAOUAR, Oussama
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2016
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17582
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Summary: A relação entre poeta e a cidade é uma rede de significações móvel e rasurada, na medida em que, os sentidos constituídos dependem muito do olhar lançado e da experiência estética concebida. No caso da poesia de Myriam Fraga, as duas representações tornam-se, por vezes, metonímia uma da outra. Assim, neste trabalho, objetiva-se, analisar a representação do poeta e da cidade no Livro dos Adynata (1973), estruturada a partir de uma poética da impossibilidade, centralizada nas formas de dizer, ver e ser, que atravessam a existência do eu-lírico, e neste sentido, refletir as proporções de um livro de poemas ao aceitar o risco da busca pela palavra, até mesmo quando esta é aparentemente renunciada. Destaca-se para tal embasamento, os teóricos da palavra e do caminho poético, Paz (2012), Dufrenne (1969), Friedrich (1991), Heidegger (2012), Bosi (2000), Adorno (2003), Fischer (1981), Rancière (1995), dentre outros, que conseguem dialogar os desdobramentos da lírica na contemporaneidade, sem perder de vista as origens deste campo do discurso.