O constante desdobrar-se de "Orlando: a biography": uma leitura metaliterária
Estima-se que um texto subintitulado como "uma biografia"consista na exposição da vida de um indivíduo, centrada numa determinada época e lugar, registrando sua história desde o nascimento até a morte. A escritora inglesa Virginia Woolf, no percurso de sua carreira, refletiu acerca da q...
Main Author: | ARAÚJO, João Paulo de Souza |
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Other Authors: | BARROS, Lourival de Holanda |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
2016
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17866 |
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Summary: |
Estima-se que um texto subintitulado como "uma biografia"consista na exposição da
vida de um indivíduo, centrada numa determinada época e lugar, registrando sua
história desde o nascimento até a morte. A escritora inglesa Virginia Woolf, no
percurso de sua carreira, refletiu acerca da questão biográfica, não tomando apenas
a ficção como tela para isto: dilatara o tema em ensaios como The New Biography,
de 1927, e The Art of Biography, de 1932. Orlando: a Biography, na verdade obra
romanesca, é publicado no ano de 1928, entre as publicações desses dois ensaioschaves
para este trabalho. Orlando, personagem central da narrativa, desliza sobre
mais de três séculos de história e literatura: poeta, intenta alcançar sua obra-prima,
The Oak Tree; num mesmo corpo e nome, passa de homem para mulher, chocandose
com a letargia dos tempos vitorianos; vai de encontro aos pudores da época em
relação a gênero e sexualidade; e sua história põe em evidência, para além da
realidade biográfica de Woolf, a conotação dos próprios jogos em que a escrita
literária se envolve. A metaliteratura é tida em sua natureza autorreflexiva, ou seja, é
a literatura dobrando-se sobre si mesma, num vasto sistema de espelhamentos. A
proposta deste trabalho, então, compreende a análise de Orlando: A Biography sob
o ponto de vista metaliterário, cuja ordem toma a obra como recorte primeiro da
apreensão teórica e crítica do estudo. Para tanto, intenta-se uma via de acesso às
teorias da literatura e da ficção nos aportes epistemológicos de Roland Barthes
(1979), Michel Foucault (2001), Linda Hutcheon (1991), Gustavo Bernardo (2010); e,
ao pensar nos argumentos acerca das referências críticas da obra, os textos de
Hermione Lee (1999), Quentin Bell (1972) Monique Nathan (1989) e Maud Manonni
(1999) foram de extrema importância. |
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