Relação entre o índice de massa corporal com indicadores antropométricos de risco cardiovascular nas usuárias do projeto cintura fina

As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Já é bem documentado na literatura que o sobrepeso e a obesidade são um importante fator de risco para o desenvolvimento de várias doenças crônicas, incluindo as DCV, no entanto, atualmente sabe-se q...

Full description

Main Author: FERREIRA, Lisianny Camilla Cocrido do Nascimento
Format: bachelorThesis
Language: por
Published: 2017
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18176
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Summary: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Já é bem documentado na literatura que o sobrepeso e a obesidade são um importante fator de risco para o desenvolvimento de várias doenças crônicas, incluindo as DCV, no entanto, atualmente sabe-se que o risco não está relacionado unicamente com a obesidade geral; o risco está igualmente relacionado à forma de distribuição da gordura, como a adiposidade central, que tem sido indicada como um dos melhores preditores de DCV. Estudos têm demonstrado a capacidade de alguns indicadores antropométricos na predição do risco cardiovascular (RCV). Diante disso, o objetivo do presente estudo foi o de verificar a correlação entre índice de massa corporal (IMC) e os indicadores antropométricos de risco cardiovascular em usuárias do Projeto Cintura Fina do município de Vitória de Santo Antão (PE). Para tal, foi realizado um estudo transversal, realizado com 39 mulheres, com idade ≥ 18 anos, residentes do município de Vitória de Santo Antão. Os dados relativos às variáveis biológica, socioeconômicas, comportamentais, antropométricas e comorbidades foram coletados através de questionário estruturado. Avaliou-se o IMC, circunferência da cintura (CC), razão cintura estatura (RCE), razão cintura quadril (RCQ) e índice de conicidade (IC). A análise dos dados foi efetuada com o SPSS (versão 10.0), através da distribuição de frequências. Além disso, foi realizado o teste de correlação de Spearman, considerando um nível de significância de 5% para verificar a associação entre o IMC e os indicadores antropométricos de risco cardiovascular. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Pernambuco (CAAE: 02750512.0.0000.5208). Participaram 39 mulheres, com média de idade de 42,7 anos (DP ± 13,6 anos). A maioria das mulheres possuía ensino fundamental incompleto (36,8%); não eram fumantes (74,4%), não consumiam bebida alcoólica (82,1%) e apresentavam excesso de peso (71,8%). Em relação aos indicadores antropométricos, a maioria das mulheres possuía RCV segundo a CC (84,6%), RCE (79,5%), RCQ (62,9%) e IC (82,1%). Quanto ao IMC e os indicadores antropométricos observou-se correlação significativa entre a CC (p< 0,001, r= 0,841), RCE (p<0,001, r= 0,840) e RCQ (p= 0,038, r= 0,352). Quando avaliados entre si, todos os indicadores antropométricos apresentaram correlação significativa, variando de moderada a forte. Verificou-se uma correlação positiva entre o IMC e os indicadores antropométricos, com exceção do IC. No entanto, ainda não há consenso na literatura sobre o indicador mais preciso para avaliar o RCV.