Desenvolvimento de sistemas de dispersões sólidas para liberação pH dependente do tamoxifeno

O Tamoxifeno (TMX) utilizado no tratamento do câncer de mama, apresenta diversas desvantagens, elevada toxicidade, baixa solubilidade e precipitação no ambiente gástrico na forma de sal com aumento do risco de ocorrência de câncer de estômago. Os sistemas de dispersões sólidas (DS) têm sido utili...

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Main Author: SILVA, Dayanne Tomaz Casimiro da
Other Authors: SOARES SOBRINHO, José Lamartine
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2017
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18371
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spelling ir-123456789-183712019-10-26T01:50:48Z Desenvolvimento de sistemas de dispersões sólidas para liberação pH dependente do tamoxifeno SILVA, Dayanne Tomaz Casimiro da SOARES SOBRINHO, José Lamartine http://lattes.cnpq.br/6515613697746626 http://lattes.cnpq.br/8745917013630518 Polímeros Liberação controlada de fármacos Dissolução Polymers Controlled drug release Dissolution O Tamoxifeno (TMX) utilizado no tratamento do câncer de mama, apresenta diversas desvantagens, elevada toxicidade, baixa solubilidade e precipitação no ambiente gástrico na forma de sal com aumento do risco de ocorrência de câncer de estômago. Os sistemas de dispersões sólidas (DS) têm sido utilizados com polímeros comerciais, Eudragit®, para liberação controlada e em determinados pH. Assim, o objetivo desse estudo foi desenvolver sistemas de dispersões sólidas para liberação pH dependente do tamoxifeno. Utilizou-se os polímeros Eudragit® RL 100, Eudragit® L 100 e TMX, pelo método de evaporação do solvente, obtendo DS10%, 20%, 30%, 40%, 50% e 60%, mistura física MF30% e dispersões binárias (DS binária) sem fármaco. A difração de Raios-X (DRX) mostrou amorfização das dispersões formadas nas proporções de 10%, 20%, 30%, 40%, 50% e 60%. Na MF30% foi constatada a cristalinidade do fármaco. Na análise térmica através das curvas (TG), foi observada aumento da temperatura de decomposição da DS binária. No DSC, para a MF30% foi observado o pico de fusão e as etapas de decomposição do fármaco. Já nas DS10%, DS20% e DS30% observou-se ausência desses picos. Para a DS binária a temperatura de transição vítrea (Tg) se assemelhou a Tg do Eudragit® L 100, aumentando estabilidade das DS. Na espectroscopia de Infravermelho (FTIR) foi verificado interações polímero-polímero através da diminuição e alargamento das bandas de 2601 cm-¹, atribuído ao grupamento livre do ácido carboxílico do Eudragit® L 100. Observou interação fármaco-polímero com ausência dos picos característicos do fármaco nas regiões de 1588 cm-¹, referente ao amônio quaternário, nas DS 10% e DS 20%, e diminuição da intensidade das bandas na DS 30%. Assim com o alargamento de banda das regiões 2601cm-1 do Eudragit® L100, sugerindo a interação do fármaco nessa região. A Microscopia Eletrônica de Varredura exibiu diferenças significativas nas dispersões sólidas DS30% e MF 30%. Para os testes de solubilidade nos meios pH 1,2 e 7,4 a solubilidade do TMX aumentou com a diminuição do pH já com adição de Tween80 no meio pH 7,4 a solubilidade do fármaco aumentou em até 26 vezes a concentração, melhorando a solubilidade do TMX nesse meio. As condições designadas na USP para formulação gastrorresistentes (pH 1,2) foram satisfatórias para as DS10% e DS20%. Porém, para DS30% a condição não foi alcançada devido a mudanças da permeabilidade do polímero, pela formação de iPECS. No pH 7,4 + Tween80 (0,4% p/v) houve controle na liberação do fármaco com aumento de solubilidade de até 200% para DS20% e Ds30%. Portanto, pode-se concluir que o método empregado foi eficaz na obtenção das dispersões com aumento da estabilidade do fármaco nos sistemas formados, atendendo as diretrizes da USP para formulações gastrorresistentes e liberando de forma modificada o fármaco no pH 7,4, com incremento solubilidade. Sendo um promissor sistema para futuras modificações e estudos. CAPES Tamoxifen (TMX) used in the treatment of breast cancer, has several disadvantages, like high toxicity, low solubility and precipitation in the gastric environment in salt form with an increased risk of stomach cancer. Solid dispersions systems (DS) have been used with commercial polymers, Eudragit, for controlled release and certain pH. The aim of this study was to develop solid dispersion systems for pH dependent release of tamoxifen. It was used the polymers Eudragit RL 100, Eudragit L 100 and TMX, the solvent evaporation method, obtaining. DS10%, 20%, 30%, 40%, 50% and 60% physical mixture and binary dispersions PM30% (binary DS) no drug. The X-ray diffraction (XRD) showed amorphization of the dispersions formed in proportions of 10%, 20%, 30%, 40%, 50% and 60%. In PM30% was observed crystallinity of the drug. In the thermal analysis curves through (Tg), it was observed increase of the decomposition temperature of the binary DS. In DSC, for PM30% was observed melting peak of the drug and decomposition steps. Already in DS10%, DS20 and DS30% was observed the absence of these peaks. For binary DS glass transition temperature (Tg) resembled the Tg of Eudragit® L 100, increasing stability of the DS. In infrared spectroscopy (FTIR) was checked polymer-polymer interactions by lowering and widening of the bands 2601 cm-¹ assigned to the free carboxylic acid grouping of Eudragit® L 100 observed drug-polymer interaction with the absence of the characteristic peaks drug in the region of 1588 cm-¹, referring to quaternary ammonium, and the DS 10% DS 20%, and decreased intensity of the bands in DS30%. So, with the extension band of regions 2601cm-1 Eudragit® L100, suggesting the interaction of the drug in this region. The Scanning Electron Microscopy showed significant differences in solid dispersions DS30% and 30% MF. For solubility testing in pH 1.2 and 7.4 means the solubility of TMX increased with decreasing pH already with addition of Tween 80 at pH 7.4 means the solubility of the drug increased up to 26 times the concentration by improving TMX solubility in this medium. The conditions referred to in USP gastroresistant formulation (pH 1.2) were satisfactory for DS10 and DS20%. However, in DS30%, the condition was not achieved due to the polymer permeability changes by forming iPECS. At pH 7.4 + Tween 80 (0,4 w/v) there has been control drug release with increased solubility up to 200% for DS20 and DS30%%. Therefore, it can be concluded that the method employed was effective in obtaining the dispersions with increased drug stability in the systems formed, meeting the USP guidelines for gastroresistant formulations and modifying the release of the drug at pH 7.4, with increased solubility; and that it is a promising system for future modifications and studies. 2017-03-07T13:13:13Z 2017-03-07T13:13:13Z 2016-03-04 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18371 por Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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description O Tamoxifeno (TMX) utilizado no tratamento do câncer de mama, apresenta diversas desvantagens, elevada toxicidade, baixa solubilidade e precipitação no ambiente gástrico na forma de sal com aumento do risco de ocorrência de câncer de estômago. Os sistemas de dispersões sólidas (DS) têm sido utilizados com polímeros comerciais, Eudragit®, para liberação controlada e em determinados pH. Assim, o objetivo desse estudo foi desenvolver sistemas de dispersões sólidas para liberação pH dependente do tamoxifeno. Utilizou-se os polímeros Eudragit® RL 100, Eudragit® L 100 e TMX, pelo método de evaporação do solvente, obtendo DS10%, 20%, 30%, 40%, 50% e 60%, mistura física MF30% e dispersões binárias (DS binária) sem fármaco. A difração de Raios-X (DRX) mostrou amorfização das dispersões formadas nas proporções de 10%, 20%, 30%, 40%, 50% e 60%. Na MF30% foi constatada a cristalinidade do fármaco. Na análise térmica através das curvas (TG), foi observada aumento da temperatura de decomposição da DS binária. No DSC, para a MF30% foi observado o pico de fusão e as etapas de decomposição do fármaco. Já nas DS10%, DS20% e DS30% observou-se ausência desses picos. Para a DS binária a temperatura de transição vítrea (Tg) se assemelhou a Tg do Eudragit® L 100, aumentando estabilidade das DS. Na espectroscopia de Infravermelho (FTIR) foi verificado interações polímero-polímero através da diminuição e alargamento das bandas de 2601 cm-¹, atribuído ao grupamento livre do ácido carboxílico do Eudragit® L 100. Observou interação fármaco-polímero com ausência dos picos característicos do fármaco nas regiões de 1588 cm-¹, referente ao amônio quaternário, nas DS 10% e DS 20%, e diminuição da intensidade das bandas na DS 30%. Assim com o alargamento de banda das regiões 2601cm-1 do Eudragit® L100, sugerindo a interação do fármaco nessa região. A Microscopia Eletrônica de Varredura exibiu diferenças significativas nas dispersões sólidas DS30% e MF 30%. Para os testes de solubilidade nos meios pH 1,2 e 7,4 a solubilidade do TMX aumentou com a diminuição do pH já com adição de Tween80 no meio pH 7,4 a solubilidade do fármaco aumentou em até 26 vezes a concentração, melhorando a solubilidade do TMX nesse meio. As condições designadas na USP para formulação gastrorresistentes (pH 1,2) foram satisfatórias para as DS10% e DS20%. Porém, para DS30% a condição não foi alcançada devido a mudanças da permeabilidade do polímero, pela formação de iPECS. No pH 7,4 + Tween80 (0,4% p/v) houve controle na liberação do fármaco com aumento de solubilidade de até 200% para DS20% e Ds30%. Portanto, pode-se concluir que o método empregado foi eficaz na obtenção das dispersões com aumento da estabilidade do fármaco nos sistemas formados, atendendo as diretrizes da USP para formulações gastrorresistentes e liberando de forma modificada o fármaco no pH 7,4, com incremento solubilidade. Sendo um promissor sistema para futuras modificações e estudos.
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