Estudo dos polimorfismos genéticos da metalproteinase de matriz 2 envolvidos na carcinogênese cervical

O câncer de colo do útero apresenta distribuição a nível mundial, correspondendo ao quarto mais incidente entre as mulheres. Está associado à infecção prévia pelo Papillomavírus Humano (HPV) em quase a totalidade dos casos. Diversos cofatores atuam em consonância ao HPV para o surgimento de lesõ...

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Main Author: QUIXABEIRA, Dafne Carolina Alves
Other Authors: SILVA NETO, Jacinto da Costa
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2017
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Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18894
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spelling ir-123456789-188942019-10-26T05:29:39Z Estudo dos polimorfismos genéticos da metalproteinase de matriz 2 envolvidos na carcinogênese cervical QUIXABEIRA, Dafne Carolina Alves SILVA NETO, Jacinto da Costa CHAGAS, Bárbara Simas http://lattes.cnpq.br/1538096731987067 http://lattes.cnpq.br/6131084470861010 Lesão Cervical Metaloproteinase de matriz 2 Polimorfismo Papillomavírus Humano Cervical Lesion Matrix metalloproteinase 2 Polymorphism Human Papillomavirus O câncer de colo do útero apresenta distribuição a nível mundial, correspondendo ao quarto mais incidente entre as mulheres. Está associado à infecção prévia pelo Papillomavírus Humano (HPV) em quase a totalidade dos casos. Diversos cofatores atuam em consonância ao HPV para o surgimento de lesões cervicais e posterior carcinoma. Importante destaque como cofator deve ser dado às metaloproteinases de matriz (MMP), enzimas proteolíticas que participam da lise tanto de componentes da matriz extracelular (MEC), como os que não pertencem a matriz. Particularmente a MMP-2 tem destaque relevante no câncer cervical, por favorecer a progressão de lesões in situ para a invasão ao lisar a membrana basal. Polimorfismos na região promotora desse gene têm sido associados ao aumento do risco da progressão do câncer e formação de metástases. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a possível associação dos polimorfismos de base única (SNP) -1306C/T e -735C/T, presentes na região promotora do gene da MMP-2 em lesões cervicais em mulheres de dois Estados da região Nordeste do Brasil. Foram avaliados 52 casos de lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL) e 67 lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL) para o polimorfismo -1306 C/T. Enquanto que 63 casos de LSIL e 73 casos de HSIL foram selecionados para a avaliação do SNP 735C/T. 95 casos com citologia normal foram selecionados como grupo controle do -1306C/T e 91 casos para o -735 C/T. A amplificação gênica e posterior genotipagem foram feitas por meio de PCR-RFLP, com o uso das enzimas Pvu II e Hinf I, para os SNP-1306C/T e -735C/T, respectivamente. A MMP-2 C1306T não apresentou associação significativa entre os grupos LSIL e o controle (p=0,1734OR=0.37; 95 % CI=0.3-1.58). Assim como entre os grupos controle e HSIL (p=0,7118 OR=0.08; 95 % CI=0.93-3.3). O mesmo foi observado para a avaliação do MMP-2 C735T, pois não foi encontrada associação significativa entre o grupo LSIL e o controle (p=0,7948; OR=0,94; 95 % CI=0,56-2,15), bem como entre o grupo HSIL e o controle (p=0,7398; OR=1,07; 95 % CI=0,50-1,64). A presença do genótipo TT no modelo recessivo apresentou-se como fator protetor da progressão das lesões cervicais (p=0,03566; OR=0,66; 95 % CI=0,10-0,96). Em relação ao uso de contraceptivo oral como cofator, não foram encontradas associações, tanto entre os casos LSIL (p=0,370 OR=0.65; 95 % CI=0.35-1.93) e HSIL (p=0,6527; OR=0.08; 95 % CI=0.93-3.3) -1306C/T, quanto para os casos LSIL (p=0,57649; OR= 0,9; 95% CI=0.60-2.54) e HSIL (p=0,6269; OR= 0,74; 95% CI=0.47-1.57) do -735C/T. A associação entre a infecção pelo HPV e os genótipos C735T e C1306T não foi significativa (p >0,05). No presente estudo, apenas a presença do genótipo TT do MMP-2 C735T apresentou relevância estatística como fator protetor da progressão das lesões cervicais para a malignidade. CAPES CNPQ FACEPE Cervical cancer is a global health problem being the fourth most incident cancer in women. This type of cancer is associated with prior infection with Human Papillomavirus (HPV) in almost all cases. Some cofactors act with HPV in the development of lesions and posterior cervical carcinoma. An important cofactor are matrix metalloproteinases (MMP). Proteolytic enzymes that participate in the lysis component of the extracellular matrix (ECM). Particularly MMP-2 excels in cervical cancer progression by promoting the intraepithelial lesions to invasion due to lysis of the basal membrane. Polymorphisms in the promoter region of the MMP-2 gene has been associated with increased risk of progression to cancer and metastasis. This study aimed to evaluate the possible association of single nucleotide polymorphisms (SNP) -1306C / T and 735C / T, present in the promoter region of the MMP-2 gene in cervical lesions in women in States of northeastern Brazil. We evaluated 52 cases of low grade intraepithelial lesions (LSIL) and 67 cases of high grade (HSIL) for the polymorphism -1306 C/T. While other 63 LSIL cases and 73 HSIL cases were evaluated for SNP -735C/T. 95 cases with normal cytology were selected with the control group -1306C / T and 91 cases for the -735 C / T. Gene amplification and subsequent genotyping were performed by PCR-RFLP. For this we used the restriction enzyme Pvu II (for SNP-1306C / T) and Hinf I (for SNP -735C / T). The MMP-2 C1306T showed no significant association between the LSIL group and the control (p = 0,1734OR = 0:37; 95% CI = 0.3-1.58). As well as between the control group and HSIL (p = 0.7118 OR = 0:08; 95% CI = 0.933.3). The same was observed for the evaluation of MMP-2 compared C735T LSIL group and the control group (p = 0.7948, OR = 0.94; 95% CI = 0.56 to 2.15). There was also no association between HSIL group and the control (p = 0.7398; OR = 1.07; 95% CI = 0.50 to 1.64). The presence of the TT genotype in recessive model was presented as a protective factor in the progression of cervical lesions (p = 0.03566; OR = 0.66; 95% CI = .10-.96). Regarding the use of oral contraceptive as a cofactor, no significant associations found between LSIL cases (p = 0.370 OR = 0.65; 95% CI = 0.35-1.93) and HSIL (p = 0.6527; OR = 0:08; 95% CI = 0.93-3.3) from -1306C / T group, as well as LSIL (p = 0.57649; OR = 0.9; 95% CI = 0.60-2.54) and HSIL (p = 0.6269, OR = 0 74; 95% CI = 0:47 to 1:57) of -735C / T group. The association between HPV infection and the C735T and C1306T genotypes was not significant (p> 0.05). In the present study, only the presence of the TT genotype of MMP-2 C735T showed statistically significant protective factor in the progression of cervical lesions to malignancy. 2017-05-25T14:19:45Z 2017-05-25T14:19:45Z 2016-02-25 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18894 por Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Patologia
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QUIXABEIRA, Dafne Carolina Alves
Estudo dos polimorfismos genéticos da metalproteinase de matriz 2 envolvidos na carcinogênese cervical
description O câncer de colo do útero apresenta distribuição a nível mundial, correspondendo ao quarto mais incidente entre as mulheres. Está associado à infecção prévia pelo Papillomavírus Humano (HPV) em quase a totalidade dos casos. Diversos cofatores atuam em consonância ao HPV para o surgimento de lesões cervicais e posterior carcinoma. Importante destaque como cofator deve ser dado às metaloproteinases de matriz (MMP), enzimas proteolíticas que participam da lise tanto de componentes da matriz extracelular (MEC), como os que não pertencem a matriz. Particularmente a MMP-2 tem destaque relevante no câncer cervical, por favorecer a progressão de lesões in situ para a invasão ao lisar a membrana basal. Polimorfismos na região promotora desse gene têm sido associados ao aumento do risco da progressão do câncer e formação de metástases. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a possível associação dos polimorfismos de base única (SNP) -1306C/T e -735C/T, presentes na região promotora do gene da MMP-2 em lesões cervicais em mulheres de dois Estados da região Nordeste do Brasil. Foram avaliados 52 casos de lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL) e 67 lesões intraepiteliais de alto grau (HSIL) para o polimorfismo -1306 C/T. Enquanto que 63 casos de LSIL e 73 casos de HSIL foram selecionados para a avaliação do SNP 735C/T. 95 casos com citologia normal foram selecionados como grupo controle do -1306C/T e 91 casos para o -735 C/T. A amplificação gênica e posterior genotipagem foram feitas por meio de PCR-RFLP, com o uso das enzimas Pvu II e Hinf I, para os SNP-1306C/T e -735C/T, respectivamente. A MMP-2 C1306T não apresentou associação significativa entre os grupos LSIL e o controle (p=0,1734OR=0.37; 95 % CI=0.3-1.58). Assim como entre os grupos controle e HSIL (p=0,7118 OR=0.08; 95 % CI=0.93-3.3). O mesmo foi observado para a avaliação do MMP-2 C735T, pois não foi encontrada associação significativa entre o grupo LSIL e o controle (p=0,7948; OR=0,94; 95 % CI=0,56-2,15), bem como entre o grupo HSIL e o controle (p=0,7398; OR=1,07; 95 % CI=0,50-1,64). A presença do genótipo TT no modelo recessivo apresentou-se como fator protetor da progressão das lesões cervicais (p=0,03566; OR=0,66; 95 % CI=0,10-0,96). Em relação ao uso de contraceptivo oral como cofator, não foram encontradas associações, tanto entre os casos LSIL (p=0,370 OR=0.65; 95 % CI=0.35-1.93) e HSIL (p=0,6527; OR=0.08; 95 % CI=0.93-3.3) -1306C/T, quanto para os casos LSIL (p=0,57649; OR= 0,9; 95% CI=0.60-2.54) e HSIL (p=0,6269; OR= 0,74; 95% CI=0.47-1.57) do -735C/T. A associação entre a infecção pelo HPV e os genótipos C735T e C1306T não foi significativa (p >0,05). No presente estudo, apenas a presença do genótipo TT do MMP-2 C735T apresentou relevância estatística como fator protetor da progressão das lesões cervicais para a malignidade.
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