Caracterização de dosímetros de alanina/RPE para irradiadores de raios-X de baixa energia
Nos últimos anos, a crescente dificuldade para aquisição e transporte internacional de irradiadores de raios gama, como o irradiador de Co-60 GammaCell 220 da Nordion, levou ao desenvolvimento de irradiadores de altas taxas de dose com base em feixes de raios-X, que operam na faixa de 150kV. Uma...
Main Author: | SILVA NETO, Leoncio de Barros e |
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Other Authors: | BARROS, Vinícius Saito Monteiro de |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2017
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19638 |
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Summary: |
Nos últimos anos, a crescente dificuldade para aquisição e transporte internacional de
irradiadores de raios gama, como o irradiador de Co-60 GammaCell 220 da Nordion, levou ao
desenvolvimento de irradiadores de altas taxas de dose com base em feixes de raios-X, que
operam na faixa de 150kV. Uma das aplicações deste tipo de irradiador é a irradiação de
insetos, de amostras de sangue, etc. Para estes procedimentos, é importante que se tenha
dosímetros que possam monitorar os processos de irradiação. O objetivo deste trabalho é o
estudo e caracterização da alanina para que possa ser aplicada em dosimetria de irradiadores
de raios-X de altas taxas de dose. A alanina é um aminoácido com número atômico efetivo
próximo ao do tecido humano e é utilizada para dosimetria por ressonância paramagnética
eletrônica (RPE) para aplicações em radioterapia. Neste trabalho, foram produzidas pastilhas
de alanina com diferentes aglutinantes, bem como pastilhas puras revestidas com duas
camadas de verniz, para serem utilizadas como dosímetros. Foram utilizados como
aglutinantes parafina, teflon e estearina em concentrações de 1 %, 2 % e 5 % da massa total
das pastilhas. Testes mecânicos, como ultrassom e rot-up, foram realizados para avaliar a
resistência mecânica das pastilhas produzidas. Após os testes mecânicos, verificou-se que as
pastilhas preparadas com alanina pura apresentavam resistência mecânica suficiente para
serem utilizadas como dosímetros. A reprodutibilidade de sua resposta RPE foi avaliada a
partir da irradiação de dez dosímetros com dose de 100 Gy com uma fonte de Co-60. Para
investigar a estabilidade da resposta da alanina-RPE com o tempo, três dosímetros foram
irradiados com uma dose de 200 Gy com uma fonte de Co-60, sendo a leitura realizada após
cinco horas da irradiação e releituras após 15, 40, 87, 110 e 137 dias da irradiação. Para obter
as curvas de calibração para raios gama e raios – X, amostras foram irradiadas,
respectivamente, com doses de 0 a 1 kGy e de 18,7 Gy a 206 Gy. Os resultados mostram que
a resposta dos dosímetros de alanina-RPE apresentou reprodutibilidade com um coeficiente de
variação de 1,2%. O estudo do desvanecimento da resposta dos dosímetros mostrou uma
variação de 0,8% em 137 dias. De acordo com os resultados obtidos, o sistema de dosimetria
alanina-RPE pode ser utilizado, de forma confiável, como um sistema padrão de transferência
para as aplicações do irradiador de raios-X de baixa energia, o RS 2400. |
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