Lutas e resistências nas “terras de preto”: o caso de Santiago do Iguape

O objetivo desse trabalho é analisar os processos de organização sociopolítica que decorrem da regularização fundiária na comunidade Quilombola de Santiago do Iguape, no período de 2010 a 2013. A comunidade de Santiago do Iguape, lócus dessa pesquisa, traz, na sua trajetória política, toda uma hi...

Full description

Main Author: MACHADO, Milena Freitas
Other Authors: COSTA, Mônica Rodrigues
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2017
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22590
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Summary: O objetivo desse trabalho é analisar os processos de organização sociopolítica que decorrem da regularização fundiária na comunidade Quilombola de Santiago do Iguape, no período de 2010 a 2013. A comunidade de Santiago do Iguape, lócus dessa pesquisa, traz, na sua trajetória política, toda uma história de luta e resistência para garantir a preservação do território quilombola e, ao mesmo tempo, luta por um desenvolvimento que respeite as especificidades enquanto comunidade tradicional. Atualmente, sofre ameaças no seu território, a exemplo da implantação de um grande empreendimento na Reserva Extrativista Federal da Baía do Iguape (RESEX), o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, localizado no entorno da Baía do Iguape, mais precisamente no município de Maragogipe. Diante desse cenário, as comunidades tradicionais que vivem no entorno da Baía do Iguape vivenciam conflitos fundiários e territoriais, que são travados pelos interesses estabelecidos entre o Estado e o grande capital, em detrimentos dos direitos dos povos e comunidades tradicionais. O estudo é de caráter etnográfico, o que exigiu uma imersão na comunidade de Santiago do Iguape durante o período de dois meses, no qual observei a dinâmica da comunidade e registrei os relatos no diário de campo, interagi e entrevistei os (as) interlocutores (as), membros das organizações da comunidade e demais moradores e moradoras de Santiago do Iguape.