O que porra é cinema de mulher? A mostra de cinema de mulher e o desvelar do machismo no audiovisual pernambucano
O trabalho visa demonstrar como o machismo existente dentro da cadeia produtiva do audiovisual no estado de Pernambuco entrou em cheque ao longo dos últimos anos. Ao partir de um contexto contemporâneo nacional e local de construção de políticas públicas e combate a violência sexual, a pesquisa abor...
Main Author: | Wanderley, Natália Lopes |
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Other Authors: | CRUZ, Nina Velasco e |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23077 |
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Summary: |
O trabalho visa demonstrar como o machismo existente dentro da cadeia produtiva do audiovisual no estado de Pernambuco entrou em cheque ao longo dos últimos anos. Ao partir de um contexto contemporâneo nacional e local de construção de políticas públicas e combate a violência sexual, a pesquisa aborda o crescimento da produção e articulação das mulheres nesse campo cinematográfico enquanto forças de ruptura do simbólico, agentes de um devir mulher (Guattari) em eminência nas sociedades. Para tanto, o estudo de caso da “polêmica” mostra Cinema de Mulher, organizada por cinco cineastas mulheres que produzem no estado (Alessandra Nilo, Isabela Cribari, Lia Leticia, Liana Cirne Lins e Séphora Silva) e realizada no Cinema da Fundação no Recife em março de 2015, acontecerá na esteira de um desvelar acadêmico para a crítica feminista do cinema existente desde os anos 1970. Em específico, será desmiuçado o conceito de cinema de mulheres (Mulvey, Kaplan, Lauretis e outras), afim de utiliza-lo para contrapor-se a crítica hostil sofrida pelo nome da mostra nas redes sociais desde que foi publicada a pergunta que dá nome a esse trabalho – O que porra é cinema de mulher? Além disso, serão visitados conceitos caros ao feminismo como gênero e sua interseccionalidade com as categorias de raça e classe. Aqui, o cinema pernambucano contemporâneo é visto pelo prisma de uma comunidade política imaginada (Anderson) reunida em torno de uma cultura visual. Já as mulheres, parte dessa cadeia produtiva cinematográfica, desde suas iniciativas para o reconhecimento enquanto diretoras/realizadoras de cinema, frente ao machismo dominante, serão vistas como uma comunidade de sentimentos (Appadurai). |
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