Fatores de risco e prevalência de queixas musculoesqueléticas entre os técnico-administrativos em Educação: estudo realizado na Universidade Federal de Pernambuco

Esta pesquisa realizou uma análise ergonômica das atividades laborais de servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAE´s) lotados nas secretarias de graduação do Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, visando identificar a prevalência de queixas musculoesquelét...

Full description

Main Author: SILVA, Ana Cláudia Colaço Lira e
Other Authors: SOARES, Marcelo Marcio
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23395
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Summary: Esta pesquisa realizou uma análise ergonômica das atividades laborais de servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAE´s) lotados nas secretarias de graduação do Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, visando identificar a prevalência de queixas musculoesqueléticas com os níveis de fatores de risco: físicos, organizacionais e psicossociais neste processo de trabalho. Estes profissionais utilizam-se do computador como principal ferramenta de trabalho e por este motivo estão mais suscetíveis a apresentar queixas ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT´s), considerados como o “principal problema de natureza ergonômica nos tempos atuais no mundo” (COUTO, 2007, p. 78). Como método de pesquisa, aplicou-se as duas fases iniciais do Sistema Humano Tarefa Máquina (SHTM), proposto por Moraes e Mont’Alvão (2012). Durante a Apreciação Ergonômica foram reconhecidos e categorizados alguns problemas ergonômicos e visando aprofundá-los, na fase da Diagnose, utilizou-se: os questionários Nórdico e JCQ, o Rula, a Termografia Infravermelha, além da realização da análise antropométrica. Através da aplicação do questionário nórdico, evidenciouse a existência de uma frequência de queixas musculoesqueléticas, uma vez que os TAE´s referiram queixas desta natureza: 31,5% no período de 12 meses e 26% no período de 07 dias. Para identificação do estresse psicossocial no trabalho dos TAE´s, a parir do JCQ foi utilizada a formulação dos quadrantes do Modelo DemandaControle (MDC) proposto por Karasek no qual predominou a existência do trabalho ativo que combina alta demanda com 61% e alto controle com 65%, além do suporte social representar 73% da população. De acordo com o método Rula, verificou-se que o conjunto de posturas assumidas pelos TAE´s, obteve-se o somatório das pontuações entre 3 e 4, indicando um nível de ação 2, que representa uma necessidade de investigação mais detalhada e que mudanças podem ser necessárias. As imagens dos participantes obtidas pela termografia infravermelha, evidenciaram a existência de queixas musculoesqueléticas presentes entre todos, em pelo menos uma área anatômica, despontando-se como áreas mais afetadas, a região cervical e os ombros. E por último, a análise antropométrica evidenciou uma estreita relação entre as características dimensionais existentes entre o posto de trabalho com as posturas assumidas pelos TAE´s que podem favorecer no surgimento de queixas musculoesqueléticas. Concluiu-se com a confirmação de queixas musculoesqueléticas existentes entre os TAE´s. E os achados desta pesquisa evidenciaram a existência de níveis de risco ocupacionais que podem contribuir para o surgimento destas queixas, pois os maiores níveis de risco identificados apontam para os aspectos físicos, em seguida, despontam os aspectos organizacionais e por último os aspectos psicossociais. Assim, foram propostas recomendações ergonômicas com intuito de minimizá-las e consequentemente favorecer na melhoria da qualidade de vida no trabalho dos profissionais.