Câncer infantojuvenil: análise da qualidade dos dados do registro de câncer de base populacional de uma capital do Nordeste
O câncer infantojuvenil acomete crianças e adolescentes de zero a 19 anos de idade e corresponde a aproximadamente 3,0% de todas as neoplasias malignas. A incidência da doença na população é monitorada pelos registros de câncer de base populacional (RCBP), que possuem um papel fundamental na vigi...
Main Author: | NASCIMENTO, Maria Helena do |
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Other Authors: | SANTOS, Solange Laurentino dos |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23493 |
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Summary: |
O câncer infantojuvenil acomete crianças e adolescentes de zero a 19 anos de idade e
corresponde a aproximadamente 3,0% de todas as neoplasias malignas. A incidência da doença
na população é monitorada pelos registros de câncer de base populacional (RCBP), que
possuem um papel fundamental na vigilância do câncer. Existem poucos RCBP infantojuvenis
em atividade no mundo. Além disso, os dados produzidos pelos RCBP dos países em vias de
desenvolvimento frequentemente apresentam problemas quanto à sua qualidade. Dessa forma,
o objetivo desta dissertação é analisar a qualidade da base de dados do RCBP do Recife a partir
dos casos de câncer infantojuvenil de acordo com as recomendações da Agência Internacional
para Pesquisa do Câncer (IARC). Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal. A
população foi composta pelos casos de câncer em crianças e adolescentes de zero a 19 anos de
idade residentes no Recife no período de 2002 a 2010. Os dados foram provenientes do RCBP
da Secretaria de Saúde do Recife. Os resultados do estudo demonstraram que existem 20 RCBP
infantojuvenis em atividade no mundo, concentrados, principalmente, na Europa. Esses
registros foram implantados tardiamente na América Latina, Oceania e África. A análise das
dimensões da qualidade da base de dados do RCBP do Recife foi baseada na Publicação
Técnica nº 43 da IARC e revelou que, com exceção da oportunidade dos dados, o registro
conseguiu manter-se dentro dos parâmetros sugeridos pela agência no período em estudo. Além
de contribuir para o planejamento da assistência à saúde, os RCBP infantojuvenis possuem o
potencial de fortalecer a rede de apoio comunitário, auxiliando os pacientes e seus familiares
ou cuidadores a passarem pelo momento do adoecimento. Recomenda-se visibilizar a
população entre zero e 19 anos de idade na Política Nacional de Atenção Oncológica,
incentivar/promover a criação de RCBP infantojuvenis no Brasil e fortalecer a vigilância do
câncer através de incremento nos recursos repassados aos RCBP do País. |
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