Propriedades do limestone como rocha ornamental: terminologia, caracterização e manutenção
O trabalho analisa as propriedades tecnológicas de dois tipos de limestone, conhecidos comercialmente como Crema Paraná e Crema Brasil, e esclarece dúvidas quanto à gênese do material, visando contribuir para a especificação desse tipo de rocha ornamental na Arquitetura. Por se tratar de um mater...
Main Author: | BARBOSA, Larissa Lapa Teles |
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Other Authors: | OLIVEIRA, Felisbela Maria da Costa |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23625 |
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Summary: |
O trabalho analisa as propriedades tecnológicas de dois tipos de limestone,
conhecidos comercialmente como Crema Paraná e Crema Brasil, e esclarece dúvidas
quanto à gênese do material, visando contribuir para a especificação desse tipo de
rocha ornamental na Arquitetura. Por se tratar de um material recentemente inserido
no mercado, pouco se sabe sobre o comportamento do limestone, fato que poderá
comprometer o seu desempenho e o aspecto estético das obras nas quais estiver
empregado. O limestone é uma rocha calcária sedimentar de origem aloquímica, com
granulometria fina, composta basicamente por calcita (CaCO3), e que chama a
atenção dos arquitetos, devido, principalmente, à sua coloração clara, e textura fina e
homogênea. O trabalho abrange, portanto, a caracterização química, física e
mecânica dos dois tipos de limestone, a partir das normas vigentes e de ensaios de
alteração acelerada. A composição química e mineralógica foi obtida através da
petrografia e difração de raio x. Os índices físicos analisados foram a densidade,
porosidade aparente e absorção de água. Os ensaios de comportamento mecânico
determinaram as resistências à compressão, à flexão em 4 pontos, ao impacto de
corpo duro e ao desgaste. Os valores obtidos dos índices físicos do Crema Paraná
(3,87% de absorção de água) se adequam àqueles recomendados pela ASTM C568,
indicando baixa capacidade de absorção de líquidos. Já o Crema Brasil apresentou
um percentual de 3,59%, pouco maior do que os parâmetros estabelecidos. Quanto à
resistência à compressão, ambos apresentaram resultados satisfatórios. No teste de
resistência à flexão, apesar da referida norma estabelecer valores apenas para a
flexão em 3 pontos, as rochas analisadas apresentaram o resultado de 9,30MPa
(Crema Paraná) e 7,20MPa (Crema Brasil), na condição saturada - a qual ressalta-se
ser mais desfavorável no que diz respeito à resistência, conferindo valor maior que
aquele recomendado pela ASTM. Quanto à resistência à abrasão, após o percurso de
500m, observou-se a perda total do polimento de ambas as rochas. Trata-se, pois, de
um material de baixa dureza e alta densidade, possuindo aplicações restritas e
devendo ser evitado principalmente em áreas de alto tráfego de pessoas e ambientes
molhados, devido à composição mineralógica de natureza carbonática e textura fina. |
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