A moral kantiana: estruturação, deficiências, as objeções de Nietzsche e sua distinção ao direito
Kant é um filósofo que estrutura sua moral sobre uma metafísica. Nesse sentido, a moralidade kantiana se expressa em um dever incondicionado, pois sua gênese é em uma razão pura, de modo que os seus comandos são erigidos a priori, sem influência e ditame algum do mundo empírico. Nesse prisma, as açõ...
Main Author: | LIMA, Hugo Leonardo Alves |
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Other Authors: | LIMA, Pedro Parini Marques de Lima |
Format: | bachelorThesis |
Language: | por |
Published: |
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24412 |
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ir-123456789-244122019-10-26T02:29:02Z A moral kantiana: estruturação, deficiências, as objeções de Nietzsche e sua distinção ao direito LIMA, Hugo Leonardo Alves LIMA, Pedro Parini Marques de Lima http://lattes.cnpq.br/9599030999720971 http://lattes.cnpq.br/0994040796232209 Kant Metafísica dos Costumes Causalidade pela liberdade Agir por dever Nietzsche Juízo interpretativo Negação da vida Conflito de imperativos categóricos Direito Agir conforme ao dever Externalização das condutas ::Ciências Sociais Aplicadas Kant é um filósofo que estrutura sua moral sobre uma metafísica. Nesse sentido, a moralidade kantiana se expressa em um dever incondicionado, pois sua gênese é em uma razão pura, de modo que os seus comandos são erigidos a priori, sem influência e ditame algum do mundo empírico. Nesse prisma, as ações morais representam uma causalidade pela liberdade pertencente ao mundo inteligível, conquanto seus efeitos se substancializem concretamente no mundo empírico. Por isso, há como conceber a moral determinada pela racionalidade como leis livres. De todo modo, Kant apenas apresenta uma interpretação da moral, como salienta Nietzsche, pois não existe ato moral na natureza, mas sim ato predicado como moral, pois o que há são juízos interpretativos de valores, a construção de significados pelo homem. Nessa esteira, Kant foi apenas um filósofo, como outros tantos, que tomou a moral como um dado e procurou fundamentá-la. Demais disso, Nietzsche ainda objeta a filosofia moral de Kant na medida em que esta se consubstancia como imperativos contrários ao vigor da vida, dos desejos e das inclinações humanas: é o vilipêndio dos instintos. De qualquer maneira, independentemente de ser ou não um moral que censura à vida, a moralidade kantiana, enquanto teoria moral munida com a finalidade de responder “ao que devo fazer?”, não se apresenta hábil às suas pretensões, pois não dá um direcionamento ao homem quando há conflitos de imperativos categóricos. De toda sorte, a despeito dessa insuficiência da moral kantiana aos seus objetivos, verifica-se que ela ainda se presta a fornecer competentemente critérios para se distinguir do direito. 2018-04-20T16:59:03Z 2018-04-20T16:59:03Z 2018-04-16 2017-11-06 bachelorThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24412 por 64 f. application/pdf |
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Kant Metafísica dos Costumes Causalidade pela liberdade Agir por dever Nietzsche Juízo interpretativo Negação da vida Conflito de imperativos categóricos Direito Agir conforme ao dever Externalização das condutas ::Ciências Sociais Aplicadas LIMA, Hugo Leonardo Alves A moral kantiana: estruturação, deficiências, as objeções de Nietzsche e sua distinção ao direito |
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Kant é um filósofo que estrutura sua moral sobre uma metafísica. Nesse sentido, a moralidade kantiana se expressa em um dever incondicionado, pois sua gênese é em uma razão pura, de modo que os seus comandos são erigidos a priori, sem influência e ditame algum do mundo empírico. Nesse prisma, as ações morais representam uma causalidade pela liberdade pertencente ao mundo inteligível, conquanto seus efeitos se substancializem concretamente no mundo empírico. Por isso, há como conceber a moral determinada pela racionalidade como leis livres. De todo modo, Kant apenas apresenta uma interpretação da moral, como salienta Nietzsche, pois não existe ato moral na natureza, mas sim ato predicado como moral, pois o que há são juízos interpretativos de valores, a construção de significados pelo homem. Nessa esteira, Kant foi apenas um filósofo, como outros tantos, que tomou a moral como um dado e procurou fundamentá-la. Demais disso, Nietzsche ainda objeta a filosofia moral de Kant na medida em que esta se consubstancia como imperativos contrários ao vigor da vida, dos desejos e das inclinações humanas: é o vilipêndio dos instintos. De qualquer maneira, independentemente de ser ou não um moral que censura à vida, a moralidade kantiana, enquanto teoria moral munida com a finalidade de responder “ao que devo fazer?”, não se apresenta hábil às suas pretensões, pois não dá um direcionamento ao homem quando há conflitos de imperativos categóricos. De toda sorte, a despeito dessa insuficiência da moral kantiana aos seus objetivos, verifica-se que ela ainda se presta a fornecer competentemente critérios para se distinguir do direito. |
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