Avaliação do efeito do monoterpeno borneol sob mucosite oral induzida por 5-flourouracil e desenvolvimento de forma farmacêutica para uso odontológico
A mucosite oral é a mais comum e angustiante patologia que se desenvolve como efeito adverso agudo da quimioterapia e radioterapia da cabeça e pescoço e está entre as principais causas de interrupções ou diminuições de dose na terapia do câncer, com isso, expondo o paciente a progressão da doença. O...
Main Author: | NASCIMENTO JÚNIOR, Braz José do |
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Other Authors: | AMORIM, Elba Lúcia Cavalcanti de |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24857 |
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Summary: |
A mucosite oral é a mais comum e angustiante patologia que se desenvolve como efeito adverso agudo da quimioterapia e radioterapia da cabeça e pescoço e está entre as principais causas de interrupções ou diminuições de dose na terapia do câncer, com isso, expondo o paciente a progressão da doença. O objetivo dessa pesquisa foi investigar a ação do borneol em mucosites orais induzidas por 5- Fluorouracil (5- FU) em modelo experimental de Ratos Wistar e preparar géis bucais a base desse monoterpeno. Os géis foram preparados com base Aristoflex®, incorporando-se o borneol nas concentrações de 1,2% e 2,4% (m/m). Os produtos foram submetidos a testes de estabilidade preliminar por centrifugação, ciclos de congelamento-descongelamento por 12 dias e análise dos parâmetros organolépticos e físico-químicos. No estudo experimental foram utilizados 48 ratos Wistar machos (Rattus norvegicus). A indução de mucosite oral foi realizada através da administração de 30 mg/Kg de 5-Fluorouracil por via intraperitoneal, nos dias 0, 2 e 4. No segundo dia, as mucosas jugais direitas dos animais foram injuriadas quimicamente com ácido acético a 50%, embebido em papel de filtro por 60 segundos. Os animais foram numerados de 1 a 48 e distribuídos aleatoriamente em quatro subgrupos de 12 animais (Grupo I = Borneol 0%; Grupo II = Borneol 1,2%; Grupo III = Borneol 2,4% e Grupo IV = Controle). Seis animais de cada grupo foram submetidos à eutanásia nos dias 7 e 14 após as injurias. As mucosas jugais direitas foram removidas e fixadas em formaldeído a 10% tamponado, processadas com cortes transversais de 5 µm, coradas em HE e Tricrômico de Masson. As lâminas obtidas foram analisadas em microscópio óptico munido de câmera digital. Nas avaliações semiquantitativa e qualitativa foram utilizados escores de cicatrização que variaram de 0 a 3 e tabela guia. A avaliação quantitativa foi conduzida com o auxílio do software ImageJ®. A análise estatística dos dados foi realizada por ANOVA Two-Way, seguida de pós-teste de Tukey em todas as comparações, exceto na avaliação dos escores de cicatrização, na qual foi usado o teste de Mann Whitney. Considerou-se o nível de significância p<0,05 em todas as análises. Os resultados de estabilidade dos géis comprovaram que os produtos apresentaram mínima variação na estrutura, sendo considerados estáveis. Além do mais, os produtos mostraram adesividade nas mucosas dos animais e com características tixotrópicas, o que facilitou a permanência do gel por mais tempo nos locais das lesões, com isso, otimizando os efeitos locais do borneol. Ambos os géis contendo Borneol (1,2% e 2,4% m/m) foram eficazes nos parâmetros avaliados: escores de cicatrização, percentual de perda de peso, quantidade de células inflamatórias,
número de vasos sanguíneos e percentual de colágeno neoformado. A constatação da ação anti-inflamatória e cicatrizante do borneol em mucosites orais em ratos é um forte indicativo desta atividade para extratos vegetais que sejam ricos nesta molécula. |
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