Tipagem molecular de genes de resistência e virulência associado à expressão gênica em isolados de Acinetobacter baumannii submetidos a antimicrobianos
Apesar do grande envolvimento de isolados de Acinetobacter baumannii em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e do seu alto índice de multidroga-resistência, levando a poucas opções terapêuticas em casos de infecções causadas por esta espécie bacteriana, há muito a ser descoberto sobre...
Main Author: | CAVALCANTI, Carmelita de Lima Bezerra |
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Other Authors: | SANTOS, Fábio André Brayner dos |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24986 |
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Summary: |
Apesar do grande envolvimento de isolados de Acinetobacter baumannii em Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e do seu alto índice de multidroga-resistência, levando a poucas opções terapêuticas em casos de infecções causadas por esta espécie bacteriana, há muito a ser descoberto sobre os mecanismos de virulência e resistência desta espécie. Portanto, este trabalho teve como objetivo estabelecer o perfil clonal, de resistência e virulência de isolados multidroga-resistentes (MDRs) de A. baumannii obtidos em hospitais de Recife-PE, determinando a prevalência de genes de resistência e virulência e a capacidade de expressão de genes de virulência após submissão dos isolados a diferentes antimicrobianos utilizados na prática clínica. Para determinar a prevalência dos genes de resistência e virulência foram utilizados 37 isolados do complexo A. baumannii provenientes de dois hospitais públicos de Recife – PE. A análise da expressão dos genes de virulência foi realizada utilizando três isolados MDR selecionados, além da ATCC 19606 de A. baumannii submetidos in vitro a colistina, meropenem e associação destes antimicrobianos. Os isolados foram avaliados quanto à confirmação da espécie através da detecção do gene blaOXA-51-like e da técnica de MALDI-TOF. A tipagem molecular desses isolados foi realizada através da técnica de PFGE utilizando a enzima de restrição Apa1. A detecção e sequência dos genes de resistência, blaOXA-51-like, blaOXA-23-like, blaOXA-143-like, blaIMP, blaVIM, blaKPC, o elemento de inserção, ISAba1, e dos genes de virulência, basC, ompA, pilA e csuE foi realizada através de PCR e sequenciamento gênico. Todos os isolados pertenciam à espécie A. baumannii, distribuídos em 07 padrões de PFGE, com três isolados apresentando 100% de similaridade, os quais foram obtidos nos dois hospitais públicos do estudo, sugerindo uma disseminação inter-hospitalar. Todos os isolados apresentaram o gene de resistência blaOXA-51-like e a maioria possuía o gene ISAba1, além desses, também apresentavam o gene blaOXA-143-like ou blaOXA-23-ike. Estes resultados demonstram uma ampla resistência dos isolados aos carbapenêmicos, além de outras classes de antimicrobianos. Os dados são preocupantes quanto à disseminação clonal desses genes entre os isolados obtidos nos hospitais analisados. Todos os isolados do estudo apresentaram os genes de virulência basC, ompA, pilA e csuE, com exceção de um isolado que não apresentou o gene csuE. Também pode-se demonstrar uma tendência ao aumento da expressão dos genes de virulência csuE, bfmS e baeS após tratamento in vitro com meropenem, colistina e associação destes antimicrobianos, reforçando a necessidade de vigilância quanto ao tratamento de IRAS causadas por A. baumannii MDR, mesmo em uso associado de antimicrobianos. |
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