Caracterização da virulência e resistência de Staphylococcus spp. Isolados de pacientes oncológicos e não oncológicos de dois hospitais da cidade do Recife-PE
Staphylococcus spp. é considerado um dos agentes de maior impacto para as infecções associadas aos cuidados em saúde e também uma das principais causas de complicações infecciosas em pacientes com câncer. A gravidade das infecções estafilocócicas está relacionada à presença de fatores de resistência...
Main Author: | RABELO, Marcelle Aquino |
---|---|
Other Authors: | MACIEL, Maria Amelia Vieira |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
2018
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25130 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: |
Staphylococcus spp. é considerado um dos agentes de maior impacto para as infecções associadas aos cuidados em saúde e também uma das principais causas de complicações infecciosas em pacientes com câncer. A gravidade das infecções estafilocócicas está relacionada à presença de fatores de resistência e de virulência, os quais favorecem a evasão bacteriana do sistema de defesa do hospedeiro. Com objetivo de comparar isolados de Staphylococcus spp. de pacientes oncológicos e não oncológicos de dois hospitais da cidade do Recife, durante o ano de 2013, foram realizados testes de susceptibilidade antimicrobiana e reações em cadeia da polimerase (PCR) para identificar a ocorrência de genes de resistência (mecA, blaZ, ermA e ermC) e virulência (icaAD e hlg). Também, identificou-se a resistência à vancomicina em Staphylococcus spp., através de métodos fenotípicos e os fatores de risco mais prevalentes para infecção em pacientes oncológicos. Observou-se um maior percentual de isolados sensíveis aos antimicrobianos testados. Em relação ao fármaco vancomicina, foram identificados 27,3% de isolados resistentes pela técnica do screening. No hospital oncológico foram positivos, 50% e 77,7% respectivamente para o gene blaZ e mecA. Observou-se percentuais de isolados positivos de 25%, 42,8%, 32,1% e 70%, respectivamente para icaAD e hlg no hospital universitário e hospital oncológico. No hospital oncológico, observou-se um isolado de fenótipo constitutivo positivo para o gene ermC. Após a realização dos testes de associação estatísticos, não foi observada diferença estatisticamente significante na presença dos genes de resistência quando comparou-se os dois hospitais. No grupo de pacientes oncológicos, observou-se diferença significativa quando comparados os indivíduos infectados com Staphylococcus spp. que albergavam o gene mecA e os indivíduos infectados com Staphylococcus spp. sem o gene mecA em relação a contagem de neutrófilos no período da infecção. Em relação aos genes de virulência, foi possível observar diferença estatisticamente significante entre os dois hospitais. Assim, não existe diferença significativa na presença de genes de resistência quando se compara grupos de pacientes, entretanto observa-se diferenças significativas em relação à presença dos genes relacionados à virulência entre diferentes grupos, o que pode estar associado às características dos pacientes e suas internações. Desta forma, concluiu-se que o monitoramento antimicrobiano é essencial para o tratamento das infecções em cada hospital e a condição do paciente parece estar ligada ao potencial patogênico do microrganismo. |
---|