Avenida Paulista das pessoas: disputas pela ressignificação do espaço público de uma metrópole
Com esta dissertação, buscamos explanar como se dá a ressignificação do espaço viário urbano a partir da implementação de uma política pública de acalmamento do trânsito. Ou seja, buscamos construir uma teoria do discurso sobre a abertura da Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Com vistas no emb...
Main Author: | BASTOS, Antonio Fagner da Silva |
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Other Authors: | MELLO, Sérgio Carvalho Benício de |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25216 |
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Summary: |
Com esta dissertação, buscamos explanar como se dá a ressignificação do espaço viário urbano a partir da implementação de uma política pública de acalmamento do trânsito. Ou seja, buscamos construir uma teoria do discurso sobre a abertura da Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Com vistas no embate político, escolhemos a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe como abordagem norteadora de nossa análise do processo político. Esperamos com ela, desvelar os significados trazidos nos discursos defendidos pelos diferentes sujeitos envolvidos neste antagonismo. Nosso arquivo de pesquisa, constituído para responder como o processo de ressignificação da Avenida Paulista se deu, é composto de dados primários e secundários extraídos de diferentes posicionamentos — notícias, notas, manifestos, entrevistas — dos sujeitos envolvidos no embate. A partir das análises identificamos que embora as disputas emerjam entre o Governo Local e o Ministério Público, as práticas articulatórias da sociedade civil que foram primordiais para a ressignificação da Paulista. Os discursos que permearam o embate foram o de respeito à vocação aos fluxos da cidade, a ineficiência em equilibrar demandas por parte da Prefeitura, a participação social e a vivência urbana. Como conclusão, apontamos que as disputas pela ressignificação da Paulista representam uma nova forma de pensar democraticamente a cidade, tornando-a possível na escala humana. E que um novo espaço de fluxos parece emergir da Paulista. Mas não fluxos de mercadorias e máquinas e sim de afetos, de pessoas, de dinamicidade. De tal forma, cenários em que o uso dos espaços públicos seja livre pela população parecem um caminho interessante a se seguir. |
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