Identificação, caracterização e avaliação funcional de variantes do oncogene E7 do papilomavírus humano 16

Cervical e um subconjunto de cânceres de cabeça e pescoço são causados pela infecção persistente por papilomavírus humano (HPV) de alto risco. A oncogenicidade do HPV está fortemente associada a fatores ambientais, a exemplo dos tipos virais e suas variantes, e também tem sido associado a presença d...

Full description

Main Author: LIMA, Rita de Cássia Pereira de
Other Authors: FREITAS, Antonio Carlos de
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25396
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Summary: Cervical e um subconjunto de cânceres de cabeça e pescoço são causados pela infecção persistente por papilomavírus humano (HPV) de alto risco. A oncogenicidade do HPV está fortemente associada a fatores ambientais, a exemplo dos tipos virais e suas variantes, e também tem sido associado a presença de polimorfismos em oncogenes virais, os quais podem estar envolvidos no risco de progressão maligna. O conhecimento sobre como a variância genética é bem distribuído entre diferentes populações e sua relação com lesões de alto grau pode ser crucial para o diagnóstico e estratégias terapêuticas contra doenças relacionadas ao HPV. Os polimorfismos podem levar à alteração da função biológica com conseqüências clínicas. Além de prejudicar o controle do ciclo celular mediado por pRB, as atividades de E7 incluem perturbação da via NF-κB afetando uma importante via crítica celular anti-viral. Em pacientes do Nordeste do Brasil, nosso estudo descreveu a presença de tipos de HPV e variantes de amostras cervicais por técnica de PCR e sequenciamento e realizou uma das primeiras análises funcionais baseadas na atividade NF-κB dos polimorfismos E7 de HPV-16. Adicionalmente, para se ter acesso aos níveis de expressão de mRNA de E7 a partir de culturas de células. O HPV-16 foi encontrado como o tipo mais prevalente, seguido por HPV-31 e HPV-58. Entre as variantes do HPV-16, as linhagens C e D foram detectadas principalmente em lesões cervicais de alto grau. Além disso, identificamos quatro polimorfismos do gene E7 do HPV-16. Um polimorfismo não-sinônimo foi localizado em epítopos preditos de células T e B, que estão sob seleção positiva. Este polimorfismo também está localizado em uma região de loop próximo ao domínio da hélice LXCXE, que é responsável pela interação da proteína E7 e pRb, passo crucial no desenvolvimento do câncer. Novas mutações adaptativas podem levar o vírus a evadir o sistema imunológico do hospedeiro e aumentar a patogenicidade. Sobre os resultados da via NF-kB, estes mostraram que as variantes do gene E7 do HPV-16 nas quais os três polimorfismos estão presentes podem exercer um forte efeito supressor nos pacientes infectados com HPV com implicações na persistência da infecção e na sua progressão. No entanto, as alterações resultantes dos polimorfismos podem não estar necessariamente relacionadas com os níveis de expressão diferencial das variantes. Estes resultados adicionam dados importantes para os estudos sobre a variabilidade de E7, o que poderia contribuir para uma melhor compreensão da diversidade e infecção do HPV.