Estudo de Sazonalidade da espécie Anadenanthera colubrina: obtenção de impressões de digitais por UV/Vis, CCD-AE e CLAE-DAD para aplicação no controle de qualidade da droga vegetal

Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul (Angico) é uma espécie representativa da região do semiárido brasileiro em uma região geográfica conhecida como caatinga, possuindo utilização diversificada que vai desde a extração de taninos para o processo de curtume, ao uso na medicina popula...

Full description

Main Author: AIRES, Paulo Sérgio Reginaldo
Other Authors: SOARES, Luiz Alberto Lira
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25434
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Summary: Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul (Angico) é uma espécie representativa da região do semiárido brasileiro em uma região geográfica conhecida como caatinga, possuindo utilização diversificada que vai desde a extração de taninos para o processo de curtume, ao uso na medicina popular. O angico é amplamente utilizado na terapêutica de doenças como bronquite, gastrite, pneumonia e resfriados, tratamento de cancro, anemia e difteria. O objetivo foi de avaliar as influências sobre a variabilidade sazonal nas cascas de Anadenanthera colubrina utilizando metodologias como CCD-AE, CLAE-DAD e espectrofotometria, estabelecendo características físico-químicas e um perfil químico como uma ferramenta para o controle de qualidade. Para tanto, as amostras das cascas de A. colubrina obtidas de Junho de 2014 a Junho de 2015 foram caracterizadas de acordo com métodos gerais em Farmacognosia da Farmacopeia Brasileira 5ª ed., e a quantificação dos taninos foi realizada tanto por espectrofotometria (metodologia de Folin-Ciocalteau), quanto por CLAE. Além disso, foram obtidos os perfis fitoquímicos para as amostras por CCD e CLAE. As amostras apresentaram resultados de ensaios físico-químicos em conformidade com os limites preconizados independente do período sazonal. A prospecção fitoquímica das cascas da espécie demonstrou a presença de flavonoides, derivados cinâmicos, açúcares redutores, cumarinas, saponinas, terpenos/esteroides e taninos condensados. A validação espectrofotométrica e cromatográfica atendem as exigências da RE 899/03 apresentando especificidade/seletividade para o marcador pirogalol/catequina (UV-Vis e CLAE, respectivamente); comportamento linear (R2 > 0,99); repetibilidade e precisão intermediária com baixos valores de desvio padrão relativo (< 5%); exatidão requerida, entre 80 e 120%; e, robustez adequada as mudanças realizadas em ambas as metodologias. Resultados mostraram que nos meses com menores índices pluviométricos, os teores de taninos totais por Folin-Ciocalteau e catequina por CLAE-DAD apresentaram maiores teores quantificados nas cascas de angico. Através do fingerprint obtido por CLAE e HPTLC foi possível inferir que todas as amostras apresentaram-se semelhantes nos meses de estudo, evidenciado que as variações sazonais presentes na região não afetam as concentrações de taninos condensados nas cascas de A. colubrina.