Associação entre periodontite crônica, espessura da camada íntima-média da carótida e aterosclerose

O estudo tem por objetivo avaliar a associação entre periodontite crônica e a espessura da camada íntima-média da artéria carótida comum, aterosclerose e marcadores de risco para doença cardiovascular. Este estudo observacional transversal foi realizado com uma amostra de 93 pacientes de ambos os se...

Full description

Main Author: CAVALCANTI, Renata Gabriela Oliveira
Other Authors: CARVALHO, Alessandra de Albuquerque Tavares
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25524
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Summary: O estudo tem por objetivo avaliar a associação entre periodontite crônica e a espessura da camada íntima-média da artéria carótida comum, aterosclerose e marcadores de risco para doença cardiovascular. Este estudo observacional transversal foi realizado com uma amostra de 93 pacientes de ambos os sexos do Pronto Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE). Todos pacientes realizaram anamnese e avaliação periodontal. Foram obtidos índice de placa, índice de sangramento, recessão gengival e profundidade de sondagem em seis sítios por dente. A medida da espessura da camada íntima- média da artéria carótida (EIMC) e a presença de placa de ateroma foram determinadas por meio de ultrassonografia. Taxas de glicemia, hemoglobina glicada, triglicerídeos, colesterol total, LDL, HDL e proteína C reativa foram obtidas através de exames laboratoriais anexados aos prontuários dos pacientes. Dos 93 pacientes, com idade de média de idade de 59,3 anos (19 a 82 anos), 74,2% apresentaram periodontite crônica e 11,8% gengivite. Pacientes sem periodontite ou com periodontite crônica leve apresentaram EIMC menor (0,90mm) em relação aos que tinham periodontite crônica moderada (1,09mm; p= 0,002) e severa (1,11mm; p= 0,002). A presença de placas de ateroma foi maior em pacientes com periodontite crônica moderada e severa (p= 0,04). Em relação aos parâmetros periodontais, médias de profundidades de sondagem >3mm aumentaram em 11 vezes a chance de ter um EIMC > 1mm. Em relação aos marcadores inflamatórios, 46,3% dos pacientes com taxa de proteína C reativa até 1mg/dL apresentaram perda de inserção clínica > 4mm, 90,9% daqueles com proteína C reativa >1mg/dL apresentaram perda de inserção >4mm (p= 0,005). Na população estudada, houve correlação estatisticamente significante entre periodontite crônica, aumento na EIMC e presença de placa de ateroma, mas essa relação não foi mantida na análise multivariada. A profundidade sondagem foi relacionada significativamente com o aumento da espessura da camada íntima-média da artéria carótida comum, e os índices de sangramento à sondagem e a perda de inserção clínica foram associadas a maiores taxas de proteína C reativa.