Perfil metabólico e inflamatório da prole adulta oriunda de fêmeas expostas a hipertrofia cardíaca e ao diabetes

Introdução: Processos patológicos como a hipertrofia cardíaca (HC) e o próprio diabetes (DM) geralmente progridem com prejuízo das defesas antioxidantes e aumento do estresse oxidativo (EO). Não obstante, a compreensão sobre estas doenças durante a gestação e lactação, bem como seus impactos na prol...

Full description

Main Author: SILVA, José Jairo Teixeira da
Other Authors: DUARTE, Gloria Isolina Boente Pinto
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25576
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Summary: Introdução: Processos patológicos como a hipertrofia cardíaca (HC) e o próprio diabetes (DM) geralmente progridem com prejuízo das defesas antioxidantes e aumento do estresse oxidativo (EO). Não obstante, a compreensão sobre estas doenças durante a gestação e lactação, bem como seus impactos na prole ainda não são claros. Objetivo: Avaliar a influência da HC e hiperglicemia materna sobre o perfil metabólico e inflamatório cardíaco da prole adulta. Metodologia: Para isto foram desenvolvidos dois protocolos experimentais: i) fêmeas com HC induzida pelo isoproterenol (ISO, 50 mg/Kg); ii) fêmeas com hiperglicemia induzida pela estreptozotocina (STZ, 50 mg/Kg). Ao final da gestação e lactação, foram avaliadas as proles de ratos (n=6-8 animais por grupo experimental) quando adultos. Todos os protocolos utilizados foram aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa Institucional, UFPE (Processo nº 23076.006578/2014-03). Resultados: A prole adulta exposta a HC materna durante gestação e lactação, apresentou um quadro clássico de intolerância à glicose, bem como aumento da frequência cardíaca (FC), maior área de secção transversal dos cardiomiócitos e maior deposição de colágeno. Por sua vez, a exposição à hiperglicemia materna, impactou na prole alterações biométricas (redução do peso corpóreo, em todas as idades avaliadas) e no perfil lipídico (aumento dos níveis de triglicerídeos (TG), colesterol total (CT), LDL-c e redução nos níveis de HDL. Além disso, induziu disfunção beta-adrenérgica, alterações significantes na FC, bem como incremento do EO, caracterizado por aumento da produção de EROS, nitritos e prejuízo nas defesas antioxidantes. A exposição a hiperglicemia materna resultou em aumento da expressão do RAGE/NOX4 no coração da prole, bem como HC e aumento da deposição de colágeno. Conclusão: Nossos resultados sugerem que alterações ocorridas durante o período de gestação e lactação, em decorrência da presença de HC e /ou DM, se reproduzem na prole, precipitando um quadro inflamatório que pode ser a gênese das alterações cardiometabólicas.