Indicadores abióticos de desertificação na bacia hidrográfica do Pajeú, Pernambuco, Brasil
Apesar de o tema da desertificação ser estudado em âmbito internacional desde a década de 1970, o consenso sobre o assunto ainda é muito restrito, especialmente quando se trata da definição dos indicadores de desertificação. Desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desertificação em...
Main Author: | SOARES, Deivide Benicio |
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Other Authors: | NÓBREGA, Ranyére Silva |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25990 |
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Summary: |
Apesar de o tema da desertificação ser estudado em âmbito internacional desde a década de 1970, o consenso sobre o assunto ainda é muito restrito, especialmente quando se trata da definição dos indicadores de desertificação. Desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desertificação em 1977, em Nairóbi, no Quênia, os indicadores de desertificação constituem tema de estudos e discussões tanto no meio acadêmico/científico, quanto no meio técnico, representado pelas entidades governamentais. Dentre os indicadores de desertificação consensuados na atualidade estão os indicadores abióticos, representados pelos aspectos climáticos, edáficos e hídricos. Neste contexto está fundamentado o objetivo geral deste trabalho: analisar os indicadores climáticos e edáficos de desertificação na bacia do Pajeú. Nesta perspectiva, foram definidos três objetivos específicos: identificar tendência climática na Precipitação, no Índice de Aridez e no Índice de Precipitação Padronizada; identificar o percentual de solo exposto na superfície da bacia e; identificar a perda média de solo por erosão hídrica. Aplicando-se o teste de Mann-Kendall em séries históricas de 1965 a 2014 de 12 localidades, foram encontradas tendências negativas (de diminuição) com significância estatística de 95% para a precipitação e os índices de aridez e de precipitação padronizada em três postos pluviométricos situados na porção sul da bacia, o que mostra que nesta área o volume anual de chuva está diminuindo, pode estar em curso uma mudança da categoria do clima semiárido para árido e, os episódios de seca estão se tornando mais intensos. O solo exposto foi identificado mediante classificação supervisionada e calculando-se o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada. Foi detectado solo exposto em 1,26% da bacia, enquanto que 20,61% da sua superfície está coberta por vegetação rasteira, pastagens e área urbana; 63,57% possui cobertura de caatinga aberta e; 14,48%, por vegetação densa e culturas irrigadas e de vazante. Utilizando-se o programa InVEST SDR foi estimada uma perda média de solo por erosão hídrica entre 0,2 e 2,5 t/ha/ano para os diferentes municípios da bacia. A perda média estimada para a bacia do Pajeú foi de 0,97 t/ha/ano, o que se traduz em uma perda anual de 1.644.261 toneladas de solo por erosão hídrica na bacia. Com a realização deste trabalho espera-se contribuir para o aprimoramento das definições e metodologias que envolvem os indicadores de desertificação, além de subsidiar ações de planejamento e combate à desertificação na região estudada. |
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