Caracterização fitoquímica e avaliação da atividade biológica de Hirtella racemosa var. Hexandra (Willd. Ex Schult.) Prance (Chrysobalanaceae)

A utilização de plantas medicinais para o tratamento de enfermidades é uma prática exploratória e largamente difundida no Brasil. Muitas espécies da família Chrysobalanaceae são utilizadas na medicina popular. Hirtella racemosa var. hexandra (Willd. ex Schuldt.) Prance, popularmente conhecida como a...

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Main Author: LIMA, Victor Hugo Moreira de
Other Authors: LIMA, Vera Lúcia de Menezes
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26323
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spelling ir-123456789-263232019-10-26T05:07:46Z Caracterização fitoquímica e avaliação da atividade biológica de Hirtella racemosa var. Hexandra (Willd. Ex Schult.) Prance (Chrysobalanaceae) LIMA, Victor Hugo Moreira de LIMA, Vera Lúcia de Menezes CAVALCANTI, Marilene da Silva http://lattes.cnpq.br/6259720330130203 http://lattes.cnpq.br/8429792710135888 Plantas medicinais Bactérias Antioxidantes A utilização de plantas medicinais para o tratamento de enfermidades é uma prática exploratória e largamente difundida no Brasil. Muitas espécies da família Chrysobalanaceae são utilizadas na medicina popular. Hirtella racemosa var. hexandra (Willd. ex Schuldt.) Prance, popularmente conhecida como ajirú-do-mato, ajururana ou murtinha, é uma planta de porte arbusivo que se desenvolve em biomas como caatinga, restinga e cerrado. Esta planta tem sido popularmente utilizada no Brasil, para o tratamento do diabetes, porém existem poucos estudos fitoquímicos da espécie em questão. Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização fitoquímica e a avaliação da atividade biológica (antimicrobiana, antioxidante e toxicidade) das folhas de H. racemosa. Foi realizada a extração dos metabólitos em aparelho de Soxhlet, utilizando solventes de polaridades distintas para posterior avaliação das atividades biológicas. Os métodos empregados para atividade antimicrobiana foram difusão em ágar por disco e poço, Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM). Os extratos foram avaliados sobre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. O estudo fitoquímico realizado em CCD (Cromatografia em Camada Delgada) identificou no extrato bruto a apresença de fenóis, taninos, antocianinas, flavonóides, esteróides, triterpernóides e saponinas. Em geral, a inibição promovida pelos extratos no teste de difusão em ágar por poço foi maior do que os valores obtidos por disco, independentemente do extrato vegetal testado. A CIM variou entre 0,39 a 100 mg.mL⁻¹, sendo que para as bactérias Gram-negativas a variação das CIMs foi entre 3,13 a 12,5 mg.mL⁻¹ e de 0,78 a 12,5 mg.mL⁻¹ para as Gram-positivas, indicando estas como sendo as bactérias mais suscetíveis. Os percentuais de determinação do sequestro de DPPH variaram de 8,13% a 90,78%. No bioensaio de toxicidade do extrato de Hirtella racemosa frente à A. salina, a dose letal capaz de matar 50% das larvas (DL₅₀) foi de 43,4 mg L⁻¹. O valor de DL₅₀ do extrato indica que ele possui atividade biológica considerada significativa. Nesse estudo, podemos constatar que o extrato apresenta grupos de compostos químicos derivados do metabolismo secundário das plantas, além de apresentar atividade antioxidante e antimicrobiana. O teste de toxicidade contra A. salina mostrou que o extrato apresenta toxicidade ativa. Os resultados obtidos nesta pesquisa contribuem para o conhecimento de uma espécie vegetal com potenciais farmacológicos inexplorados, podendo vir a colaborar no desenvolvimento de novas drogas. CAPES The use of medicinal plants for the treatment of diseases is an exploratory practical and widespread in Brazil. Many Chrysobalanaceae family species are used in folk medicine. Hirtella racemosa var. hexandra (Willd. ex Schuldt.) Prance, popularly known as ajirú-do-mato, ajururana or murtinha, is a arbusivo sized plant that grows in biomes such as scrub, salt marsh and savanna. This plant has been popularly used in Brazil for the treatment of diabetes, but there are few phytochemical studies of the species concerned. This study aimed to carry out the phytochemical characterization and evaluation of biological activity (antimicrobial, antioxidant and toxicity) of H. racemosa leaves. Extraction of the metabolites was performed in a Soxhlet apparatus using solvents of different polarities for subsequent evaluation of biological activities. The methods used for antimicrobial activity were spread on agar for disk and well, Minimum Inhibitory Concentration (MIC) and Minimum Bactericidal Concentration (MBC). The extracts were evaluated on Gram-positive and Gram-negative bacteria. The phytochemical study in Thin Layer Chromatography identified in the crude extract to The presence of phenols, tannins, anthocyanins, flavonoids, steroids, triterpernóides and saponins. In general, inhibition extracts promoted by the agar diffusion test per well was higher than the values obtained by the disc, regardless of the plant extract tested. The MIC ranged from 0.39 to 100 mg.mL⁻¹, and for Gram-negative bacteria variation of MICs was between 3.13 to 12.5 mg.mL⁻¹ and 0.78 to 12.5 mg.mL⁻¹ for Gram-positive, indicating this to be the most susceptible bacteria. The percentages of determination of DPPH abduction ranged from 8.13% to 90.78%. In the bioassay toxicity Hirtella racemosa extract opposite the A. salina, the lethal dose capable of killing 50% of the larvae (LD₅₀) was 43.4 mg L⁻¹. The LD₅₀ value of the statement indicates that it has biological activity considered significant. In this study, we can see that the extract shows groups of chemical compounds derived from secondary metabolism of plants, besides having antioxidant and antimicrobial activity. The toxicity test against A. salina showed that the extract shows active toxicity. The results of this research contribute to the knowledge of a plant species with potential untapped pharmacological and may have to collaborate in developing new drugs. 2018-09-06T22:50:47Z 2018-09-06T22:50:47Z 2015-02-13 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26323 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
institution REPOSITORIO UFPE
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Bactérias
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LIMA, Victor Hugo Moreira de
Caracterização fitoquímica e avaliação da atividade biológica de Hirtella racemosa var. Hexandra (Willd. Ex Schult.) Prance (Chrysobalanaceae)
description A utilização de plantas medicinais para o tratamento de enfermidades é uma prática exploratória e largamente difundida no Brasil. Muitas espécies da família Chrysobalanaceae são utilizadas na medicina popular. Hirtella racemosa var. hexandra (Willd. ex Schuldt.) Prance, popularmente conhecida como ajirú-do-mato, ajururana ou murtinha, é uma planta de porte arbusivo que se desenvolve em biomas como caatinga, restinga e cerrado. Esta planta tem sido popularmente utilizada no Brasil, para o tratamento do diabetes, porém existem poucos estudos fitoquímicos da espécie em questão. Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização fitoquímica e a avaliação da atividade biológica (antimicrobiana, antioxidante e toxicidade) das folhas de H. racemosa. Foi realizada a extração dos metabólitos em aparelho de Soxhlet, utilizando solventes de polaridades distintas para posterior avaliação das atividades biológicas. Os métodos empregados para atividade antimicrobiana foram difusão em ágar por disco e poço, Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM). Os extratos foram avaliados sobre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. O estudo fitoquímico realizado em CCD (Cromatografia em Camada Delgada) identificou no extrato bruto a apresença de fenóis, taninos, antocianinas, flavonóides, esteróides, triterpernóides e saponinas. Em geral, a inibição promovida pelos extratos no teste de difusão em ágar por poço foi maior do que os valores obtidos por disco, independentemente do extrato vegetal testado. A CIM variou entre 0,39 a 100 mg.mL⁻¹, sendo que para as bactérias Gram-negativas a variação das CIMs foi entre 3,13 a 12,5 mg.mL⁻¹ e de 0,78 a 12,5 mg.mL⁻¹ para as Gram-positivas, indicando estas como sendo as bactérias mais suscetíveis. Os percentuais de determinação do sequestro de DPPH variaram de 8,13% a 90,78%. No bioensaio de toxicidade do extrato de Hirtella racemosa frente à A. salina, a dose letal capaz de matar 50% das larvas (DL₅₀) foi de 43,4 mg L⁻¹. O valor de DL₅₀ do extrato indica que ele possui atividade biológica considerada significativa. Nesse estudo, podemos constatar que o extrato apresenta grupos de compostos químicos derivados do metabolismo secundário das plantas, além de apresentar atividade antioxidante e antimicrobiana. O teste de toxicidade contra A. salina mostrou que o extrato apresenta toxicidade ativa. Os resultados obtidos nesta pesquisa contribuem para o conhecimento de uma espécie vegetal com potenciais farmacológicos inexplorados, podendo vir a colaborar no desenvolvimento de novas drogas.
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