Purificação e caracterização de preparações lectinicas da folha de Caesalpinia ferrea: avaliações biológicas

Lectinas são proteínas ou glicoproteínas que se ligam de forma reversível e específica a carboidratos. Devido a essa característica principal elas Tem sido uma importante ferramenta da biotecnologia, sendo utilizada em diversos ramos da pesquisa. Lectinas da folha da Caesalpinia ferrea (CfeLL) foram...

Full description

Main Author: SILVA, Sandro do Nascimento
Other Authors: CORREIA, Maria Tereza dos Santos
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26614
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Summary: Lectinas são proteínas ou glicoproteínas que se ligam de forma reversível e específica a carboidratos. Devido a essa característica principal elas Tem sido uma importante ferramenta da biotecnologia, sendo utilizada em diversos ramos da pesquisa. Lectinas da folha da Caesalpinia ferrea (CfeLL) foram purificadas e juntamente com seu extrato bruto (EB) foram caracterizados e avaliados quanto ao seu potencial analgésico, antiinflamatório e antitumoral utilizando camundongos fêmeas. A pesquisa partiu do interesse em explorar a C. ferrea, uma planta com muitas propriedades terapêuticas utilizada pela medicina popular. Inicialmente obteve-se o extrato bruto a 10% de solução em Tampão citrato fosfato 10mM pH 6,5. Com uma amostra do extrato foi feita cromatografia em coluna de quitina. CfeLL aglutinou eritrócitos de coelhos e de humanos e teve sua atividade inibida por glicoproteínas (fetuína e soro fetal bovino) e por carboidratos (N-acetil-Dglicosamina); manteve sua atividade hemaglutinante mesmo a 100º C; não apresentou variação de atividade em presença de íons (Ca²⁺ e Mg²⁺); nem em diferentes valores de pH (2,0 – 10,0). Os resultados in vivo revelaram que tanto o EB quanto CfeLL (50 mg/kg) reduziram em 43,45% e 41,12% o tamanho do tumor sólido sarcoma-180. As preparações também diminuíram em até 63% as contorções e estiramentos dos ratos tratados com EB (30mg/kg) e em até 53% dos ratos tratados com CfeLL (30 mg/kg). Na avaliação da atividade antiinflamatória apresenta inibição da inflamação em 48% dos animais quando tratados com EB (100mg/kg) e 46% quando tratados com CfeLL(100mg/kg). Os resultados portanto revelam que tanto o EB quanto a Lectina possuem afinidade por fetuina, soro fetal bovino e N-acetil-D-glicosamina. São termoestáveis e não se alteram em presença de íons e em diferentes valores de pH. Os testes com camundongos mostraram que EB e CfeLL possuem atividade antitumoral, analgésica e antiinflamatória, podendo ser comparados aos resultados de fármacos já utilizados. Dessa forma confirma-se a crença popular da utilização para tratamento de ulceras gástricas e como cicatrizante.