Atividade antinociceptiva, antipirética, anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante de extratos e substâncias isoladas de Cleome spinosa Jacq.

As plantas utilizadas na medicina tradicional são promissores recursos no tratamento de diversas doenças, cabe a pesquisa científica confirmar estas propriedades terapêuticas. Devido ao uso de Cleome spinosa Jacq. na medicina popular contra processos inflamatórios, febre e infecções microbiológicas,...

Full description

Main Author: SILVA, Ana Paula Sant'Anna da
Other Authors: LIMA, Vera Lúcia de Menezes
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2018
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27094
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Summary: As plantas utilizadas na medicina tradicional são promissores recursos no tratamento de diversas doenças, cabe a pesquisa científica confirmar estas propriedades terapêuticas. Devido ao uso de Cleome spinosa Jacq. na medicina popular contra processos inflamatórios, febre e infecções microbiológicas, este estudo tem como objetivo avaliar a atividade antinociceptiva, antipirética, anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante de extrato e substâncias isoladas de C. spinosa Jacq. A partir de folhas (L) e raízes (R) de C. spinosa diferentes extratos foram obtidos (ciclo-hexano: ChL e ChR; clorofórmio: CL e CR; acetato de etila: EAL e EAR, metanol: ML e MR). A atividade antibacteriana foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo de forma a obter as concentrações inibitória mínima (MIC) e microbicida (MMC). A atividade anti-inflamatória foi avaliada através do teste de peritonite em camundongos. Atividade antioxidante através dos métodos de 2,2-Azino-Bis-(3-etilbenzotiazolina)-6-sulfónico (ABTS), ensaio de sequestro radical 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH) e a capacidade antioxidante total por fosfomolibdênio. A atividade antipirética dos flavonoides isolados de C. spinosa Jacq foi investigada pela pirexia induzida por levedura em camundongos albinos e atividade analgésica em camundongos utilizando a contorção induzida por ácido acético. O exame de toxicidade aguda realizado com os extratos de plantas não revelou qualquer sinal de toxicidade. Na atividade antimicrobiana, os extratos CHL e CL foram os mais ativos, com MIC inferior a 1 mg/mL contra Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis e Micrococcus luteus e. É importante notar que estas concentrações são muito mais baixas do que a sua concentração de 50% de hemólise (HC50). Foram encontradas fortes correlações entre o teor de compostos fenólico (ρ = -0,89) e teor de flavonoides (ρ = -0,87), reforçando o possível papel destas classes de metabólitos sobre a atividade antimicrobiana de C. spinosa derivado extratos. Além disso, CL e CR mostrou a melhor atividade inibitória contra isolados clínicos de S. aureus, eles também mostraram ação sinérgica com oxacilina contra todas as cepas. Na atividade anti-inflamatórias dos extratos ML e MR, todas as concentrações testadaas causaram uma redução significativa no número de leucócitos em camundongos com peritonite. Os extratos ML e MR mostrou atividade antioxidante Pará nos três métodos testados, ABTS, DPPH e fosfomolibdênio. Os compostos quercetina 3-glicose, rhramnose e 5-Hidróxi-7,4 '-dimethoxyflavone isolado em doses de 10 e 20 mg / kg, mostraram uma redução significativa da febre e apresentaram atividade analgésica. O estudo mostrou-se promissor para o desenvolvimento com C. spinosa.