Asilo de alienados de Teresina : história da assistência e da institucionalização dos loucos[as] no Piauí (18801 a 1920)
O Asilo de Alienados de Teresina, construído em 1907, constituiu a primeira instituição hospitalar voltada especificamente para o cuidado e tratamento dos ditos loucos no Piauí. Construído com recursos provenientes do governo e da arrecadação de um grupo de médicos atuantes em Teresina, o Asilo foi...
Main Author: | SANTANA, Márcia Castelo Branco |
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Other Authors: | MIRANDA, Carlos Alberto Cunha |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27551 |
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ir-123456789-275512018-11-20T05:05:36Z Asilo de alienados de Teresina : história da assistência e da institucionalização dos loucos[as] no Piauí (18801 a 1920) SANTANA, Márcia Castelo Branco MIRANDA, Carlos Alberto Cunha http://lattes.cnpq.br/8721944025638478 http://lattes.cnpq.br/6680019466959953 História Doenças mentais Deficientes mentais Deficientes mentais – Cuidados institucionais Alienação (Psicologia social) Asilo de alienados Loucos O Asilo de Alienados de Teresina, construído em 1907, constituiu a primeira instituição hospitalar voltada especificamente para o cuidado e tratamento dos ditos loucos no Piauí. Construído com recursos provenientes do governo e da arrecadação de um grupo de médicos atuantes em Teresina, o Asilo foi inaugurado com o objetivo de recolher e tratar os considerados loucos e loucas que se encontravam presos nas celas da Cadeia Pública, soltos nas ruas, quando não eram agressivos, e os que eram tratados em casa ou em alguns momentos nas enfermarias da Santa Casa. Com base nesse contexto, observou-se um apelo cada vez mais pertinente na luta pela construção do Asilo. Considerando o exposto, o presente trabalho tem como objetivo compreender como tais questões foram construídas em Teresina na segunda metade do século XIX, e possibilitaram a construção do Asilo de Alienados no limiar do século XX, quando a ideia de urbanização e higiene pública era cada vez mais forte. Nesta perspectiva, o trabalho traz uma discussão acerca da emergência da construção do Asilo de Alienados em Teresina a partir do processo de urbanização da cidade e de higienização dos espaços onde os ditos loucos viviam antes da fundação do nosocômio. Para tanto, foram realizadas leituras em estudos sobre a fundação de Asilos como espaços de tratamento da loucura, abordados em Wadi (2002), Oliveira (2011), Engel (2001), entre outros, bem como estudos relacionados à constituição do louco, enquanto doente, e da organização asilar para seu tratamento, discutidos por Foucault (1979) e Castel (1978). Foram utilizados como fonte de pesquisa relatórios, depoimentos, e mensagens dos presidentes da Província e dos governadores da Primeira República, diversos jornais de publicação e circulação em Teresina, biografias e autobiografias, teses médicas e um corpus documental de ofícios, relatórios e atas produzidos no interior da Santa Casa de Misericórdia de Teresina. A partir da análise dos dados, verificou-se que a luta pela construção do Asilo ocorreu inserida em um contexto histórico muito presente em várias cidades brasileira, não só no que se refere à reorganização do espaço, mas também à necessidade de se ter uma assistência aos ditos loucos da cidade que, até então, não contavam com esse cuidar de forma mais específica. FAPEPI (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Piauí) Teresina Mental Disorder House, built in 1907, was the first hospital institution specifically dedicated to care and treat people considered mentally disordered in Piauí. Constructed with governmental resources and the collection of a group of doctors who work in Teresina, the shelter was opened whit the purpose of collecting and treating the insane men and insane women who were imprisoned in the cells of the public jail, unimpeded in the streets, when they were not aggressive, and those who were treated at home or at sometimes in the Santa Casa nursery. From this context, there was an increasingly pertinent appeal for the struggle in the construction of the house. Considering what has been stated, the present work aims to understand how such questions were constructed in Teresina in the second half of the nineteenth century and made possible the construction of the Mental Disorder House on the threshold of the twentieth century, when the idea of urbanization and public hygiene was increasingly strong. In this perspective, the work brings a discussion about the emergence of the construction of the Mental Disorder House in Teresina from the process of urbanization of the city and hygienization of spaces where people considered mentally disordered lived before the foundation of the hospital. For this, readings were made based in studies about the foundation of shelters as spaces of treatment of madness, approached in Wadi (2002), Oliveira (2011), Engel (2001), among others, as well as studies related to the constitution of the insane, while diseased, as well as the shelter organization for its treatment, discussed by Foucault (1979) and Castel (1978). Reports, speeches and messages of the presidents of the province and of the governors of the First Republic were used, as well as several newspapers of publication and circulation in Teresina, biographies and autobiographies, medical theses and a documentary corpus of crafts, reports and minutes produced within Teresina Santa Casa de Misericórdia. From the analysis of the data, it was verified that the struggle for the construction of the shelter occurred inserted in a very present historical context in several Brazilian cities, not only with regard to the reorganization of the space, but also to the need to have assistance to people considered mentally disordered of the city who, until then, did not rely on this care in a more specific way. 2018-11-19T22:17:22Z 2018-11-19T22:17:22Z 2017-06-27 doctoralThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27551 por openAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
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O Asilo de Alienados de Teresina, construído em 1907, constituiu a primeira instituição hospitalar voltada especificamente para o cuidado e tratamento dos ditos loucos no Piauí. Construído com recursos provenientes do governo e da arrecadação de um grupo de médicos atuantes em Teresina, o Asilo foi inaugurado com o objetivo de recolher e tratar os considerados loucos e loucas que se encontravam presos nas celas da Cadeia Pública, soltos nas ruas, quando não eram agressivos, e os que eram tratados em casa ou em alguns momentos nas enfermarias da Santa Casa. Com base nesse contexto, observou-se um apelo cada vez mais pertinente na luta pela construção do Asilo. Considerando o exposto, o presente trabalho tem como objetivo compreender como tais questões foram construídas em Teresina na segunda metade do século XIX, e possibilitaram a construção do Asilo de Alienados no limiar do século XX, quando a ideia de urbanização e higiene pública era cada vez mais forte. Nesta perspectiva, o trabalho traz uma discussão acerca da emergência da construção do Asilo de Alienados em Teresina a partir do processo de urbanização da cidade e de higienização dos espaços onde os ditos loucos viviam antes da fundação do nosocômio. Para tanto, foram realizadas leituras em estudos sobre a fundação de Asilos como espaços de tratamento da loucura, abordados em Wadi (2002), Oliveira (2011), Engel (2001), entre outros, bem como estudos relacionados à constituição do louco, enquanto doente, e da organização asilar para seu tratamento, discutidos por Foucault (1979) e Castel (1978). Foram utilizados como fonte de pesquisa relatórios, depoimentos, e mensagens dos presidentes da Província e dos governadores da Primeira República, diversos jornais de publicação e circulação em Teresina, biografias e autobiografias, teses médicas e um corpus documental de ofícios, relatórios e atas produzidos no interior da Santa Casa de Misericórdia de Teresina. A partir da análise dos dados, verificou-se que a luta pela construção do Asilo ocorreu inserida em um contexto histórico muito presente em várias cidades brasileira, não só no que se refere à reorganização do espaço, mas também à necessidade de se ter uma assistência aos ditos loucos da cidade que, até então, não contavam com esse cuidar de forma mais específica. |
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