Avaliação da influência das comorbidades na qualidade de vida em pacientes com artrite reumatoide
A artrite reumatoide (AR), doença inflamatória articular crônica, pode afetar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), dependendo da presença de comorbidades, presença de deformidades, intensidade da atividade da doença e dados sociodemográficos. A prevalência das comorbidades varia entre paí...
Main Author: | DIAS, Evelina Recamonde |
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Other Authors: | MARQUES, Cláudia Diniz Lopes |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27582 |
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Summary: |
A artrite reumatoide (AR), doença inflamatória articular crônica, pode afetar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), dependendo da presença de comorbidades, presença de deformidades, intensidade da atividade da doença e dados sociodemográficos. A prevalência das comorbidades varia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nestes há deficiência de publicação sobre o impacto das comorbidades na QVRS em AR. A maioria dos estudos que tratam de AR, QVRS e comorbidades, não incluem hipertensão, dislipidemia e fibromialgia. Avaliou-se a influência da presença de comorbidades na QVRS de paciente com AR, focando o contexto de país em desenvolvimento. O estudo foi baseado no banco de dados de pesquisa multicêntrica transversal de pacientes com AR, realizado no Brasil, de 2014 a 2015. Os componentes físico (CF), e mental (CM) do SF-12 tiveram associações com as variáveis independentes. Foram consideradas: presença de comorbidades hipertensão, diabetes, dislipidemia, obesidade, depressão, osteoporose e fibromialgia; número de comorbidades; dados clínicos, Questionário de Avaliação de Saúde (HAQ-DI), Escala de Atividade da Doença (DAS28), Escala Analógica de Dor (EVA), Classe Funcional pelo Critério de Steinbrocker, presença de deformidades e internação pelas comorbidades; dados sociodemográficos, sexo, idade, escolaridade, situação trabalhista, consumo de álcool e tabagismo. Foram 689 pacientes, a maioria do sexo feminino (86,9%). A mediana e intervalo interquartílico da idade foram 58,0 (16,2) anos, da duração da doença foram 11,0 (12,0) anos e do escore do CF foram 43,68 (22,66) e do CM foram 34,81 (15,96). A comorbidade mais frequente foi a hipertensão, sendo observada em 324 pacientes (47%), seguida pela dislipidemia, relatada em 30,2%. Houve associação negativa significativa entre o CF e depressão (diferença de média (dm) =-8,19; p=0,001), fibromialgia (dm=-7,18; p=0,000), tabagismo (dm=-5,27; p=0,031), diabetes (dm=- 3,52; p=0,045) e sexo feminino (dm=-0,19; p=0,000). Por outro lado, houve associação positiva significativa entre o CF e internação por comorbidades (dm=7,54; p=0,005), consumo de álcool (dm=7,35; p=0,006) e situação trabalhista ativa (dm=3,28; p<0,01). Encontrou-se associação positiva significativa entre o CM e situação trabalhista ativa (dm=4,04; p<0,01), presença de deformidade (dm=3,56; p=0,000) e hipertensão (dm=2,21; p=0,002). Na comparação dos pacientes com e sem comorbidade, a situação trabalhista ativa (p<0,025) obteve diferença significativa de frequências; a classe funcional (p<0,05) e a EVA (p=0,02) apresentaram médias com diferenças significativas. O número de comorbidades e os CF e CM apresentaram correlações significativas negativas. Ainda HAQ-DI, DAS28, EVA e classe funcional foram correlacionados significativamente com os CF e CM e duração da doença e CF. Na regressão linear múltipla Stepwise, verificou-se influência negativa maior da depressão, seguido do tabagismo, fibromialgia e sexo feminino no CF. No entanto, a internação por comorbidade e consumo de álcool apresentaram influência positiva ao CF. Confirmou-se que quanto maior o número de comorbidades, menor a QVRS. Quanto maior DAS28, EVA e HAQ-DI, pior QVRS. |
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