Alterações hematológicas periféricas e medulares em pacientes infectados pelo vírus da hepatite C, assintomáticos de doença hepática
Existem muitos relatos de alterações hematológicas medulares em portadores crônicos do HCV, entretanto os estudos realizados até o momento se destinaram a pacientes infectados e sintomáticos de doença hepática e/ou hematológica que foram encaminhados a atendimento médico terciário para investigação...
Main Author: | MOTA, Rosivania Silva |
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Other Authors: | COELHO, Maria Rosângela Cunha Duarte |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27594 |
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Summary: |
Existem muitos relatos de alterações hematológicas medulares em portadores crônicos do HCV, entretanto os estudos realizados até o momento se destinaram a pacientes infectados e sintomáticos de doença hepática e/ou hematológica que foram encaminhados a atendimento médico terciário para investigação de citopenias. Nenhum estudo foi encontrado que abordasse a avaliação das alterações em medula óssea, numa fase mais precoce da infecção, com pacientes ainda assintomáticos do ponto de vista hematológico e hepático. Os objetivos deste estudo foram descrever as alterações hematológicas periféricas e medulares em indivíduos infectados pelo vírus da hepatite C (HCV) e assintomáticos de doenças hepática e hematológica, ainda não submetidos a tratamento específico e correlacioná-las com a carga viral plasmática, genótipos e graus de fibrose hepática. Estimar a frequência das alterações hematológicas periféricas e medulares e verificar a associação entre as alterações hematológicas periféricas e medulares com carga viral, genótipos e graus de fibrose hepática. Trata-se de estudo descritivo analítico, onde foram selecionados 30 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 18 a 60 anos, atendidos nos ambulatórios de hepatologia e infectologia do Estado da Paraíba no período de 01/2016 a 03/2017. Foi realizada uma entrevista para obtenção dos dados sócios demográficos, os clínico-laboratoriais foram obtidos a partir dos registros em prontuários e realizado a coleta do aspirado de medula óssea. A média de idade foi de 43,93, sendo 60,0% mulheres. A frequência das alterações hematológicas periféricas foi de 20,0% (6/30) e das alterações medulares de 90,0% (25/30), observou-se associação entre os indivíduos com alterações hematológicas periféricas e os graus de fibrose (p=0,014), sem associação com a carga viral e os genótipos. O genótipo 1 foi presente em 80,0% (24/30) dos pacientes e alta viremia em 64,4% (16/30) e 66,7% (20/30) com graus iniciais de fibrose hepática de F0 a F2. 80,0% (24/30) dos pacientes não tinham alterações no exame sanguíneo periférico, entretanto na análise do mielograma56,7% (17/30) apresentavam algum tipo de alteração na celularidade geral e/ou específica por série, 83,3% (25/30) tinham alteração de maturação das linhagens celulares, predominando a desproporção maturativanúcleo citoplasmática e os retardos maturativos. Trata-se de estudo pioneiro com pacientes assintomáticos de doença hepática, infectados pelo HCV, assim apesar da baixa frequência das alterações periféricas, houve associação com os graus de fibrose e por outro lado as alterações hematológicas medulares foram altas, mas sem associação com a carga viral, os genótipos e o grau de fibrose, ressalta-se a importância do acompanhamento hematológico desses pacientes, uma vez que podem se beneficiar com uma abordagem mais precoce de sua doença hepática com o tratamento especifico, bloqueando a progressão desses distúrbios hematológicos antes de tornarem-se irreversíveis. |
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