Estudo fenológico de duas espécies de samambaias em fragmento de floresta atlântica, Pernambuco, Brasil
As samambaias são plantas vasculares, de origem antiga, amplamente distribuídas mundialmente e com maior diversidade em hábitats tropicais úmidos, onde as condições de sombreamento e umidade são ideais para seu crescimento e sua reprodução. Essas plantas possuem relação direta com os fatores abiótic...
Main Author: | FARIAS, Rafael de Paiva |
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Other Authors: | BARROS, Iva Carneiro Leão |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27737 |
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Summary: |
As samambaias são plantas vasculares, de origem antiga, amplamente distribuídas mundialmente e com maior diversidade em hábitats tropicais úmidos, onde as condições de sombreamento e umidade são ideais para seu crescimento e sua reprodução. Essas plantas possuem relação direta com os fatores abióticos, e, portanto, têm sido utilizadas em estudos de monitoramento ambiental. A fenologia é o estudo da periodicidade dos processos biológicos causados por fatores intrínsecos ou estimulados por fatores extrínsecos ambientais, como a pluviosidade, temperatura do ar, fotoperíodo ou alguma combinação destes. Pesquisas fenológicas são fundamentais para ampliar o conhecimento ecológico das espécies, direcionar ações conservacionistas das espécies e seus hábitats, bem como para monitorar variações climáticas. Essa pesquisa teve como objetivo estudar a fenologia de duas espécies de samambaias na Floresta Atlântica, em fragmento no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Em Maio/2012, 25 indivíduos de Danaea geniculata Raddi, e 23 indivíduos de Didymochlaena truncatula (Sw.) J.Sm, tiveram suas folhas marcadas com etiquetas plásticas enumeradas; e mensalmente, até Outubro/2013, contabilizou-se o número de folhas novas, folhas estéreis, folhas férteis e mortas de todas as plantas selecionadas, além de aferir o tamanho das folhas novas, desde sua emergência até sua expansão total. Esses dados foram relacionados com a temperatura média mensal e a pluviosidade total mensal ocorrente no período de estudo. As médias mensais das fenofases foram comparadas entre as estações climáticas. A população de D. geniculata teve um número médio de 8.62 ± 0.82 folhas vivas por planta, produzidas a uma taxa média de 8.39 ± 6.86 por planta. O tempo médio de vida das folhas férteis dessa espécie foi de 5.4 meses, menor que o das folhas estéreis, o qual foi igual a 13.5 meses. A população de D. geniculata apresentou padrões sazonais de mortalidade e expansão foliar, e de fertilidade, demonstrando a influência das mudanças sazonais da pluviosidade e temperatura em sua fenologia. A população de D. truncatula teve média mensal de 6.49 ± 0.75 folhas por planta, produzidas a uma taxa média de 6.13 ± 1.46 folhas por planta. Em D. truncatula alguns ritmos biológicos não estiveram diretamente relacionados a sazonalidade, como a fertilidade. A combinação da pluviosidade e temperatura influenciou diretamente os eventos fenológicos das plantas estudadas. |
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