Efeito protetor do ácido gálico sobre a disfunção endotelial de ratos diabéticos
O Diabetes mellitus (DM) é um relevante problema de saúde pública devido a sua alta prevalência, morbidade e mortalidade. É caracterizado por hiperglicemia crônica, ocasionada pela ausência ou incapacidade da insulina de exercer de maneira adequada seus efeitos nos tecidos-alvo. Complicações vascula...
Main Author: | SILVA, Juliano Ribeiro da |
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Other Authors: | WANDERLEY, Almir Goncalves |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27794 |
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ir-123456789-277942018-11-28T05:06:06Z Efeito protetor do ácido gálico sobre a disfunção endotelial de ratos diabéticos SILVA, Juliano Ribeiro da WANDERLEY, Almir Goncalves ARAÚJO, Alice Valença de http://lattes.cnpq.br/8382013720219079 http://lattes.cnpq.br/3202966930820804 Ácido gálico Diabetes mellitus Radicais livres Óxido nítrico O Diabetes mellitus (DM) é um relevante problema de saúde pública devido a sua alta prevalência, morbidade e mortalidade. É caracterizado por hiperglicemia crônica, ocasionada pela ausência ou incapacidade da insulina de exercer de maneira adequada seus efeitos nos tecidos-alvo. Complicações vasculares, como a disfunção endotelial vascular, podem ser resultado do inadequado controle da glicemia e/ou reflexo de um estresse oxidativo excessivo. Uma maior concentração de radicais livres (RL), como as espécies reativas de oxigênio (EROS), diminui a biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), que é o principal agente vasodilatador endógeno que regula o tônus vascular, caracterizando a disfunção endotelial. O tratamento farmacológico do DM envolve o uso de insulina e/ou hipoglicemiantes orais, mas dados etnofarmacológicos e experimentais mostram que extratos e compostos isolados de diversas espécies de plantas tem sido usados para tratar os sintomas desta doença. Uma hipótese é a de que as propriedades antioxidantes dos polifenóis presentes nestes extratos podem proteger os vasos sanguíneos das consequências deletérias do estresse oxidativo. Experimentos prévios mostram o efeito antidiabético do ácido gálico extraído de plantas e na forma isolada em ratos diabéticos. Nesse estudo, avaliamos a hipótese de que o ácido gálico (AG), um ácido fenólico presente em diversas plantas, pode apresentar efeito antioxidante e, consequentemente, efeito protetor bioquímico e vascular em indivíduos diabéticos. Com o intuito de avaliar a atividade antioxidante e protetora do ácido gálico, cinco grupos de ratos Wistar, um normoglicêmico e quatro diabéticos induzidos por estreptozotocina (50 mg/kg/i.p) (n=10/grupo) foram tratados oralmente com o ácido gálico (Ácido Gálico - AG) (60 ou 80 mg/kg/dia), veículo (água, Normoglicêmicos - Normog e Diabéticos não tratados - DC) ou metformina (controle positivo, Diabéticos Tratados com Metformina - DTM) (500 mg/kg/dia) durante 4 semanas. O ganho de massa, o consumo de água e ração e a glicemia de jejum foram observadas a cada sete dias. Com a utilização de um sistema AVS de banho de órgãos isolados (miógrafo), estudos de reatividade vascular foram realizados para avaliar a contração induzida por fenilefrina (Fen) e o relaxamento produzido por acetilcolina (ACh) e pelo doador de óxido nítrico (NO), nitroprussiato de sódio (NPS), em anéis de aorta torácica de ratos normoglicêmicos e diabéticos. Os resultados mostraram que o AG não reduziu o nível glicêmico dos animais diabéticos. O grupo DC apresentou perda de massa corporal e aumento da ingestão de água e ração. O tratamento com acido gálico não foi capaz de reverter estas alterações. As curvas concentração-efeito para a fenilefrina (Fen) demonstraram que a resposta contrátil induzida foi dependente da concentração e não houve diferenças entre os grupos. Os anéis de aorta de ratos diabéticos apresentaram um relaxamento menor do que o grupo controle, o que caracteriza a disfunção endotelial. Normoglicêmicos (Emax: 116,317 ± 12,432%; pD2: 7,399 ± 0,322; n=3) e DC (Emax: 73,899 ± 8,669%; pD2: 6,476 ± 0,379; n=4). O relaxamento induzido pelo NPS induziu relaxamento dependente da concentração e foi semelhante entre os grupos. Portanto, o tratamento oral com ácido gálico durante 28 dias consecutivos em doses de 60 e 80 mg/kg não foi capaz de reduzir os níveis de glicose no sangue de ratos com diabetes induzida por estreptozotocina. No entanto, este tratamento impediu a disfunção endotelial induzida por diabetes. FACEPE Diabetes mellitus (DM) is an important public health problem due to its elevated prevalence, morbidity and mortality. It is characterized by chronic hyperglicaemia due to the absence of insulin or by its inability to exert its effects properly. The inappropriate control of glycaemia and/or excessive oxidative stress may cause vascular complications, such as endothelial dysfunction. Great quantities of free radicals, such as oxygen or nitrogen reactive species, diminish the bioavailability of nitric oxide (NO), which is the main endogenous vasodilator that regulates the vascular tonus. This reduced bioavailability of NO characterizes the endothelial dysfunction. The pharmacological treatment of DM involves the use of insulin and/or oral hypoglycemic drugs, but ethnopharmacologic and experimental data show that extracts of or compounds isolated from plants have been used to treat the symptoms of DM. The hypothesis is that the antioxidant properties of polyphenols present in those extracts protect the blood vessels from the deleterious consequences of oxidative stress. Previous experiments have shown the antidiabetic effect of galic acid extracted from plants or in the isolated form in diabetic rats. In this study, we have evaluated the hypothesis that galic acid, a phenolic acid present in many plants, may present antioxidant effect and, thus, biochemical and vascular protector effects in diabetic animals. Male Wistar rats were ramdomically divided in 5 groups (n=10/group): normoglicemic rats (Normog) and streptozotocin-induced diabetic rats treated with water (vehicle), metformin (positive control, 50 mg/kg) or galic acid (AG 60 or 80 mg/kg) by oral route for 28 consecutive days. The body mass gain, the water and food intake and the fasting glucose were analyzed weekly. Vascular reactivity studies were performed and cumulative concentration-effect curves for phenylephrine, acetylcholine and sodium nitroprusside were done in thoracic aorta rings isolated from normoglycaemic and diabetic rats. Our results have shown that the oral treatment with galic acid at the doses used was not able to reduce the serum glucose levels in diabetic animals. The diabetic group presented body mass loss and augmented water and food intake, and the oral treatment with galic acid was not able to prevent these effects. The contraction induced by phenylephrine was concentration-dependent and it was not different among the groups. The aortic ring from diabetic rings presented a smaller relaxation to acetylcholine (normoglicaemic: Emax: 116,317 ± 12,432%, n=3, diabetic max: 73,899 ± 8,669%, n=4), characterizing endothelial dysfunction. The treatment with galic acid prevented this effect (AG 60 mg/kg: Emax: 92,403 ± 3,172%, n=2; AG 80 mg/kg: Emax: 93,061 ± 3,917%, n=3). The endothelium-independent relaxation induced by sodium nitroprusside was similar in aortic rings from normoglicemic and diabetic rats. Therefore, the oral treatment with galic acid for 28 consecutive days at the doses of 60 and 80 mg/kg was not able to reduce the blood glucose levels of streptozotocininduced diabetic rats. However, this treatment prevented the endothelial dysfunction induced by diabetes. 2018-11-27T21:01:27Z 2018-11-27T21:01:27Z 2014-06-10 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27794 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas |
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Ácido gálico Diabetes mellitus Radicais livres Óxido nítrico |
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O Diabetes mellitus (DM) é um relevante problema de saúde pública devido a sua alta prevalência, morbidade e mortalidade. É caracterizado por hiperglicemia crônica, ocasionada pela ausência ou incapacidade da insulina de exercer de maneira adequada seus efeitos nos tecidos-alvo. Complicações vasculares, como a disfunção endotelial vascular, podem ser resultado do inadequado controle da glicemia e/ou reflexo de um estresse oxidativo excessivo. Uma maior concentração de radicais livres (RL), como as espécies reativas de oxigênio (EROS), diminui a biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), que é o principal agente vasodilatador endógeno que regula o tônus vascular, caracterizando a disfunção endotelial. O tratamento farmacológico do DM envolve o uso de insulina e/ou hipoglicemiantes orais, mas dados etnofarmacológicos e experimentais mostram que extratos e compostos isolados de diversas espécies de plantas tem sido usados para tratar os sintomas desta doença. Uma hipótese é a de que as propriedades antioxidantes dos polifenóis presentes nestes extratos podem proteger os vasos sanguíneos das consequências deletérias do estresse oxidativo. Experimentos prévios mostram o efeito antidiabético do ácido gálico extraído de plantas e na forma isolada em ratos diabéticos. Nesse estudo, avaliamos a hipótese de que o ácido gálico (AG), um ácido fenólico presente em diversas plantas, pode apresentar efeito antioxidante e, consequentemente, efeito protetor bioquímico e vascular em indivíduos diabéticos. Com o intuito de avaliar a atividade antioxidante e protetora do ácido gálico, cinco grupos de ratos Wistar, um normoglicêmico e quatro diabéticos induzidos por estreptozotocina (50 mg/kg/i.p) (n=10/grupo) foram tratados oralmente com o ácido gálico (Ácido Gálico - AG) (60 ou 80 mg/kg/dia), veículo (água, Normoglicêmicos - Normog e Diabéticos não tratados - DC) ou metformina (controle positivo, Diabéticos Tratados com Metformina - DTM) (500 mg/kg/dia) durante 4 semanas. O ganho de massa, o consumo de água e ração e a glicemia de jejum foram observadas a cada sete dias. Com a utilização de um sistema AVS de banho de órgãos isolados (miógrafo), estudos de reatividade vascular foram realizados para avaliar a contração induzida por fenilefrina (Fen) e o relaxamento produzido por acetilcolina (ACh) e pelo doador de óxido nítrico (NO), nitroprussiato de sódio (NPS), em anéis de aorta torácica de ratos normoglicêmicos e diabéticos. Os resultados mostraram que o AG não reduziu o nível glicêmico dos animais diabéticos. O grupo DC apresentou perda de massa corporal e aumento da ingestão de água e ração. O tratamento com acido gálico não foi capaz de reverter estas alterações. As curvas concentração-efeito para a fenilefrina (Fen) demonstraram que a resposta contrátil induzida foi dependente da concentração e não houve diferenças entre os grupos. Os anéis de aorta de ratos diabéticos apresentaram um relaxamento menor do que o grupo controle, o que caracteriza a disfunção endotelial. Normoglicêmicos (Emax: 116,317 ± 12,432%; pD2: 7,399 ± 0,322; n=3) e DC (Emax: 73,899 ± 8,669%; pD2: 6,476 ± 0,379; n=4). O relaxamento induzido pelo NPS induziu relaxamento dependente da concentração e foi semelhante entre os grupos. Portanto, o tratamento oral com ácido gálico durante 28 dias consecutivos em doses de 60 e 80 mg/kg não foi capaz de reduzir os níveis de glicose no sangue de ratos com diabetes induzida por estreptozotocina. No entanto, este tratamento impediu a disfunção endotelial induzida por diabetes. |
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