Restrição proteica materna durante a gestação e lactação altera a função mitocondrial e o estresse oxidativo no tronco encefálico de filhotes machos e fêmeas por duas gerações
Insultos nutricionais na gestação e lactação estão associados a algumas doenças na vida adulta como hipertensão arterial. Um possível mecanismo é a disfunção mitocondrial, o desequilíbrio no sistema antioxidante e a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Entretanto, pouco se sabe se a res...
Main Author: | SANTANA, David Filipe de |
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Other Authors: | LAGRANHA, Cláudia Jacques |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2018
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28357 |
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Summary: |
Insultos nutricionais na gestação e lactação estão associados a algumas doenças na vida adulta como hipertensão arterial. Um possível mecanismo é a disfunção mitocondrial, o desequilíbrio no sistema antioxidante e a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Entretanto, pouco se sabe se a restrição proteica atinge de forma igual ambos os gêneros por apenas uma geração. O objetivo do nosso trabalho foi testar a hipótese de que a restrição proteica durante a gestação e lactação está associada à disfunção mitocondrial e desequilíbrio oxidativo no tronco encefálico de ratos machos e fêmeas juvenis por mais de uma geração. Utilizamos ratas Wistar divididas de acordo com a dieta: Grupo Normoproteico (NP, 17% de proteina), Grupo Hipoproteico (HP, 8% de proteina) na primeira geração (F1), grupo NP e HP que foram reexpostos às respectivas dietas na segunda geração (F2) e os grupos NP e HP não reexpostos as dietas em F2. Após desmame, todos os grupos receberam dieta comercial de biotério (Labina) e o sacrifício foi realizado aos 30 dias de vida (F1 e F2). Avaliamos o consumo de oxigênio, controle respiratório (CR) e a produção de EROs pelas mitocôndrias. Como indicadores de estresse oxidativo, avaliamos a oxidação proteica e a peroxidação lipídica (níveis de malondialdeído-MDA). No sistema antioxidante enzimático avaliamos a atividade: Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutationa-S-Transferase (GST). No sistema antioxidante não enzimático avaliamos os níveis de Glutationa Reduzida (GSH), Glutationa Oxidada (GSSG) e o estado redox (ER) (GSH/GSSG). Quando comparado os grupos NP e HP nas fêmeas, encontramos diminuição no consumo de oxigênio em F2. Em F2 – Labina foi encontrado aumento no consumo de oxigênio. A produção de EROs aumentou apenas em F2, no entanto apresentou uma diminuição nos níveis de oxidação proteica no grupo experimental. Os níveis de MDA aumentaram em F1 e F2 e diminuiu o nível de oxidação de proteína em F2 – Labina. A atividade da SOD diminuiu em F2 – Labina. A atividade da GST aumentou em F1 e em F2. Os níveis de GSSG aumentaram em F1 e F2 e diminuíram em F2 – Labina. O ER reduziu em F1 e aumentou em F2 – Labina. Em contrapartida, os machos apresentam aumento no consumo de oxigênio pelas mitocôndrias e diminuição em F1 e F2 quando comparado com o grupo HP. A produção de EROs estava aumentada em F1 e em F2. Os níveis de MDA e oxidação de proteína aumentaram em F1. A catalase e GST diminuíram. Em F2, a atividade da catalase diminuiu. Os níveis de GSH aumentaram apenas em F2 – Labina e os de níveis de GSSG aumentaram em F1 e F2, mas diminuiu em F2 – Labina. No ER encontramos redução em F1 e aumento em F2 – Labina. Logo, observa-se que esse modelo dietético é capaz de alterar a função mitocondrial e o sistema antioxidante em ambos os gêneros por mais de uma geração. Contudo, observa-se que os efeitos da desnutrição afeta de forma diferente os gêneros, o que sugere uma neuroproteção das fêmeas, possivelmente devido aos níveis de estradiol. |
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