Alterações histomorfométricas cardíacas em conceptos de ratas wistar submetidas à peritonite fecal autógena e administração da associação de moxifloxacina - dexametasona

Fundamento: Sepse é responsável por 25% das admissões em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e, nos casos de choque, a mortalidade pode ultrapassar 50%. Com o avançar da idade materna, a incidência de sepse neste grupo específico de pacientes, apresenta taxas crescentes. Nos EUA, a mortalidade mater...

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Main Author: MAIOR, Gustavo Ithamar Souto
Other Authors: MOURA, Líbia Cristina Rocha Vilela
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28420
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spelling ir-123456789-284202019-01-05T05:04:44Z Alterações histomorfométricas cardíacas em conceptos de ratas wistar submetidas à peritonite fecal autógena e administração da associação de moxifloxacina - dexametasona MAIOR, Gustavo Ithamar Souto MOURA, Líbia Cristina Rocha Vilela BRANDT, Carlos Teixeira http://lattes.cnpq.br/2538423485641001 http://lattes.cnpq.br/9689077999650336 Peritonite Ratos Miocárdio Prenhez Fundamento: Sepse é responsável por 25% das admissões em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e, nos casos de choque, a mortalidade pode ultrapassar 50%. Com o avançar da idade materna, a incidência de sepse neste grupo específico de pacientes, apresenta taxas crescentes. Nos EUA, a mortalidade materna passou de 12 por 100.000 nascidos vivos para 14 por 100.000 nascidos vivos, de 1990 a 2015. A peritonite é uma das principais causas de sepse materna. O estudo da associação da infecção peritoneal materna com alterações orgânicas no recém nascido, criança e adolescência, tem despertado interesse crescente nos últimos anos. O tratamento precoce da infecção materna pode reduzir morbimortalidade materno-fetal. Experimentalmente, mostrou-se que a peritonite fecal autógena em ratas Wistar determina alterações oculares e encefálicas nos conceptos as quais podem persistir na vida adulta. Porém, a infecção peritoneal materna como determinante de alterações cardíacas na prole adulta é desconhecida. Objetivos: Investigar a existência de alterações histomorfométricas cardíacas em ratos Wistar cujas mães foram submetidas à peritonite fecal autógena no período máximo da organogênese, e investigar o impedimento ou o comportamento destas alterações com a administração intravenosa da associação de moxifloxacina e dexametasona. Métodologia: Após aprovação do Comitê de Ética em Uso de Animais (CEUA) da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), foi realizado estudo prospectivo, analítico, histomorfométrico, em 29 corações de ratos Wistar de quatro meses de idade os quais foram divididos em: Grupo Controle Negativo (GCN), com nove animais, filhos de rata sem peritonite induzida durante a gestação; Grupo Controle Positivo (GCP), com 10 animais, filhos de rata com peritonite fecal induzida na gestação que não recebeu tratamento algum e Grupo Intervenção (GI), com 10 animais cuja mãe recebeu tratamento com moxifloxacina 40mg/Kg e dexametasona 0,2mg/Kg, 24h após a indução da peritonite fecal no período gestacional. Nos grupos GCP e GI, a peritonite materna foi induzida com administração de 4ml/Kg de suspensão fecal autógena a 10% filtrada, na cavidade abdominal, no quadrante ilíaco esquerdo, no 9° dia de gravidez. A eutanásia dos animais foi realizada aos 04 meses. Após ser acessada a cavidade torácica, os corações foram cuidadosamente isolados, retirados e embebidos em formol a 10%. As peças anatômicas foram emblocadas de forma padronizada. Cortes transversais de 2 a 3mm foram realizados da ponta do ventrículo esquerdo (VE) em direção aos vasos da base. Após a coloração de hematoxilina e eosina lamínulas do terço médio do coração foram escolhidas aleatoriamente e avaliadas à microscopia óptica que tinha um sistema de captura de imagem acoplado com capacidade de magnificar a imagem em 400x. Foram realizadas fotomicrografias de áreas randomicamente escolhidas da parede livre do VE. As imagens fotográficas foram avaliadas quanto aos parâmetros histomorfométricos (contagem nuclear, área ocupada e tamanho dos núcleos) a partir do software ImageJ 1.51n. Resultados: Foi observado contagem nuclear significantemente maior no GI em comparação ao GCP (p=0,0016) e no GCN em comparação ao GCP (p=0,0380). Não houve diferença significante na contagem nuclear entre o GCN e o GI. A área ocupada pelos núcleos foi maior no GCN quando comparada ao GCP (p=0,0448), e no GI quando comparado ao GCP (p=0,0006). Conclusões: A peritonite fecal autógena induzida em ratas Wistar prenhas determinou alterações miocárdicas na prole adulta. Estas alterações foram evitadas com a administração intravenosa de moxifloxacina e dexametasona 24h após o insulto infeccioso materno. Background: Sepsis accounts for 25% of admissions to Intensive Care Units (ICUs) and, in cases of shock, mortality may exceed 50%. With the advancement of maternal age, the incidence of sepsis in this specific group of patients presents increasing rates. In the United States, maternal mortality has increased from 12 per 100,000 live births to 14 per 100,000 live births from 1990 to 2015. Peritonitis is a major cause of maternal sepsis. The study of the association of maternal peritoneal infection with organic alterations in the newborn, child and adolescence has been of growing interest in recent years. Early treatment of maternal infection may reduce both maternal and fetal morbidity and mortality. Experimentally, it has been shown that autogenic fecal peritonitis in Wistar rats determines ocular and encephalic changes in offspring that may persist in adult life. However, maternal peritoneal infection as a determinant of cardiac changes in adult animals is unknown. Objectives: To investigate the existence of cardiac histomorphometric changes in Wistar rats whose mothers underwent autogenic fecal peritonitis in the maximum period of organogenesis and, if possible, to prevent such changes with the intravenous administration of the combination of moxifloxacin and dexamethasone. Methods: After approval by the Animal Ethics Committee (CEUA) of the Faculty of Medical Sciences of Campina Grande (FCM-CG), a prospective, analytical, histomorphometric study was performed on 29 hearts of four-month-old Wistar rats, divided into: Negative Control Group (NCG) enrolling nine animals, rat offspring without peritonitis induced during pregnancy; Positive Control Group (PCG) with 10 female offsprings with fecal induced peritonitis in gestation that received no treatment and Intervention Group (IG) with 10 animals whose mother received moxifloxacin and dexamethasone treatment 24 hours after induction of fecal peritonitis in the gestational period. In the PCG and IG groups, maternal peritonitis was induced by administration of 4 ml/kg of 10% autogenic fecal suspension filtered into the abdominal cavity in the left iliac quadrant on the 9th day of pregnancy. Euthanasia of the animals was performed at 04 months. After accessing the chest cavity, the hearts were carefully isolated, withdrawn and soaked in 10% formalin. The anatomical pieces were placed in a standardized way. Transverse cuts of 2 to 3 mm were performed from the tip of the left ventricle (LV) towards the vessels of the base. After staining of hematoxylin and eosin coverslips of the middle third of the heart were randomly selected and evaluated under optical microscopy that had an image capture system with the capacity to magnify the image by 400x. Photomicrographs of randomly chosen areas of the LV free wall were performed. The photographic images were evaluated for the histomorphometric parameters (nuclear count, occupied area and size of the nuclei) according to the ImageJ 1.51n software Results: Significantly higher nuclear counts were observed in IG compared to PCG (p = 0.0016) and in NCGcompared to PCG (p = 0.0380). There was no significant difference in nuclear counts between NCG and IG.The area occupied by the nuclei was higher in the NCG when compared to the PCG (p=0.0448), and in the IG when compared to the PCG (p = 0.0006). Conclusions: Induced autogenic fecal peritonitis in pregnant Wistar rats determined myocardial changes in adult offspring. These changes were avoided with the intravenous administration of moxifloxacin and dexamethasone 24 hours after the maternal infectious insult. 2019-01-04T17:08:27Z 2019-01-04T17:08:27Z 2017-07-31 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28420 por openAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
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MAIOR, Gustavo Ithamar Souto
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description Fundamento: Sepse é responsável por 25% das admissões em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e, nos casos de choque, a mortalidade pode ultrapassar 50%. Com o avançar da idade materna, a incidência de sepse neste grupo específico de pacientes, apresenta taxas crescentes. Nos EUA, a mortalidade materna passou de 12 por 100.000 nascidos vivos para 14 por 100.000 nascidos vivos, de 1990 a 2015. A peritonite é uma das principais causas de sepse materna. O estudo da associação da infecção peritoneal materna com alterações orgânicas no recém nascido, criança e adolescência, tem despertado interesse crescente nos últimos anos. O tratamento precoce da infecção materna pode reduzir morbimortalidade materno-fetal. Experimentalmente, mostrou-se que a peritonite fecal autógena em ratas Wistar determina alterações oculares e encefálicas nos conceptos as quais podem persistir na vida adulta. Porém, a infecção peritoneal materna como determinante de alterações cardíacas na prole adulta é desconhecida. Objetivos: Investigar a existência de alterações histomorfométricas cardíacas em ratos Wistar cujas mães foram submetidas à peritonite fecal autógena no período máximo da organogênese, e investigar o impedimento ou o comportamento destas alterações com a administração intravenosa da associação de moxifloxacina e dexametasona. Métodologia: Após aprovação do Comitê de Ética em Uso de Animais (CEUA) da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), foi realizado estudo prospectivo, analítico, histomorfométrico, em 29 corações de ratos Wistar de quatro meses de idade os quais foram divididos em: Grupo Controle Negativo (GCN), com nove animais, filhos de rata sem peritonite induzida durante a gestação; Grupo Controle Positivo (GCP), com 10 animais, filhos de rata com peritonite fecal induzida na gestação que não recebeu tratamento algum e Grupo Intervenção (GI), com 10 animais cuja mãe recebeu tratamento com moxifloxacina 40mg/Kg e dexametasona 0,2mg/Kg, 24h após a indução da peritonite fecal no período gestacional. Nos grupos GCP e GI, a peritonite materna foi induzida com administração de 4ml/Kg de suspensão fecal autógena a 10% filtrada, na cavidade abdominal, no quadrante ilíaco esquerdo, no 9° dia de gravidez. A eutanásia dos animais foi realizada aos 04 meses. Após ser acessada a cavidade torácica, os corações foram cuidadosamente isolados, retirados e embebidos em formol a 10%. As peças anatômicas foram emblocadas de forma padronizada. Cortes transversais de 2 a 3mm foram realizados da ponta do ventrículo esquerdo (VE) em direção aos vasos da base. Após a coloração de hematoxilina e eosina lamínulas do terço médio do coração foram escolhidas aleatoriamente e avaliadas à microscopia óptica que tinha um sistema de captura de imagem acoplado com capacidade de magnificar a imagem em 400x. Foram realizadas fotomicrografias de áreas randomicamente escolhidas da parede livre do VE. As imagens fotográficas foram avaliadas quanto aos parâmetros histomorfométricos (contagem nuclear, área ocupada e tamanho dos núcleos) a partir do software ImageJ 1.51n. Resultados: Foi observado contagem nuclear significantemente maior no GI em comparação ao GCP (p=0,0016) e no GCN em comparação ao GCP (p=0,0380). Não houve diferença significante na contagem nuclear entre o GCN e o GI. A área ocupada pelos núcleos foi maior no GCN quando comparada ao GCP (p=0,0448), e no GI quando comparado ao GCP (p=0,0006). Conclusões: A peritonite fecal autógena induzida em ratas Wistar prenhas determinou alterações miocárdicas na prole adulta. Estas alterações foram evitadas com a administração intravenosa de moxifloxacina e dexametasona 24h após o insulto infeccioso materno.
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