Parteira: dom do ser (vir) à vida assistência ao parto: da casa para o hospital
O parto tem sido considerado um ato envolto de mistérios, cercado de costumes, saberes e fazeres tradicionais, praticados geralmente por mulheres, denominadas parteiras. Elas prestam assistência ao parto, buscando um ambiente acolhedor, onde o partejar respeita a fisiologia do corpo da mulher, p...
Main Author: | LIMA, Mirian Gomes de |
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Other Authors: | MELO, Ana Paula Lopes |
Format: | bachelorThesis |
Language: | por |
Published: |
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28887 |
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Summary: |
O parto tem sido considerado um ato envolto de mistérios, cercado de
costumes, saberes e fazeres tradicionais, praticados geralmente por mulheres,
denominadas parteiras. Elas prestam assistência ao parto, buscando um
ambiente acolhedor, onde o partejar respeita a fisiologia do corpo da mulher,
promove o cuidado do recém-nascido, evitando intervenções inadequadas e
desnecessárias. Porém, com o passar do tempo, houve mudanças na prática
do partejar que envolveram a instrumentalização, o domínio da medicina e a
hospitalização do parto e do nascimento, surgindo a figura de parteiras ligadas
às funções dentro do hospital e ao campo de atuação da enfermagem. A
presente pesquisa teve como finalidade investigar a história das parteiras de
Vitória de Santo Antão a partir das narrativas de uma parteira e um parteiro que
atuam no cenário hospitalar do município. A coleta dos dados foi feita nos
meses de setembro e outubro de 2018 através de entrevistas semiestruturadas
com vistas a explorar as histórias de vida desses personagens. A análise de
resultados foi realizada através de análise de conteúdo, sendo definidas como
categorias: motivação para o partejar, qualificação profissional, influências de
saberes/culturas tradicionais e novas práticas/tecnificação. Os resultados
apontaram para a importância das parteiras para as práticas de assistência ao
parto em Vitória de Santo Antão dentro e fora do ambiente hospitalar, porém,
houve mudanças no modelo de assistência ao parto no Brasil que vincularam
essa prática à exclusividade de atuação médico obstetra. |
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