Práticas alimentares e perfil antropométrico de menores de cinco anos residentes em um município do sertão de Pernambuco

Modificações nos padrões dietéticos e nutricionais da população brasileira de todos os estratos sociais e faixas-etárias vêm sendo analisadas no processo da transição nutricional. O monitoramento do perfil nutricional permite a geração de uma atitude de vigilância e o direcionamento das ações de...

Full description

Main Author: SILVA, Clara Schumann da
Other Authors: LEAL, Vanessa Sá
Format: bachelorThesis
Language: por
Published: 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29013
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Summary: Modificações nos padrões dietéticos e nutricionais da população brasileira de todos os estratos sociais e faixas-etárias vêm sendo analisadas no processo da transição nutricional. O monitoramento do perfil nutricional permite a geração de uma atitude de vigilância e o direcionamento das ações de promoção de saúde. Diante disto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as práticas alimentares e o perfil antropométrico de menores de cinco anos residentes em um município do Sertão de Pernambuco. O estudo foi do tipo transversal e incluiu uma amostra de 91 crianças. Foram consideradas as seguintes fases de vida: menores de 06 meses, entre 06 meses e menores de 02 anos, e entre 02 anos e menores de 05 anos de idade. Para a avaliação do estado nutricional das crianças utilizou-se os índices Estatura para Idade (E/I) e o Índice de Massa Corporal para Idade (IMC/I), observou-se também o peso ao nascer. Para classificar o consumo alimentar em adequado e inadequado, foram adotadas as recomendações dos Guias Alimentares, do Ministério da Saúde. Para análise dos dados foi verificada a distribuição da frequência das variáveis. Foi possível observar que das crianças que compuseram o estudo, o sexo feminino foi o que predominou (53,8%), com idade entre 02 e menores de cinco anos (52%) e vivendo em sua maioria em área urbana (66%). Viu-se que 44% não possuem acesso à água tratada, 16,5% faz uso de fossas para destino de dejetos, e, 27,5% utilizavam a queimada como descarte de lixo; 40,7% das famílias das crianças recebiam menos que um salário mínimo mensal e a maior parte delas são beneficiários do Programa Bolsa Família (59,3%). A frequência do excesso de peso foi de 31,6%, sendo 20,7 % de sobrepeso e 10,9% de obesidade, associada a um déficit estatural de 8,7%. Quanto as práticas alimentares, observou-se introdução alimentar precoce entre os menores de seis meses, como mingau (35,4%) e outro leite (64,3%). Com relação as crianças entre 06 meses e menores de cinco anos viu-se um bom consumo de alimentos básicos como feijão e a carne, no entanto quanto aos ultraprocessados foi verificado hábito diário do consumo de biscoito de pacote (9,9%) e o salgadinho de pacote (36,3%), representando assim um alerta para o desenvolvimento de futuros agravos à saúde. Nesse contexto, faz-se necessário o desenvolvolvimento de estratégias que visem ações integradas que promovam práticas de alimentação adequadas e a investigação profunda dos determinantes dos desvios nutricionais em crianças.