Função respiratória e da distribuição compartimental dos volumes pulmonares na doença de Parkinson

Contextualização: Considerando o crescimento da expectativa de vida, as patologias neurodegenerativas apresentam elevada prevalência e a doença de Parkinson (DP) é uma das mais comuns nos dias atuais. Estima-se que, em 2020, 40 milhões de pessoas sejam portadoras dessa patologia. A DP é uma doença a...

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Main Author: LEITE, Fátima Natário Tedim de Sá
Other Authors: ANDRADE, Armèle Dornelas de
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29284
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spelling ir-123456789-292842019-10-26T03:08:18Z Função respiratória e da distribuição compartimental dos volumes pulmonares na doença de Parkinson LEITE, Fátima Natário Tedim de Sá ANDRADE, Armèle Dornelas de http://lattes.cnpq.br/6980890571278132 http://lattes.cnpq.br/2911134983219799 Doença de Parkinson Função respiratória Pletismografia Fisioterapia Contextualização: Considerando o crescimento da expectativa de vida, as patologias neurodegenerativas apresentam elevada prevalência e a doença de Parkinson (DP) é uma das mais comuns nos dias atuais. Estima-se que, em 2020, 40 milhões de pessoas sejam portadoras dessa patologia. A DP é uma doença associada a um alto índice de incapacidade funcional, o que compromete a qualidade de vida dos portadores e aumenta o risco de morbimortalidade. Somando-se ao comprometimento motor, estão as alterações da função respiratória nos casos mais avançados da doença. Apesar de existirem publicações referentes ao tema, foi observada uma carência de estudos que correlacionem a capacidade funcional pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6m) e a força muscular respiratória, além de descrever a distribuição compartimental dos volumes pulmonares mensurados através da Pletismografia Optoeletrônica (POE) na avaliação de indivíduos com DP. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram: 1) Correlacionar a força da musculatura respiratória com a capacidade funcional através do desempenho no TC6m no grupo DP; 2) Comparar a função respiratória pelos valores espirométricos referente a força muscular respiratória e distribuição compartimental dos volumes pulmonares desses indivíduos com idosos saudáveis e 3) Avaliar a influência da levodopa nos valores espirométricos e na distribuição compartimental dos volumes pulmonares pela POE em portadores de DP. Material e Método: Foram realizados dois estudos transversais. O primeiro envolveu 28 indivíduos, sendo 14 indivíduos portadores de DP e 14 idosos saudáveis entre 60 e 75 anos, avaliados pelo TC6m (distância percorrida), manovacuometria (Pressão Inspiratória máxima - PImax e Pressão Expiratória máxima - PEmax), espirometria (Capacidade Vital Forçada – CVF; Pico de Fluxo Expiratório – PEF e Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo – VEF1) e POE (volume pulmonar total – VT; volume da caixa pulmonar torácica – VTrcp; volume da caixa pulmonar abdominal – Vtrca; volume da região abdominal – Vtab; frequência respiratória – FR; volume minuto – VM; tempo expiratório - Texp e tempo inspiratório - Tinsp) durante a respiração em repouso. O segundo estudo foi realizado com 16 pacientes com DP, entre 50 e 75 anos, que faziam uso de levodopa. Foram utilizados os testes de espirometria e POE, sendo obtidas as mesmas variáveis em relação ao estudo anterior. Resultados: Observou-se uma forte correlação entre a distância percorrida pelo TC6m e a força dos músculos respiratórios no grupo DP. Os valores da Pimáx. e Pemáx., PFE e Tinsp, foram significativamente inferiores nos pacientes com DP. Não houve diferença no padrão da distribuição compartimental dos volumes pulmonares pela POE entre os grupos, no entanto, o volume corrente no compartimento abdominal (VTab) foi superior aos demais compartimentos(VTrcp e VTrca) em ambos os grupos. Não foram encontradas diferenças significativas na distribuição compartimental dos volumes pulmonares e nas variáveis espirométricas, estando ou não sob o efeito da levodopa. Conclusão: Os pacientes com DP apresentaram redução na força da musculatura respiratória que está correlacionada à distância percorrida no TC6m. A levodopa não interferiu na distribuição compartimental dos volumes pulmonares nem nas variáveis espirométricas mensuradas. Entretanto, são necessários outros estudos envolvendo a POE nesse grupo de pacientes, procurando estratificar o nível de comprometimento da doença. CAPES Background: Considering the increase in life expectancy, neurodegenerative diseases are highly prevalence, and Parkinson´s disease (PD) is one of the most common nowadays. It is estimated that in 2020, 40 million people will have PD. It is a chronic disease, associated to a higher rate of disability, which impairs the quality of life and increases the risk of morbidity and mortality. In addition to this, motor impairment is associated to changes in lung function in more advanced cases. Altough there are publications on this topic, we observed a lack of studies that correlates the functional performance measured by six minute walk test (6MWT) and respiratory muscles pressure and regarding the compartimental distribution of lung volumes measured by opto-electronic plethysmography (OEP) in the evaluation of patients with PD. Objectives: The objectives of this study were: 1) to correlate respiratory muscles pressure with functional capacity through the 6MWT in the PD group, 2) to compare the pulmonary function through sprirometric values referring to respiratory muscular strength and compartimental distribution of pulmonary volumes in PD and healthy subjects, and 3) to evaluate the effect of levodopa on the compartmental distribution volumes by OEP lung in patients with PD. Material and Methods: We developed two transversal studies. The first one involved 28 subjects, 14 with PD and 14 healthy elderly between 60 to 75 years, assessed trough six minute walking test (6MWT – distance walked), manuvacuometry (maximal inspiratory pressure – PIM and maximal expiratory pressure (MEP), spirometry (Forced Vital Capacity – FVC; Peak Expiratory Flow – PEF and Forced Expiratory Volume in the first second – FEV1) and OEP (tidal volume – TV; tidal volume of pulmonary rib cage – Vrcp; tidal volume of abdominal rib cage - Vrca; tidal volume of abdomen – Vab; frequência respiratória – RR; minute ventilation – VE; expiraroty time – Texp and inspiratory time – Tinsp) during resting breating. The second study was performed with 16 PD patients, between 50 to 75 years, which were using levodopa. We used spirometry and OEP tests, considering the same variables used in the first study. Results: We observed a strong correlation between the distance walked observed in the 6MWT and respiratory muscles pressures in PD group. The values of MIP, MEP, PEF and Tinsp were significantly lower in patients with PD. There was no difference in the pattern of distribution in the compartmental lung volumes by POE between both groups. However, TVab was superior to the other compartments (TVrcp and TVrca) in both groups. There were no significant differences in compartmental distribution of lung volumes or in the spirometric variables in the patients with or without the effect of levodopa. Conclusion: Patients with DP presented reduction in respiratory muscles strength which was correlated with distance walked obtained in the 6MWT. Levodopa did not interfered in distribution of lung volumes and in the spirometric variables measured. However, it is necessary more studies involving OEP in this group of patients, trying to stratify the level of disease impairment. 2019-02-19T22:34:32Z 2019-02-19T22:34:32Z 2012-09-11 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29284 por openAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
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topic Doença de Parkinson
Função respiratória
Pletismografia
Fisioterapia
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LEITE, Fátima Natário Tedim de Sá
Função respiratória e da distribuição compartimental dos volumes pulmonares na doença de Parkinson
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