As flores morfologicamente complexas de Asclepiadoideae (Apocynaceae) e sua interação com diferentes polinizadores
As flores de Asclepiadoideae são as mais complexas das Eudicotiledôneas. Todavia muitos de seus sistemas de polinização despertam dúvidas sobre sua natureza generalista ou especialista. Aqui, utilizamos três espécies simpátricas de Caatinga para entender melhor esta questão. Primeiramente tomamos Ma...
Main Author: | MELO, Arthur Domingos de |
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Other Authors: | MACHADO, Isabel Cristina Sobreira |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29406 |
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ir-123456789-294062019-02-23T05:05:22Z As flores morfologicamente complexas de Asclepiadoideae (Apocynaceae) e sua interação com diferentes polinizadores MELO, Arthur Domingos de MACHADO, Isabel Cristina Sobreira NADIA, Tarcila Correia de Lima http://lattes.cnpq.br/5419739486554941 http://lattes.cnpq.br/9624864332158474 Apocynaceae Polinização por insetos Morfologia As flores de Asclepiadoideae são as mais complexas das Eudicotiledôneas. Todavia muitos de seus sistemas de polinização despertam dúvidas sobre sua natureza generalista ou especialista. Aqui, utilizamos três espécies simpátricas de Caatinga para entender melhor esta questão. Primeiramente tomamos Marsdenia megalantha cuja as flores possuem uma aparente especialização para polinização noturna e a corona está associada a anteras em saia e nectários secundários (estruturas incomuns na subfamília). Descobrimos que a corona é principal determinante da interação com polinizadores dada sua morfoanatomia e funcionamento. Reforçamos nossas inferências a partir do comportamento dos visitantes florais. Não encontramos polinizadores efetivos, mas registramos uma pequena quantidade de flores com deposito de polínias e frutos formados em uma proporção semelhante. Apesar disso, a espécie é auto incompatível e depende de polinizadores para reproduzir. As demais espécies são do gênero Ditassa. Suas flores são inconspícuas e aparentemente generalistas. Apesar de bastante parecidas e de compartilharem seus grupos de polinizadores, D. capillaris é polinizada principalmente por vespas e mariposas enquanto D. rothundifolia atrai principalmente pequenas moscas. Buscamos esclarecer que atributos explicariam tais níveis de especialização em flores tão semelhantes. Em uma abordagem pioneira, mostramos como a micromorfometria das flores (sobretudo as estruturas associadas ao néctar e atributos da superfície da pétala) pode fornecer esta explicação. Além disso, ambas espécies de Ditassa são polinizadas por formigas, um sistema raro nas Angiospermas, mas com alguns registros em Asclepiadoideae. Verificamos que os atributos das flores de Ditassa se assemelham aos de outras flores detentoras deste sistema (incluindo a autocompatibilidade e resistência à secreção da glândula metapleural das formigas). Como sua morfologia é comum a toda subtribo onde o gênero é incluso, acreditamos que este sistema seja mais comum do que é atualmente conhecido. No que diz respeito às formigas, descobrimos que seus grupos funcionais podem auxiliar na previsão de sua atuação e efetividade como polinizadoras, mas a contribuição pode não ser tão distinta. Assim, concluímos que a corona pode ser a principal determinante da especialização funcional, a micromorfometria pode ser um fator para pequenos níveis de especialização fenotípica e que formigas são uma alternativa para polinização em casos de generalização ecológica no grupo. CAPES Asclepiadoideae flowers are the most complex of the eudicots. However many of their pollination systems arouse doubts about its general or specialist nature. Here, we used three Caatinga sympatric species to better understand this issue. First, taked Marsdenia megalantha whose flowers have an apparent specialization for night pollination and its corona is associated with anthers in skirt and secondary nectaries (unusual structures in the subfamily). We found that corona is the main determinant of interaction with pollinators what´s related with its morphoanatomy and operation. We reinforced our inferences from the floral visitors behavior. Unfortunatelly, we have not found effective pollinators, but recorded a small amount of flowers with pollinia deposit and fruits formed in a similar proportion. Nevertheless, the species is self incompatible and the reproduction dependende of pollinators. The other species are the Ditassa genre. The flowers are inconspicuous and apparently generalists. Although very similar and share their groups of pollinators, D. capillaris is mainly pollinated by wasps and moths while D. rothundifolia mainly attracts little flies. We seek to clarify which attributes explain such specialization levels in so similar flowers. In a pioneering approach, we show how the micromorphometrics flowers (especially the structures associated with the nectar and attributes of the petal surface) can provide that explanation. In addition, both Ditassa species are pollinated by ants, a rare system in Angiosperms, but there is some records in Asclepiadoideae. We verified that the attributes of Ditassa flowers resemble to those of other flowers which have this system (including the self-compatibility and resistance to secretion of the metapleural ants glands). As its morphology is common to all subtribe where the gender is included, we believe that this system is more frequent than is currently known. With regard to the ants, we found that their functional groups can help in prediction its performance and effectiveness as pollinators, but the contribution may not be so distinct. Thus, we conclude that the corona may be the main determinant of the functional specialization, micromorphometrics might be a factor for small levels of phenotypic specialization and that ants are an alternative for pollination in case of ecological generalization group. 2019-02-22T19:03:31Z 2019-02-22T19:03:31Z 2015-02-26 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29406 por openAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal |
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Apocynaceae Polinização por insetos Morfologia |
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As flores de Asclepiadoideae são as mais complexas das Eudicotiledôneas. Todavia muitos de seus sistemas de polinização despertam dúvidas sobre sua natureza generalista ou especialista. Aqui, utilizamos três espécies simpátricas de Caatinga para entender melhor esta questão. Primeiramente tomamos Marsdenia megalantha cuja as flores possuem uma aparente especialização para polinização noturna e a corona está associada a anteras em saia e nectários secundários (estruturas incomuns na subfamília). Descobrimos que a corona é principal determinante da interação com polinizadores dada sua morfoanatomia e funcionamento. Reforçamos nossas inferências a partir do comportamento dos visitantes florais. Não encontramos polinizadores efetivos, mas registramos uma pequena quantidade de flores com deposito de polínias e frutos formados em uma proporção semelhante. Apesar disso, a espécie é auto incompatível e depende de polinizadores para reproduzir. As demais espécies são do gênero Ditassa. Suas flores são inconspícuas e aparentemente generalistas. Apesar de bastante parecidas e de compartilharem seus grupos de polinizadores, D. capillaris é polinizada principalmente por vespas e mariposas enquanto D. rothundifolia atrai principalmente pequenas moscas. Buscamos esclarecer que atributos explicariam tais níveis de especialização em flores tão semelhantes. Em uma abordagem pioneira, mostramos como a micromorfometria das flores (sobretudo as estruturas associadas ao néctar e atributos da superfície da pétala) pode fornecer esta explicação. Além disso, ambas espécies de Ditassa são polinizadas por formigas, um sistema raro nas Angiospermas, mas com alguns registros em Asclepiadoideae. Verificamos que os atributos das flores de Ditassa se assemelham aos de outras flores detentoras deste sistema (incluindo a autocompatibilidade e resistência à secreção da glândula metapleural das formigas). Como sua morfologia é comum a toda subtribo onde o gênero é incluso, acreditamos que este sistema seja mais comum do que é atualmente conhecido. No que diz respeito às formigas, descobrimos que seus grupos funcionais podem auxiliar na previsão de sua atuação e efetividade como polinizadoras, mas a contribuição pode não ser tão distinta. Assim, concluímos que a corona pode ser a principal determinante da especialização funcional, a micromorfometria pode ser um fator para pequenos níveis de especialização fenotípica e que formigas são uma alternativa para polinização em casos de generalização ecológica no grupo. |
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