Fotografia performática: encenação e presença na ação fotográfica
Esta pesquisa aborda as interseções entre a fotografia e a arte performática. Interessa-nos compreender os deslocamentos implicados à linguagem da performance ao incorporar o dispositivo fotográfico, seja como mecanismo de registro e geração de memória ou como recurso criativo, sobretudo a partir de...
Main Author: | WANDERLEY, Olga da Costa Lima |
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Other Authors: | SILVA JUNIOR, José Afonso da |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29611 |
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Summary: |
Esta pesquisa aborda as interseções entre a fotografia e a arte performática. Interessa-nos compreender os deslocamentos implicados à linguagem da performance ao incorporar o dispositivo fotográfico, seja como mecanismo de registro e geração de memória ou como recurso criativo, sobretudo a partir de performances concebidas exclusivamente para a câmera; e ainda, as mudanças engendradas no campo da fotografia quando esta extrapola as fronteiras tradicionalmente atribuídas à sua realização e é considerada como uma ação que engloba elementos de presença, performatividade e encenação. Para tanto, recorremos à historiografia das duas linguagens no esforço de identificar as produções discursivas e práticas que vêm moldando as relações exercidas entre elas, marcadas tanto em termos opositivos, quanto no sentido da sua aproximação. Destacamos experiências que vão desde os primeiros momentos da fotografia, como o autorretrato de Bayard como afogado, até trabalhos mais recentes de arte conceitual e contemporânea, como o Salto no Vazio, de Yves Klein e as encenações fotográficas elaboradas por Cindy Sherman. Por fim, nos dedicamos a analisar fotografias do artista brasileiro Rodrigo Braga, pois sua obra faz emergir tensões e questionamentos abordados ao longo da nossa investigação. Percorrer estes e outros exemplos nos possibilitou verificar que a imagem fotográfica e a performance guardam uma potência de complementariedade e que a fotografia pode e deve ser pensada como um meio de comunicação capaz de intervir e de criar performaticamente a realidade visível e não apenas testemunha-la. |
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