Fatores preditivos da perda de seguimento de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica
Considerado um grave problema mundial de saúde, a obesidade atinge cerca de 13% da população mundial adulta. No Brasil, 17,0% são obesos. A cirurgia bariátrica está indicada como alternativa estratégica na população com obesidade severa, para a remissão ou melhora das comorbidades, da qualidade e ex...
Main Author: | BELO, Giselle de Queiroz Menezes Batista |
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Other Authors: | FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29714 |
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ir-123456789-297142019-03-15T05:03:44Z Fatores preditivos da perda de seguimento de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica BELO, Giselle de Queiroz Menezes Batista FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira SIQUEIRA, Luciana Teixeira de http://lattes.cnpq.br/8839554538962571 http://lattes.cnpq.br/9515095477956691 Obesidade Cirurgia bariátrica Bypass gastroectomia Considerado um grave problema mundial de saúde, a obesidade atinge cerca de 13% da população mundial adulta. No Brasil, 17,0% são obesos. A cirurgia bariátrica está indicada como alternativa estratégica na população com obesidade severa, para a remissão ou melhora das comorbidades, da qualidade e expectativa de vida. No entanto, um acompanhamento médico e multiprofissional é de suma importância. A taxa da perda de seguimento pós-operatória permanece alta, principalmente após o primeiro ano. O objetivo foi identificar os fatores preditivos da perda de seguimento de pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) e gastrectomia vertical (GV) num período de 48 meses. Estudo de coorte, retrospectivo, envolvendo372 pacientes submetidos a DGYR e 187 pacientes a GV, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Foram analisadas as variáveis, entre elas: biológicas, socioeconômicas, antropométricas, clínicas, cirúrgicas e comparadas à perda de seguimento. O desfecho foi avaliado no 1º, 3º, 12º, 24º, 36º e 48º meses após o tratamento cirúrgico. Os pacientes que apresentaram três ou mais faltas às consultas ambulatoriais, foram classificados no grupo de perda de seguimento. Após avaliação de 559 pacientes, verificou-se, grande redução na frequência às consultas a partir do 2º ano (43,8%) do pós-operatório com uma perda significativa no 4º ano (70,8%). Na análise univariada, apenas a variável excesso de peso esteve associada à perda de seguimento. A proporção de excesso de peso (>49,95kg) foi maior no grupo de seguimento com maior perda (>3) (p=0, 025). No modelo de regressão logística, os pacientes expostos a um maior excesso de peso (>49,95kg) apresentavam um risco duas vezes maior para perda de seguimento (> 3 perdas) (OR=2,04; 1,15-3,62; p=0,015). O etilismo não mostrou associação (p>0,05). Na análise univariada realizada no 48º mês do seguimento pós-operatório, apenas a variável mesorregião de procedência esteve associada à perda de seguimento (p=0,012). Houve uma perda de seguimento progressiva dos pacientes nas consultas médico-cirúrgicas a partir do segundo ano pós-operatório. Entre os fatores analisados, apenas a variável excesso de peso maior do que 49,95kg no pré-operatório esteve associada à perda de seguimento médico-cirúrgico. No 48º mês do pós-operatório de cirurgia bariátrica houve uma maior prevalência de perda de seguimento médico-cirúrgico para os pacientes residentes fora do perímetro da cidade do Recife. Obesity is considered a serious global health problem, reaching about 13% of the adult world population. In Brazil, 17,0% are obese. Bariatric surgery is indicated for severe obesity as a strategic alternative for weight loss, remission or improvement of comorbidities, quality and life expectancy.However, medical and multidisciplinary care after bariatric surgery is important. The rate of patients do not attend follow-up appointments remains high, especially after the first year. To identify factors that predict poor aftercare attendance of a cohort among patients who underwent Roux-en-Y Gastric Bypass (RYGB) and Sleeve Gastrectomy (SG) surgery in a period of 48 months. A retrospective cohort of 372 patients who underwent RYGBP and 187 of SG from January 2010 to December 2012 was conducted. The outcome of attrition on follow-up care was evaluated at 1ᵗʰ, 3ᵗʰ, 12ᵗʰ, 24ᵗʰ, 36ᵗʰ and 48ᵗʰ months after surgery.Variables were analyzed, such as: biological, socioeconomic, anthropometric, clinical, surgical and compared to loss of follow-up. Patients with three or more prior missed visits were categorized as loss to follow-up. A total of 559 patients were evaluated. There was an increase in the absence of consultation from the second year (43.8%) with significant loss in the 4th year (70,8%)of the postoperative period. Univariate analysis shows that the variable excess of inicial body weight was associated with attrition. The proportion of inicial excess body weight (> 49.95 kg) was higher in the group of three or more prior missed visits (p = 0.025). In the logistic regression model, the patients exposed to a greater excess body weight (> 49.95 kg) had a practically twice greater chance for loss of follow-up (> 3 losses) (OR = 2.04, 1.15-3.62; p = 0.015). In the univariate analysis performed at the 48th month of postoperative follow-up, only a mesoregion of origin (p = 0.012) was associated with loss of follow-up. There is a high level of avoidance of patients in the medical appointments from the second postoperative year. Among the factors analyzed, only the variable excess of body weight greater than 49.95 kg in the preoperative period was associated with loss of follow-up. In the 48ᵗʰ month of the postoperative period there was a higher prevalence of loss of follow-up for patients living outside the limits of Recife city. 2019-03-14T22:29:56Z 2019-03-14T22:29:56Z 2018-02-28 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29714 por openAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Cirurgia |
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Considerado um grave problema mundial de saúde, a obesidade atinge cerca de 13% da população mundial adulta. No Brasil, 17,0% são obesos. A cirurgia bariátrica está indicada como alternativa estratégica na população com obesidade severa, para a remissão ou melhora das comorbidades, da qualidade e expectativa de vida. No entanto, um acompanhamento médico e multiprofissional é de suma importância. A taxa da perda de seguimento pós-operatória permanece alta, principalmente após o primeiro ano. O objetivo foi identificar os fatores preditivos da perda de seguimento de pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) e gastrectomia vertical (GV) num período de 48 meses. Estudo de coorte, retrospectivo, envolvendo372 pacientes submetidos a DGYR e 187 pacientes a GV, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Foram analisadas as variáveis, entre elas: biológicas, socioeconômicas, antropométricas, clínicas, cirúrgicas e comparadas à perda de seguimento. O desfecho foi avaliado no 1º, 3º, 12º, 24º, 36º e 48º meses após o tratamento cirúrgico. Os pacientes que apresentaram três ou mais faltas às consultas ambulatoriais, foram classificados no grupo de perda de seguimento. Após avaliação de 559 pacientes, verificou-se, grande redução na frequência às consultas a partir do 2º ano (43,8%) do pós-operatório com uma perda significativa no 4º ano (70,8%). Na análise univariada, apenas a variável excesso de peso esteve associada à perda de seguimento. A proporção de excesso de peso (>49,95kg) foi maior no grupo de seguimento com maior perda (>3) (p=0, 025). No modelo de regressão logística, os pacientes expostos a um maior excesso de peso (>49,95kg) apresentavam um risco duas vezes maior para perda de seguimento (> 3 perdas) (OR=2,04; 1,15-3,62; p=0,015). O etilismo não mostrou associação (p>0,05). Na análise univariada realizada no 48º mês do seguimento pós-operatório, apenas a variável mesorregião de procedência esteve associada à perda de seguimento (p=0,012). Houve uma perda de seguimento progressiva dos pacientes nas consultas médico-cirúrgicas a partir do segundo ano pós-operatório. Entre os fatores analisados, apenas a variável excesso de peso maior do que 49,95kg no pré-operatório esteve associada à perda de seguimento médico-cirúrgico. No 48º mês do pós-operatório de cirurgia bariátrica houve uma maior prevalência de perda de seguimento médico-cirúrgico para os pacientes residentes fora do perímetro da cidade do Recife. |
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