Alterações no sistema renina angiotensina no rim de camundongos obesos e infectados com Schistosoma mansoni

Na obesidade, o sistema renina angiotensina (SRA) apresenta-se ativado no tecido adiposo. Na infecção pelo Schistosoma mansoni (S. mansoni) pode-se encontrar componentes desse sistema no granuloma hepático. Estes componentes do SRA contribuem com a formação de fibrose em órgãos como coração, vasos e...

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Main Author: LIRA, Danielle Guedes Dantas
Other Authors: CASTRO, Celia Maria Machado Barbosa de
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30317
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Summary: Na obesidade, o sistema renina angiotensina (SRA) apresenta-se ativado no tecido adiposo. Na infecção pelo Schistosoma mansoni (S. mansoni) pode-se encontrar componentes desse sistema no granuloma hepático. Estes componentes do SRA contribuem com a formação de fibrose em órgãos como coração, vasos e rim nas doenças cardio-renais. No presente estudo investigou-se alterações no SRA em rins de camundongos controle e obesos infectados e não infectados com S. mansoni. Foram utilizados 40 camundongos fêmeas da linhagem BALB/c, os quais foram randomicamente distribuídos em 4 grupos: animais mantidos com dieta controle não infectados e infectados e animais mantidos com uma dieta hiperlipídica não infectados e infectados. As dietas foram implantadas aos 22 dias de idade, a infecção foi realizada na 13ª semana (91 dias) de idade e as avaliações de todos os parâmetros foram realizadas na 18ª semana (126 dias) de idade. Ao longo do desenvolvimento foram avaliados consumo dietético e ganho ponderal. A contagem de ovos foi realizada 6 semanas após a infecção. Na 18ª semana, os animais foram eutanasiados e foi realizada análise bioquímica sérica. Nos rins, foram investigados componentes do SRA, através da técnica de Western blotting, e a produção basal de ânion superóxido, bem como a produção de ânion superóxido dependente da NADPH oxidase. Os componentes do SRA investigados foram: renina, receptor de pró-renina, enzima conversora 2 e receptores de angiotensina II, do tipo 1 e 2. A análise estatística foi realizada através de ANOVA two-way, seguida pelo teste de Bonferroni. A significância estatística foi considerada ao nível de p < 0,05. A ingestão dietética no grupo infectado com dieta hiperlípidica, bem como o peso corpóreo no final do estudo, deste grupo, foram menores do que no grupo mantido com dieta controle e infectado. No entanto, os dois grupos tratados com a dieta hiperlipídica evoluíram com peso corpóreo mais elevado do que os dois grupos mantidos com dieta controle. Os animais mantidos com dieta hiperlipídica apresentaram glicemia elevada. Por outro lado, a infecção diminuiu a glicemia em ambos os grupos, com dieta controle e com dieta hiperlipídica. Apenas o grupo mantido com dieta hiperlipídica e infectado apresentou colesterol sérico elevado. O grupo mantido com dieta hiperlipídica apresentou níveis elevados de HDL, enquanto ambos grupos infectados apresentaram diminuição do HDL. Entre os componentes do SRA, o receptor de pró-renina apresentou-se reduzido no grupo mantido com dieta hiperlipídica e infectado, enquanto os níveis basais de ânion superóxido apresentaram-se elevados neste grupo. A produção de ânion superóxido dependente de NADPH oxidase não se apresentou alterada em nenhum grupo. Concluindo, o efeito da superposição obesidade + infecção sobre os níveis de receptor de pró-renina precisa ainda ser investigado no que diz respeito as consequências. No entanto, os níveis basais elevados de ânion superóxido no rim, produzidos independentemente da NADPH oxidase e dos componentes do SRA, indicam que outros fatores inflamatórios do conjunto dieta hiperlipídica e infecção podem piorar o prognóstico de doenças cardio-renais.