Tinha versicolor: avaliação de fatores de risco e de tratamento através do ensaio clínico duplo cego randomizado comparando o uso tópico de cetoconazol 2% com peróxido de benzoíla 5 % e cada um destes isoladamente com a combinação de ambos
Várias opções terapêuticas estão disponíveis para o tratamento da tinha versicolor (TV), porém as recidivas constituem um problema, ocorrendo em 30 % dos casos após 3 meses, mesmo com tratamento adequado e cura. São possíveis causas para recidiva: o não afastamento dos fatores de risco e a presença...
Main Author: | PEREIRA, Tarcio dos Santos |
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Other Authors: | XIMENES, Ricardo Arraes de Alencar |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30328 |
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Summary: |
Várias opções terapêuticas estão disponíveis para o tratamento da tinha versicolor (TV), porém as recidivas constituem um problema, ocorrendo em 30 % dos casos após 3 meses, mesmo com tratamento adequado e cura. São possíveis causas para recidiva: o não afastamento dos fatores de risco e a presença da Malassezia dentro dos folículos pilossebáceos. Sobre os fatores de risco, poucos estudos analíticos foram encontrados na literatura pesquisada. Quanto ao tratamento da TV, a ideia do estudo foi associar o ceratolítico peróxido de benzoíla (PB) com o antimicótico cetoconazol (CET), pois, em teoria um deveria potencializar a ação do outro. Desta forma o ensaio clínico, comparou PB e CET isoladamente entre si e cada um deles com a combinação de ambos de forma randomizada e duplamente mascarada População do estudo: pacientes com 18 anos ou mais atendidos no ambulatório de dermatologia de duas unidades de saúde pública. Foram elegíveis os pacientes com suspeita clínica de TV e pesquisa direta positiva pela técnica de Jarbas Porto. Para cada caso de TV foram selecionados dois controles com doença não relacionada a Malassezia. Foram excluídos os pacientes com suspeita clínica de TV e pesquisa direta negativa e os que referiram diabetes, gestação e imunossupressão. Os pacientes que concordaram em participar assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Para o estudo caso-controle sobre fatores de risco, casos e controles responderam questionário padronizado e foram estudadas variáveis demográficas, clínicas e hábitos de vida. Para o ensaio clínico, os pacientes com TV foram estratificados de acordo com a regra dos nove de Wallace conforme a extensão das lesões em doença leve, moderada e extensa e foram inclusos em um dos grupos de tratamento de forma randomizada e duplamente mascarada: PB, CET ou ambos combinados (TC). A estratificação e a randomização em blocos permitiram que ao término do estudo houvesse distribuição equitativa de pacientes com formas leve, moderada e grave entre os 3 tipos de tratamento. Foram avaliados os desfechos: taxa de cura clínica, tempo de remissão da doença e número de pacientes com recidiva. Os efeitos colaterais das drogas utilizadas em cada grupo foram descritos. Os dados dos estudos foram analisados pelo programa STATA versão 12. Para o caso controle foi calculado o “odds ratio” (OR) e para o ensaio clínico foi calculado o risco rlativo (RR) e qui-quadrado. Não foi observada diferença estatísticamente significante entre os 3 tipos de tratamento quanto a remissão da doença, eficácia de cura e diminuição do número de pacientes com recidivas em três meses. A amostra para comparação CET e PB não foi obtido, por isso estes resultados não foram apresentados. Ser do sexo masculino resultou uma chance 2,28 vezes maior de ter TV e ter antecedentes de TV resultou numa chance 3,89 vezes maior de ter TV. O PB demonstrou ser seguro e ter eficácia semelhante à TC e ao CET. Sexo masculino e ter antecedentes pessoais foram associados à TV. |
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