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Efeitos do extrato de murici (Byrsonima crassifolia (L.) Kunth) sobre o sistema nervoso de ratos idosos e sépticos: análise da depressão alastrante cortical e sua relação com o status oxidativo cerebral

A depressão alastrante cortical (DAC) se caracteriza por uma diminuição propagável da atividade eletrica do cortex cerebral e esta associada ao estresse oxidativo. Varias condições podem levar ao aumento da produção de radicais livres, como o envelhecimento e a sepse, e assim, alterar a DAC. O muric...

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Main Author: SOUSA, Mariana Séfora Bezerra
Other Authors: SANTOS, Ângela Amâncio dos
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Estresse oxidativo
Cérebro
Antioxidantes
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30364
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spelling ir-123456789-303642019-04-30T05:05:13Z Efeitos do extrato de murici (Byrsonima crassifolia (L.) Kunth) sobre o sistema nervoso de ratos idosos e sépticos: análise da depressão alastrante cortical e sua relação com o status oxidativo cerebral SOUSA, Mariana Séfora Bezerra SANTOS, Ângela Amâncio dos http://lattes.cnpq.br/5128391992666610 http://lattes.cnpq.br/9861144884980594 Estresse oxidativo Cérebro Antioxidantes A depressão alastrante cortical (DAC) se caracteriza por uma diminuição propagável da atividade eletrica do cortex cerebral e esta associada ao estresse oxidativo. Varias condições podem levar ao aumento da produção de radicais livres, como o envelhecimento e a sepse, e assim, alterar a DAC. O murici (Byrsonima crassifólia (L.) Kunth) e um fruto rico em compostos antioxidantes e, portanto, pode apresentar efeito neuroprotetor. O objetivo desse trabalho foi Investigar o efeito do extrato do murici sobre a velocidade de propagação da DAC e o estresse oxidativo no córtex cerebral de ratos adultos, idosos e sépticos. O extrato do murici foi obtido por trituração dos frutos liofilizados em acetona, seguida de agitação magnética, eliminação do solvente em rotaevaporador e reconstituição em solução de carboximetilcelulose 0,5% e oleo de soja 10%. O protocolo experimental in vivo foi dividido em dois experimentos. No experimento 1, animais adultos (90-120 dias; n = 30) e idosos (600-700 dias; n = 28) foram suplementados com extrato de murici (150 mg/kg/dia ou 300 mg/kg/dia), por quinze dias, de forma orogastrica. Apos o período de suplementação, os animais foram submetidos ao registro eletrofisiológico da DAC e a avaliação do estresse oxidativo cerebral. No experimento 2, animais adultos (90-120 dias; n = 40) foram suplementados previamente com extrato de murici ou solução veiculo de forma semelhante ao experimento anterior. Porem, apos o período de suplementação, os animais foram, primeiramente, submetidos a sepse experimental por ligadura e perfuração cecal (CLP) e, em seguida, ao registro eletrofisiológico da DAC e a avaliacao do estresse oxidativo cerebral. Os dados foram avaliados estatisticamente por meio da analise de variância (ANOVA), seguida do teste Holm Sidak, com nível de significância de 5%. Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais. No primeiro experimento, nossos resultados mostraram que o extrato do murici na dose mais alta (300 mg/kg/dia) acelerou a velocidade da DAC, enquanto que a mais baixa (150 mg/kg/dia) desacelerou a propagação da DAC, tanto nos animais adultos, quanto nos idosos. Na condição adulto, as concentrações de malondialdeido (MDA) foram maiores no grupo suplementado com 300 mg/kg/dia. O envelhecimento aumentou as concentrações de MDA e reduziu a atividade da catalase no córtex cerebral dos ratos. Por outro lado, os animais idosos suplementados com extrato de murici, em ambas as doses, apresentaram níveis mais baixos de MDA quando comparados ao seu controle. No segundo experimento, a sepse reduziu a velocidade da DAC e aumentou os níveis de MDA no cortex cerebral dos animais. Contudo, os ratos sépticos previamente suplementados com extrato de murici apresentaram velocidades de propagação da DAC mais altas e menor estresse oxidativo, independentemente da dose testada. Esses resultados reforçam os achados de que o envelhecimento e a sepse levam ao estresse oxidativo, retardando a propagação da DAC. Por outro lado, o extrato de murici, em ambas as doses, e capaz de atenuar o dano oxidativo em ratos idosos e sépticos e, dessa forma, modular a DAC. CNPq Cortical spreading depression (CSD) is an electrophysiological phenomenon characterized by a propagable decrease of the electrical activity of the cerebral cortex and it is associated with oxidative stress. Several physiologic or pathologic conditions (such as aging or sepsis) can increase free radicals production and change CSD. Murici (Byrsonimacrassifolia (L.) Kunth) is a fruit rich in antioxidant compounds and, thus, can present a neuroprotector effect. The aim of this work was to investigate the effect of the extract of murici on the propagation velocity of CSD and oxidative stress in the cerebral cortex of adult, aged and septic rats. The murici extract was obtained by crushing the fruits lyophilized in acetone PA, followed by magnetic stirring, elimination of the solvent in a rotavaporator and reconstitution in a solution of 0.5% carboxymethylcellulose and 10% soybean oil. The experimental protocol in vivo was divided into two experiments. In vivo experimental protocol was divided in two approaches. In the first, adult (90 – 120 days; n =30) and aged animals (600 – 700 days; n = 28) were supplemented with extract of murici (150 mg/kg/day e 300 mg/kg/day) per gavage for fifteen days. Control group received vehicle solution (0.5% carboxymethilcelulose and 10% soybean oil). After that, animals were submitted to CSD electrophysiological record and cerebral oxidative stress evaluation. In the second approach, adult animals (90 – 120 days; n=40) were previously supplemented with extract of murici, or vehicle solution as described for the first approach. After the supplementation period, the animals were submitted to sepsis induction by cecal ligation and pucture (CLP) followed by CSD electrophysiological record and cerebral oxidative stress evaluation. The statistical significance was analyzed by using an ANOVA followed by post-hoc Holm–Sidak. All experimental procedures had been previously approved by the Institutional Ethics Committee for Animal Research (protocol n° 23076.020868/2014-51). Our results showed that extract of murici in the highest dose (300 mg/kg/day) increased the velocity of CSD, whereas the smallest (150mg/kg/day) decreased the propagation of CSD in both adult and aged animals. In adult rats, the concentrations of malondyaldehyde (MDA) were higher in the group that received 300 mg/kg/day. The aging increased MDA concentrations and decreased catalase activity in the cerebral cortex of the rats. On the other hand, aged animals supplemented with extract of murici in both doses presented lower MDA levels in comparison to the control group. In the second approach, it was observed that sepsis reduced the velocity of CSD and increased MDA levels in the cerebral cortex of the animals. However, the septic rats previously supplemented with extract of murici presented higher velocities of propagation of CSD and lower oxidative stress, independently of the tested dose. These results corroborate the findings that aging and sepsis lead to oxidative stress, which deaccelerates the CSD propagation. On the other hand, the extract of murici, a source of antioxidant compounds, in both doses, is able to attenuate the oxidative damage in aged and septic rats and, thus, modulates CSD. 2019-04-29T17:49:54Z 2019-04-29T17:49:54Z 2018-02-23 doctoralThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30364 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Nutricao
institution REPOSITORIO UFPE
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SOUSA, Mariana Séfora Bezerra
Efeitos do extrato de murici (Byrsonima crassifolia (L.) Kunth) sobre o sistema nervoso de ratos idosos e sépticos: análise da depressão alastrante cortical e sua relação com o status oxidativo cerebral
description A depressão alastrante cortical (DAC) se caracteriza por uma diminuição propagável da atividade eletrica do cortex cerebral e esta associada ao estresse oxidativo. Varias condições podem levar ao aumento da produção de radicais livres, como o envelhecimento e a sepse, e assim, alterar a DAC. O murici (Byrsonima crassifólia (L.) Kunth) e um fruto rico em compostos antioxidantes e, portanto, pode apresentar efeito neuroprotetor. O objetivo desse trabalho foi Investigar o efeito do extrato do murici sobre a velocidade de propagação da DAC e o estresse oxidativo no córtex cerebral de ratos adultos, idosos e sépticos. O extrato do murici foi obtido por trituração dos frutos liofilizados em acetona, seguida de agitação magnética, eliminação do solvente em rotaevaporador e reconstituição em solução de carboximetilcelulose 0,5% e oleo de soja 10%. O protocolo experimental in vivo foi dividido em dois experimentos. No experimento 1, animais adultos (90-120 dias; n = 30) e idosos (600-700 dias; n = 28) foram suplementados com extrato de murici (150 mg/kg/dia ou 300 mg/kg/dia), por quinze dias, de forma orogastrica. Apos o período de suplementação, os animais foram submetidos ao registro eletrofisiológico da DAC e a avaliação do estresse oxidativo cerebral. No experimento 2, animais adultos (90-120 dias; n = 40) foram suplementados previamente com extrato de murici ou solução veiculo de forma semelhante ao experimento anterior. Porem, apos o período de suplementação, os animais foram, primeiramente, submetidos a sepse experimental por ligadura e perfuração cecal (CLP) e, em seguida, ao registro eletrofisiológico da DAC e a avaliacao do estresse oxidativo cerebral. Os dados foram avaliados estatisticamente por meio da analise de variância (ANOVA), seguida do teste Holm Sidak, com nível de significância de 5%. Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais. No primeiro experimento, nossos resultados mostraram que o extrato do murici na dose mais alta (300 mg/kg/dia) acelerou a velocidade da DAC, enquanto que a mais baixa (150 mg/kg/dia) desacelerou a propagação da DAC, tanto nos animais adultos, quanto nos idosos. Na condição adulto, as concentrações de malondialdeido (MDA) foram maiores no grupo suplementado com 300 mg/kg/dia. O envelhecimento aumentou as concentrações de MDA e reduziu a atividade da catalase no córtex cerebral dos ratos. Por outro lado, os animais idosos suplementados com extrato de murici, em ambas as doses, apresentaram níveis mais baixos de MDA quando comparados ao seu controle. No segundo experimento, a sepse reduziu a velocidade da DAC e aumentou os níveis de MDA no cortex cerebral dos animais. Contudo, os ratos sépticos previamente suplementados com extrato de murici apresentaram velocidades de propagação da DAC mais altas e menor estresse oxidativo, independentemente da dose testada. Esses resultados reforçam os achados de que o envelhecimento e a sepse levam ao estresse oxidativo, retardando a propagação da DAC. Por outro lado, o extrato de murici, em ambas as doses, e capaz de atenuar o dano oxidativo em ratos idosos e sépticos e, dessa forma, modular a DAC.
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